Encefalopatia hepática: uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40587Palavras-chave:
Encefalopatia hepática; Fisiopatologia; Semiologia.Resumo
O fígado é um órgão indispensável para a manutenção da homeostase do nosso corpo, sendo responsável por funções importantes como a eliminação de toxinas. Apresenta uma capacidade considerável de regeneração, porém, quando essas agressões não cessam, a regeneração ocorre de forma incorreta, surgindo cicatrizes e nódulos. Diante da importância epidemiológica do EH, este artigo visa discutir os mecanismos fisiopatológicos da doença. Este estudo trata-se de uma revisão narrativa com o propósito de discutir e descrever sobre a EH e sua fisiopatologia, como também, demonstrar como esta síndrome afeta a vida pessoal dos indivíduos acometidos. Foi utilizado o banco de dados: SciElo (Scientific Eletronic Library Online) e PubMed (US National Library of Medicine), com dados científicos de 2 de janeiro de 2023, sem restrição de idioma e sem restrição ao ano de publicação. Vários estudos mostram que o maior sistema neuroinibitório, GABA, está aumentado na EH. Ademais, uma importante consideração pela amônia diante da síndrome deve ser exposta; os receptores que ficam localizados na periferia da mitocôndria, pela presença da amônia, assim como de ligandinas, provocando a ativação da produção de neuroesteroides nos astrócitos. De qualquer maneira, todas as pesquisas afirmaram que quanto mais tardiamente é feito o diagnóstico, mais grave serão as consequências sistêmicas da patologia. Além disso, é de fundamental importância que os centros médicos responsáveis por oferecer o apoio hospitalar aos pacientes acometidos pela EH estejam preparados.
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