Parâmetros físico-químicos, fenólicos e de produtividade da variedade Tannat sob cobertura do solo associada a desfolha
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39646Palavras-chave:
Campanha Gaúcha; Enologia; Maturação.Resumo
Devido à grande busca por qualidade das uvas, pesquisadores e produtores intensificam a descoberta de novas tecnologias e manejos. Sendo a desfolha uma técnica comum nos vinhedos, a cobertura inorgânica do solo é uma alternativa a ser aliada, a fim de melhorar as características físicas e químicas das bagas, refletindo na qualidade do mosto e do vinho. Por isso, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de um material inorgânico como cobertura do solo em conjunto com a desfolha das plantas sobre o rendimento dos frutos, qualidade do mosto e qualidade do vinho. Foram trabalhados os tratamentos com lona plástica na cor branca disposta no período de frutificação e desfolha parcial, na safra 2020. Pode-se concluir através dos resultados, que o tratamento com cobertura do solo sem desfolha teve maior massa dos cachos. As demais variáveis do mosto e do vinho não apresentaram diferença estatística. Portanto para estas condições, a desfolha não teve influência sobre os tratamentos, sendo que a cobertura do solo pode ser uma alternativa para melhorar as características físicas da uva Tannat.
Referências
Albert, A. Z. (2019). O admirável novo mundo do vinho e as regiões emergentes. (4a ed.) Editora São Paulo. 280p.
Alves, M. E. B. & Tonietto, J. (2018). Condições meteorológicas e sua influência na safra vitícola de 2018 em regiões produtoras de vinhos finos do Sul do Brasil. Comunicado Técnico 209. Bento Gonçalves, 21p.
Bhering, L. L. (2017) RBIO: A tool for biometric and statistical analysis using the R plalform. Crop Breeding Applied Biotechnolog, 17(2017): 187-190. 10.1590/1984-70332017v17n2s29
Brasil, Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (1988). Lei 7.678/1988, art. 9º, § 2º, alterada pela Lei 10.970/2004, Decreto 8.198/2014, IN MAPA 14/2018, alterada pela IN MAPA 48/2018, Resolução RDC 123/2016, Resolução RDC 07/2011 e Resolução RDC 42/2013.
Dias, M. L. M., Silva, L. C. & Gabbardo, G. (2020). Diferentes épocas de desfolha e qualidade da uva e do vinho Merlot na Serra Gaúcha. Revista Brasileira de Viticultura e Enologia, 12, 20-27.
Disegna, E., Ferrari, V. & Coniberti, A. (2017). Estudio comparativo de clones comerciales de Tannat (Vitis vinifera L.) en el sur del Uruguay. Agrociencia, Uruguay, 21(1), 33-42.
Eichhorn, K. W. & Lorenz, D. H. (1984). Phaenologische Entwicklungsstadien der Rebe.Flugschrift Landes-Lehr und Forschungsanst.Wein- und Gartenbau.Neustadt, Alemanha, 6 p.
Favre, G., Charamelo, D. e González-Neves, G. (2013). Empleo de taninos enológicos y maceración prefermentativa en frío en una experiencia de elaboración de vinos tintos Tannat. Agrociencia Uruguay, 17(1), 65-73.
Flores, S. S. (2015). "A Viticultura Sustentável no contexto do Brasil: uma proposta de abordagem". Tese de Doutorado em Geografia. Instituto de Geociências, UFRGS, Porto Alegre.
Fogaça, A. O. & Daudt, C. E. (2015). Potencial fenólico de uvas da variedade merlot e sua correlação com a composição fenólica dos vinhos. Revista Brasileira de Fruticultura, 37(3), 578-587.
Glories, Y. (1984). La couleur des vins rouges. 2e partie: mesure, origene at interprétation. Journal International des Sciences de la Vigne et du Vin, 18(4), 253-271.
González-Neves, G., Franco, J. Moutounet, M. & Carbonneau, A. (2006). Différenciation des vins de Tannat, Merlot et Cabernet Sauvignon de l'Uruguay selon leur composition polyphénolique globale. Journal International des Sciences de la Vigne et du Vin, 40(2), 81-89.
Guerra, C. C. & Pereira, G. E. (2018). A qualidade e a tipicidade dos vinhos finos tranquilos e espumantes brasileiros. Embrapa, 10 p.
Gularte, K. A. N., Vieira, B. M., Portes, Y. C., Cunha, W. M., Parisoto, P. P. & Aguila. J. S. (2019). Dois fertilizantes foliares na produção e composição química do mosto da uva ‘Tannat’. XVI Congreso Latinoamericano de Viticultura y Enología.
Jogaiah, S., Oulkar, D. P, Vijapure, A. N, Maske, S. R, Sharma, A. K & Somkuwar, R. G. (2013). Influência das práticas de manejo do dossel na composição dos frutos de cultivares de uva para vinho cultivadas na região tropical semiárida da Índia. African Journal of Agricultural Research, 8, 3462-3472.
Kennedy, J. (2002). Understanding grape berry development. San Rafael: Practical Winery and Vineyard, 2002. 5p.
Lehmann, D. H., Cassol, P. C., Sacomori, W., Teixeira. A. K. F., Mafra, A. L., Ernani, P. R. & Zalamena, J. (2016). Cobertura do solo em vinhedos modifica os atributos do solo e o estado nutricional das videiras. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, 15(3), 198-207.
Mencarelli, F. & Bellincontro O, A. (2020). Recent advances in postharvest technology of the wine grape to improve the wine aroma. Journal of the Science of Food and Agriculture. 100(14), 5046-5055.
Pötter, G. H., Daudt, C. E., Brackmann, A., Leite, T. T. & Penna, N. G. (2010). Desfolha parcial em videiras e seus efeitos em uvas e vinhos Cabernet Sauvignon da região da Campanha do Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Rural, 40(9), 2011-2016.
Rizzon, L. & Miele, A. (2004). Avaliação da cv. Tannat para elaboração de vinho tinto. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Campinas. 24(2), 223-229.
Rizzon, L. A. & Salvador, M. B. G. (2010) Metodologia para análise de vinho. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica. 120 p.
Santos, H. G., Jacomine, P. K., Anjos, L. H. C., Oliveira, V. A., Lumbreras, J. F., Coelho, M. R., Almeida, J. A., Araújo-Filho, J. C., Oliveira, J. B & Cunha, T. J. F. (2018) Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 5ºEd. Embrapa: Brasília, 356p.
Santos, F. (2020). Vinhos do Rio Grande do Sul: quais uvas se adaptam bem em cada região? Disponível em: https://blog.famigliavalduga.com.br/vinhos-do-rio-grande-do-sul-quais-uvas-se-adaptam-bem-em-cada-regiao/.
Thiches, W. S., Eckhardt, D. P., Silva, E. N., Gabbardo, M. Chaves, F. C., Hoffmann, J. F., Zandoná, G. P. & Rombaldi, C. V. (2020) Physico-chemical characterization of wines produced by different rootstock and Vitis vinifera cv. Tannat clones in vineyards of subtropical climate region. Australina Jounal of Crop Science. 14(9):1506-1518. doi: 10.21475/ajcs.20.14.09.p2644
Urcan, D. E., Lung, M. L., Giacosa, S., Torchio, F., Ferrandino, A., Vincenzi, S., Segade, S. R. O., Pop, N. & Rolle, L. (2016). Phenolic substances, flavor compounds, and textural properties of three native Romanian wine grape varieties. International Journal of Food Properties. 19, 76-98.
Wang, R., Sun, Q. & Xing, X. (2020). Root transcriptome reveals responses to plastic film mulching and grass cover in wine grape 'Cabernet Sauvignon' root and berry. Vitis, Alemanha, 59, 1–8.
Würz, D., Brighenti, A. F., Marcon Filho, J. L., Allebrandt, R., Bem, B. P., Rufato, L. & Kretzschmar, A. A. (2017). Desempenho agronômico de 'Cabernet Sauvignon' com manejo da remoção de folhas em uma região de altitude do Sul do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 52(10), 869-876.
Yu, R., Cook, M. G., Yacoo, R. S., Watrelot, A. A., Gambetta, G., Kennedy, J. A. & Kurtural, S. K. (2016) Effects of Leaf Removal and Applied Water on Flavonoid Accumulation in Grapevine (Vitis vinifera L. cv. Merlot) Berry in a Hot Climate. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 64(43), 8118-8127.
Yuyuen, P., Boonkerd, N. & Wanapu, C. (2015). Effect of grape berry quality on wine quality. Suranaree Journal of Science and Technology. 22, 349-356.
Zhang, H., Miles, C., Ghimire, S., Benedict, C., ZasadaA, I. & Devetter, L. (2019). Polyethylene and biodegradable plastic mulches improve growth, yield, and weed management in floricane red raspberry. Scientia Horticulturae. 250, 371-379.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Stefania Mendes Maciel; Marcelo Barbosa Malgarim; Suziane Ante Jacobs; Hyoran Caius Genindo Barreto Martins; Bruno Jacobs; Gabriela Beber Alves; Marines Batalha Moreno Kirinus
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
