Transtorno do espectro do autismo: desafios na universidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.39507Palavras-chave:
Autismo; Universidade; Transtorno Autístico; Educação.Resumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. A sua prevalência aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Apesar de grande parte das pessoas com TEA ingressarem no ensino superior, uma parcela considerável, aproximadamente 60% desses acadêmicos, não conseguem concluir a graduação. Objetivo: identificar os principais desafios enfrentados pelos acadêmicos com o TEA na universidade. Metodologia: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo exploratória-descritiva. Realizou-se uma entrevista em grupo focal com 3 acadêmicos matriculados no curso de medicina de uma universidade pública do norte de Minas Gerais. Os dados obtidos através da entrevista foram classificados e categorizados para uma análise de conteúdo conforme o método de Bardin, permitindo de forma indutiva estabelecer conclusões após análise e interpretações. Resultados: foram identificadas diversas demandas, como falta de acolhimento do centro acadêmico por parte da secretaria da universidade, elaboração de provas com linguagem mais simples, adaptações em seminários, falta de informação sobre o TEA por parte dos professores no início de cada tutoria e também foi identificado que há um bom acolhimento por parte dos docentes e dos discentes. Conclusão: A universidade precisa se adaptar no que tange à realidade dos acadêmicos com TEA. O corpo docente necessita de uma capacitação para lidar com estes acadêmicos, a fim de evitar constrangimentos. Os direitos dos acadêmicos precisam ser esclarecidos e os núcleos de apoio devem ser expostos.
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