Análise do perfil sociodemográfico e do quadro clínico de gestantes diagnosticadas com Zika em Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40648Palavras-chave:
Zika; Gestação; Perfil sociodemográfico.Resumo
A infecção pelo vírus Zika, cuja transmissão autóctone foi registrada em 2015 no Brasil, pode ser diagnosticada durante o período gestacional e provocar complicações materno-fetais. O presente estudo descritivo e transversal consiste na análise da prevalência de gestantes diagnosticadas laboratorialmente com Zika no estado de Goiás durante o período de 2015 a 2021, a partir de dados obtidos na plataforma on-line Tabnet/DATASUS. Os dados foram tabulados no programa Excel®. As análises estatísticas foram realizadas a partir do cálculo de frequência por meio do programa Epi Info versão 2.0. O total de notificações de casos suspeitos de Zika em gestantes durante o período estudado foram de 613 casos, sendo 142 casos confirmados laboratorialmente (23,1%), sendo a faixa etária de maior prevalência a de 20-24 anos (28%) e a cor/raça autodeclarada mais prevalente a parda (57%). Em relação à sintomatologia, o sintoma mais prevalente foi a febre (22,5%) e o sinal mais prevalente foi o exantema (48,5%). Em relação aos recém-nascidos, filhos de mães com Zika diagnosticada laboratorialmente durante a gestação, houve 43 (30%) casos de Zika também confirmados por laboratório. A análise do perfil sociodemográfico de gestantes diagnosticadas com vírus Zika durante o pré-natal permite identificar e analisar de forma mais efetiva eventuais fatores de risco de infecção e, com isso, medidas de saúde pública poderão ser implementadas especificamente para esse grupo.
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