Opções farmacoterapêuticas para o manejo do Diabetes Mellitus Tipo 2: revisão da literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40605

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus Tipo 2; Hipoglicemiantes; Tratamento farmacológico; Revisão.

Resumo

Em paralelo ao envelhecimento populacional e ao estilo de vida contemporâneo, a incidência de indivíduos vivendo com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é crescente, tornando-a uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Para realizar uma escolha terapêutica mais assertiva, individualizada e evitar as complicações micro e macrovasculares secundárias ao DM2, é fundamental que os profissionais de saúde conheçam e dominem todos os recursos farmacoterapêuticos disponíveis. Este trabalho trata-se de uma revisão narrativa com o objetivo de discutir as particularidades das opções terapêuticas atualmente disponíveis para o manejo do DM2.  Foram pesquisados livros, protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas e artigos acadêmicos disponíveis nas bases de dados Scielo e Google acadêmico, considerando os trabalhos redigidos em idioma português ou inglês. A busca foi realizada em outubro de 2022. Os resultados reforçam que a importância do controle glicêmico para reduzir o risco de complicações é amplamente reconhecida pelos protocolos terapêuticos e diretrizes clínicas vigentes e favorecem a adoção de condutas clínicas baseadas em evidências. Existem muitas opções terapêuticas com eficácia demonstrada no alcance das metas terapêuticas, sendo as principais classes farmacológicas: biguanidas, glitazonas, sulfonilureias, glinidas, inibidores de alfa-glicosidase, insulinas, inibidores de DDP-4, agonistas de GLP-1 e inibidores de SGLT2. As opções de tratamento, no entanto, precisam ser individualizadas de acordo com as características clínicas (risco de hipoglicemia, idade, comorbidades, estágio da doença, complicações do DM2, tolerabilidade e efeitos adversos), sociodemográficas, preferências e valores do indivíduo, favorecendo a prestação de cuidados centrados na pessoa. 

Biografia do Autor

Cristian Bianchi Lissi, Universidade de São Paulo

Estudante de graduação em enfermagem.

Maria Olívia Barboza Zanetti, Universidade de São Paulo

Farmacêutica, Docente do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciencias Humanas.

Referências

Barbin, I. C. C. (2018). Anatomia e fisiologia humana. Editora e Distribuidora Educacional S.A.

Bertoluci, M. C., Salles, J. E. N., Silva-Nunes, J., Pedrosa, H. C., Moreira, R. O., Da Silva Duarte, R. M. C., Da Costa Carvalho, D. M., Trujilho, F. R., Dos Santos Raposo, J. F. C., Parente, E. B., Valente, F., De Moura, F. F., Hohl, A., Melo, M., Araujo, F. G. P., De Araújo Principe, R. M. M. C., Kupfer, R., Costa E Forti, A., Valerio, C. M., … Leitão, C. B. (2020). Portuguese-Brazilian evidence-based guideline on the management of hyperglycemia in type 2 diabetes mellitus. Diabetology & Metabolic Syndrome, 12(45), 1-30. https://doi.org/10.1186/S13098-020-00551-1

Bezerra, T. G., Gonçalves, A. L. G., Franco, A. M., Rossi, B. A., Schiefler, G. A. G., Winter, M. L., Marques, M. O., Bark, S., Cruz, V. S., & Rêgo, R. C. L. (2021). Repercussões cardiovasculares do uso de inibidores de SGLT2 em portadores de Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(5), e6890–e6890. https://doi.org/10.25248/REAS.E6890.2021

Bombarda, F. P., Peroni, F. da M., & Veríssimo, L. C. G. (2018). Linha de cuidado diabetes mellitus: manual de orientação clínica (2 ed). SES/SP.

Brasil. (2020). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas do diabete melito tipo 2. Ministério da Saúde.

Brasil.. (2022a). Relação Nacional de Medicamentos Essenciais Rename 2022. Ministério da Saúde.

Brasil. (2022b). Portaria GM/MS no 3.677, de 29 de setembro de 2022. Altera a Portaria de Consolidação GM/MS no 5, de 28 de setembro de 2017, e amplia a cobertura do Programa Farmácia Popular do Brasil - PFPB. Diário Oficial da União.

Brunton, L. L. (2012). As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman (12 ed.). AMGH.

Cai, X., Gao, X., Yang, W., Han, X., & Ji, L. (2018). Efficacy and Safety of Initial Combination Therapy in Treatment-Naïve Type 2 Diabetes Patients: A Systematic Review and Meta-analysis. Diabetes Ther., 9(5), 1995–2014. https://doi.org/10.1007/S13300-018-0493-2

Carvalho, D., Nunes, J. S., Raposo, J. F., Medina, J. L., Jácome De Castro, J., & Carrilho, F. (2016). Agonistas dos Receptores do GLP-1 no Tratamento da Diabetes Tipo 2 . Revista Portuguesa de Diabetes, 11(4), 154–166.

de Oliveira, R. E. M., Icuma, T. R., Ueta, J., & Franco, L. J. (2021). Uso e acesso aos medicamentos para o diabetes mellitus tipo 2 em idosos: um estudo de base populacional. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 5081–5088. https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.03752020

Duarte, R. (2017). Inibidores da DPP-4 (Gliptinas) - 10 anos depois (2007-2017). Revista Portuguesa de Diabetes, 12(2), 62–67.

Estrela, C. (2018). Metodologia Cientifica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Freitas, A. M. M., Belido, B. M., da Silva, R. A. R., & Kury, C. M. H. (2021). Novos tratamentos para o Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Científica Da Faculdade de Medicina de Campos, 16(2), 89–97. https://doi.org/10.29184/1980-7813.RCFMC.506.VOL.16.N2.2021

Fuchs, F. D., & Wannmacher, L. (2017). Farmacologia Clínica e Terapêutica (5a ed.). Guanabara Koogan.

Hall, J. E., & Hall, M. E. (2021). Tratado de Fisiologia Médica (14a ed.). Guanabara Koogan.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Pesquisa Nacional de Saúde - 2019. IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101764.pdf

International Diabetes Federation. (2021). IDF Diabetes Atlas 2021 (10a ed.). International Diabetes Federation. https://diabetesatlas.org/idfawp/resource-files/2021/07/IDF_Atlas_10th_Edition_2021.pdf

Kalyon, S., Özkan Gümüşkaya, P., Özsoy, N., Özcan, M., Selcen Pala, A., Basmakçı, A., Arman, Y., Tükek, T., & Makalesi, A. (2020). Delay in starting insulin therapy in patients with type 2 Diabetes diyabetes mellitus hastalarında insülin tedavisine geç başlama. J Surg Med, 4(8), 685–688. https://doi.org/10.28982/josam.776346

Khunti, K., Nikolajsen, A., Thorsted, B. L., Andersen, M., Davies, M. J., & Paul, S. K. (2016). Clinical inertia with regard to intensifying therapy in people with type 2 diabetes treated with basal insulin. Diabetes, Obesity and Metabolism, 18, 401–409. https://doi.org/10.1111/dom.12626

Lyra, R., Albuquerque, L., Cavalcanti, S., Tambascia, M., Valente, F., & Bertoluci, M. (2022). Tratamento farmacológico da hiperglicemia no DM2. Diretriz Oficial Da Sociedade Brasileira de Diabetes. https://doi.org/10.29327/557753.2022-10

Mahaffey, K. W., Neal, B., Perkovic, V., De Zeeuw, D., Fulcher, G., Erondu, N., Shaw, W., Fabbrini, E., Sun, T., Li, Q., Desai, M., & Matthews, D. R. (2018). Canagliflozin for Primary and Secondary Prevention of Cardiovascular Events: Results From the CANVAS Program (Canagliflozin Cardiovascular Assessment Study). Circulation, 137(4), 323–334. https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.117.032038

Maia, F. F. R., Melo, F. J., Araújo, I. M., & Araújo, L. R. (2007). Substituição da insulina NPH por insulina glargina em uma coorte de pacientes diabéticos: estudo observacional. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 51(3), 426–430. https://doi.org/10.1590/S0004-27302007000300010

Mata-Cases, M., Roura-Olmeda, P., Franch-Nadal, J., Pepió -Vilaubí, J. M., Saez, M., & Coll-De-Tuero, G. (2013). Clinical inertia in the treatment of hyperglycemia in type 2 diabetes patients in primary care . Current Medical Research & Opinion, 29(11). https://doi.org/10.1185/03007995.2013.833089

Oliveira, R. G. de P. (2016). Blackbook Enfermagem. Blackbook.

Rocha, K. N. S., Pereira, B. M., Costa, I. L., Fabri, G. G., Wilhans, C. N., Lemos, L. F., Machado, M. R. R., & Rodrigues, M. S. D. L. (2022). Eficácia dos inibidores da dipeptidil peptidase 4 (DPP-4) para o tratamento da diabetes mellitus 2 . Brazilian Journal of Health Review, 5(1), 286–303. https://doi.org/10.34119/BJHRV5N1-026

Rodacki, M., Bezerra, M. G. T., Gabbay, M. A. L., Montenegro Junior, R. M., & Bertoluci, M. C. (2021). Classificação do diabetes. Diretriz Da Sociedade Brasileira de Diabetes. https://doi.org/10.29327/540652.1-1

Rodrigues, A. T., Garro, L. S., Tanno, L. K., Motta, A. A., & Ensina, L. F. (2009). Reações de hipersensibilidade à insulina Insulin hypersensitivity reactions. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. , 32(6), 217–2020.

Santos, P. C. J. de L. (2021). Livro-Texto Farmacologia. Atheneu.

Sperling, M. A., & Laffel, L. M. (2022). Current Management of Glycemia in Children with Type 1 Diabetes Mellitus. The New England Journal of Medicine, 386(12), 1155–1164. https://doi.org/10.1056/NEJMCP2112175

World Health Organization. (2020). Global Health Estimates: Life expectancy and leading causes of death and disability. https://www.who.int/data/gho/data/themes/mortality-and-global-health-estimates

World Health Organization. (2021). Diagnosis and management of type 2 diabetes (HEARTS-D). https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/331710/WHO-UCN-NCD-20.1-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Downloads

Publicado

04/03/2023

Como Citar

LISSI, C. B. .; ZANETTI, M. O. B. . Opções farmacoterapêuticas para o manejo do Diabetes Mellitus Tipo 2: revisão da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 3, p. e15112340605, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.40605. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40605. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão