Iluminismo Português e Instrução Pública: as contribuições de Antônio Ribeiro Sanches aos pressupostos educacionais na segunda metade do século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i10.401Palavras-chave:
Educação; Período Colonial; Processo Civilizador; História Social do Conhecimento.Resumo
A segunda metade do século XVIII em Portugal foi um momento de várias mudanças para o reino e suas colônias. A formulação de obras debatendo a educação no reino, as contribuições do iluminismo e a ascensão do Marquês de Pombal, marcam algumas das transformações que mudaram a administração do reino, e consequentemente, o cenário pedagógico da metrópole e suas posses. Com a colaboração de Antônio Ribeiro Sanches, considerado um dos iluministas portugueses, e sua obra “Cartas sobre a Educação da Mocidade”, o cenário educacional na Metrópole portuguesa sofre mudanças que promovem uma nova concepção de instrução pública e de civilidade. Destarte, o presente artigo tem como objetivo o debate do processo civilizador, mais especificamente, analisando os aportes do Iluminismo português para as Reformas Pombalinas da Educação e averiguando as mudanças no sistema educacional. Teoricamente estaremos orientados pelo sociólogo alemão Norbert Elias, ao pensar a educação como um condicionante em que os homens se tornaram civilizados em um processo histórico de ensino-aprendizagem que se tornou, também, essencial ao chamado desenvolvimento dos modos e condutas responsável pela formação de um modelo de civilização, tanto na Metrópole como nas colônias da América. Como proposta metodológica, nos aproximamos da perspectiva da História Social do Conhecimento do historiador inglês Peter Burke, pois ao analisar da obra do filósofo português analisar-se-á a prática, a recepção e o comportamento dos pressupostos educacionais do Iluminismo Português. A partir da análise de Antônio Ribeiro Sanches verificamos um processo modernizador e civilizador na educação.
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