Influência da estimulação cognitiva e do exercício físico sobre a qualidade do sono, estado de humor e cognição em idosos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40442

Palavras-chave:

Estimulação cognitiva; Exercício físico; Função executiva; Memória; Sono; Idoso.

Resumo

Este estudo investigou a relação entre estimulação cognitiva e exercício físico sobre a qualidade do sono, estado de humor e funções cognitivas de idosos saudáveis. Sessenta idosos de ambos os gêneros foram distribuídos em três grupos: Grupo Controle – GC (n=20); Grupo Estimulação Cognitiva – GEC (n=20) e Grupo Exercício Físico – GEF (n=20). A Escala de Sonolência de Epworth (ESS); Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI-BR); Teste de Fluência Verbal (FAS); Digit Span e Escala de Humor Brunel (Brums) foram utilizados como instrumentos de avaliação. Os dados foram descritos em média ± desvio padrão e a comparação das variáveis por meio da ANOVA de medidas repetidas, seguida pelo Post Hoc de Tukey utilizando SPSS versão 12, considerando p £ 0,05. O GEC evidenciou menor fadiga e maior vigor quando comparado ao GEF e GC (p £ 0,05). Na avaliação da função executiva, os escores de acertos do GEC foram significativamente maiores do que o grupo GEF e GC (p= £ 0,05), tendo GC resultados inferiores ao GEF. Na avaliação da memória, o GEC mostrou maiores escores na ordem direta (p £ 0,05), ordem inversa (p £ 0,05) e soma das ordens (p £ 0,05) comparado ao GEF e GC. Houve menor latência para iniciar o sono entre os participantes do GEC comparado ao GEF e GC (p £ 0,05). Tanto a prática de estimulação cognitiva quanto a prática regular do exercício físico podem ser utilizadas como uma estratégia não farmacológica no auxílio da melhora do humor, cognição e sono para o processo de envelhecimento saudável.

Referências

Antunes, H. K. M., Santos, R. F., Cassilhas, R., Santos, R. V. T., Bueno, O. F. A., & Mello, M. T. de. (2006). Exercício físico e função cognitiva: uma revisão. Revista Brasileira De Medicina Do Esporte, 12(2), 108-114. 10.1590/S1517-86922006000200011

Araújo, C. L. de O., & Ceolim, M. F. (2010). Qualidade do sono de idosos residentes em instituição de longa permanência. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 44 (3), 619-626. 10.1590/S0080-62342010000300010

AMB. (2016). Posicionamento da SBEM sobre a melatonina: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Rio de Janeiro; Associação Médica Brasileira (AMB). p. 01-06.

Beach, B. (2014). Ageing populations and changing worlds of work. Maturitas, 78 (4), 241-242. 10.1016/j.maturitas.2014.05.011

Beard, J. R., Officer, A., de Carvalho, I. A., Sadana, R., Pot, A. M., Michel, J. P., Lloyd-Sherlock, P., Epping-Jordan, J. E., Peeters, G. M. E. E. G., Mahanani, W. R., Thiyagarajan, J. A., & Chatterji, S. (2016). The World report on ageing and health: a policy framework for healthy ageing. Lancet 387 (10033), 2145–2154. doi:10.1016/S0140-6736(15)00516-4

Benton A. L. & Hamsher K. deS. (1976). Multilingual aphasia examination: manual of instructions. Dept. of Neurology and Psychology University of Iowa.

Buysse, D. J., Reynolds, C. F., Monk, T. H., Berman, S. R., & Kupfer, D. J. (1989). The Pittsburgh Sleep Quality Index: A new instrument for psychiatric practice and research. Psychiatry Research, 28 (2), 193–213. 10.1016/0165-1781(89)90047-4

Carlson, S. M. (2011). Introduction to the special issue: executive function. Journal of experimental child psychology, 108 (3), 411–413. doi:10.1016/j.jecp.2011.01.004

Chan, A., Saito, Y., & Robine, J. M. (2016). International Perspectives on Summary Measures of Population Health in an Aging World. Journal of aging and health, 28 (7), 1119–1123. doi:10.1177/0898264316656513

Chen, Y., Zhou, W., Hong, Z., Hu, R., Guo, Z., Liu, S., & Zhang, L. (2021). The effects of combined cognitive training on prospective memory in older adults with mild cognitive impairment. Scientific reports, 11 (1), 15659. doi:10.1038/s41598-021-95126-z

Coelho, C. de F., & Burini, R. C. (2009). Atividade física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis e da incapacidade funcional. Revista De Nutrição, 22 (6), 937-946. doi:10.1590/S1415-52732009000600015

Dalgalarrondo, P. (2000). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Artmed Sul.

Geib, L. T. C., Cataldo Neto, A., Wainberg, R., & Nunes, M. L. (2003). Sono e envelhecimento. Revista De Psiquiatria Do Rio Grande Do Sul, 25 (3), 453-465. doi:10.1590/S0101-81082003000300007

Gonçalves, C. (2012). Programa de estimulação cognitiva em idosos institucionalizados. O portal dos psicólogos, 18, 1-18.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011). Indicadores sociais e demográficos prospectivos para o Brasil – 19 out. 2010 a out. 2011. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9109-projecao-da-populacao.html?edicao=17996&t=resultados.

Johns M. W. (1991). A new method for measuring daytime sleepiness: the Epworth sleepiness scale. Sleep, 14 (6), 540–545. doi:10.1093/sleep/14.6.540

Johns M. W. (2000). Sensitivity and specificity of the multiple sleep latency test (MSLT), the maintenance of wakefulness test and the epworth sleepiness scale: failure of the MSLT as a gold standard. Journal of sleep research, 9 (1), 5–11. 10.1046/j.1365-2869.2000.00177.x

Lane, A. M., & Terry, P. C. (2000). The nature of mood: Development of a conceptual model with a focus on depression. Journal of applied sport psychology, 12 (1), 16-33. 10.1080/10413200008404211

Lane, A. M., Terry, P. C., Stevens, M. J., Barney, S., & Dinsdale, S. L. (2004). Mood responses to athletic performance in extreme environments. Journal of sports sciences, 22 (10), 886–897. 10.1080/02640410400005875

Laurin, D., Verreault, R., Lindsay, J., MacPherson, K., & Rockwood, K. (2001). Physical activity and risk of cognitive impairment and dementia in elderly persons. Archives of neurology, 58 (3), 498–504. doi:10.1001/archneur.58.3.498

Lezak, M. (1995). Neuropsychological assessment (3rd ed.). Oxford University Press.

Martins, P. J. F., Mello, M. T. de., & Tufik, S. (2001). Exercício e sono. Revista Brasileira De Medicina Do Esporte, 7 (1), 28–36. 10.1590/S1517-86922001000100006

Mazzeo, R. S., Cavanagh, P., Evans, W. J., Fiatarone, M., Hagberg, J., McAuley, E., & Startzell, J. (1998). Exercise and physical activity for older adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, 30 (6), 992-1008. doi:10.1097/00005768-199806000-00033

McDonald, K. C., Saunders, K. E., & Geddes, J. R. (2017). Sleep problems and suicide associated with mood instability in the Adult Psychiatric Morbidity Survey, 2007. The Australian and New Zealand journal of psychiatry, 51 (8), 822–828. doi:10.1177/0004867416687398

McNair, D.M., Lorr, M. and Droppleman, L.F. (1971). Profile of Mood States. Educational and Industrial Testing Service.

Müller, M. R., & Guimarães, S. S. (2007). Impacto dos transtornos do sono sobre o funcionamento diário e a qualidade de vida. Estudos de Psicologia, 24 (4), 519–528. doi:10.1590/S0103-166X2007000400011

Pavlicek, V., Schirlo, C., Nebel, A., Regard, M., Koller, E. A., & Brugger, P. (2005). Cognitive and emotional processing at high altitude. Aviation, space, and environmental medicine, 76 (1), 28–33.

Rohlfs, I. C. P. de M., Rotta, T. M., Luft, C. D. B., Andrade, A., Krebs, R. J., & Carvalho, T. de .. (2008). A Escala de Humor de Brunel (Brums): instrumento para detecção precoce da síndrome do excesso de treinamento. Revista Brasileira De Medicina Do Esporte, 14 (3), 176–181. 10.1590/S1517-86922008000300003

Ronchetto, M., & Ronchetto, F. (2015). Well ageing in the XXI century. Political, social and individual strategies. Recenti Progressi in Medicina, 106 (10), 507–516.

Ruff, R. M., Light, R. H., Parker, S. B., & Levin, H. S. (1996). Benton Controlled Oral Word Association Test: reliability and updated norms. Archives of clinical neuropsychology: the official journal of the National Academy of Neuropsychologists, 11 (4), 329–338.

Silva, T. B. L. (2016). Como acontece a estimulação cognitiva em idosos. https://metodosupera.com.br/como-acontece-a-estimulacao-cognitiva-em-idosos/.

Sperry, R. W. (1993). The impact and promise of the cognitive revolution. American psychologist, 48 (8), 878–885.

Terry, P. (1995). The efficacy of mood state profiling with elite performers: A review and synthesis. The Sport Psychologist, 9 (3), 309–324.

Terry, P. C., Lane, A. M., & Fogarty, G. J. (2003). Construct validity of the Profile of Mood States-Adolescents for use with adults. Psychology of Sport and Exercise, 4 (2), 125–139. doi/10.1016/S1469-0292(01)00035-8

Yaffe, K., Falvey, C. M., & Hoang, T. (2014). Connections between sleep and cognition in older adults. The Lancet. Neurology, 13 (10), 1017–1028. doi:10.1016/S1474-4422(14)70172-3

Weingarten, G. (1973). Mental performance during physical exertion: The benefit of being physically fit. International Journal of Sport Psychology, 4 (1), 16–26.

Wechsler, D. (1999). Wechsler abbreviated scale of intelligence manual. Harcourt Brace & Company: San Antonio.

Downloads

Publicado

26/02/2023

Como Citar

FREITAS, G. J. de B. .; SARDINHA , L. S. .; TALLO, F. S.; LIMA, R. Y. .; GEHRKE, F. de S. .; CARVALHO, R. G. de .; MENEZES-RODRIGUES, F. S.; LEMOS, V. de A. . Influência da estimulação cognitiva e do exercício físico sobre a qualidade do sono, estado de humor e cognição em idosos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 3, p. e8912340442, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.40442. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40442. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde