Construção de fichas técnicas de preparo para alimentação especial de indivíduos com fenilcetonúria
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40756Palavras-chave:
Técnica dietética; Dietas especiais; Fenilalanina; Fichas técnicas de preparo; Fenilcetonúria.Resumo
O objetivo deste trabalho foi construir fichas técnicas de preparo (FTP) para preparações que atendam ao público com fenilcetonúria. Foram pesquisadas e desenvolvidas oito preparações contendo ingredientes com teor reduzido de fenilalanina (FAL), as quais foram: bolinho de arroz, torta de mandioca com espinafre, pão de batata baroa, mousse de maracujá, farofa de maçã, beijinho de abacaxi com batata doce, patê de batata inglesa e sequilhos de maracujá e coletadas informações sobre indicadores de parte comestível (IPC) e de conversão (IC), rendimento, porção, custo e valor nutricional, este com auxílio de tabelas de composição de alimentos. Pôde-se observar que na maioria dos preparos houve menor grau de desperdício durante o pré-preparo, exceto o mousse de maracujá (IPC=1,545). As receitas que ganharam e perderam peso durante o processo de preparo foram, respectivamente, o mousse de maracujá e o beijinho de abacaxi com batata doce (IC=3,315 e 0,577). No que concerne ao teor de FAL por porção, este variou de 1,01 mg a 8,36 mg, respectivos aos preparos de mousse de maracujá e torta de mandioca com espinafre. Assim, foi possível elaborar receitas diversas mesmo com a restrição devido ao teor de FAL encontrado em diversos alimentos. As FTP auxiliarão no controle e preparo das refeições para este público que apresenta uma dieta muito restritiva.
Referências
Bezerra, V. M. (2019). Técnica dietética em preparações especiais: teoria e prática de laboratório. Rio de Janeiro: Rúbio.
Blau, N., Spronsen, F. J. V. & Levy, H. L. (2010). Phenylketonuria. The Lancet. 376, 1417-27. http://faculty.uscupstate.edu/cbender/Web%20page%20folder%20enmass/CHM%20397-599/Blau%20et%20al%20rev_2010.pdf.
Brasil. (2013). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Fenilcetonúria. Portaria SAS/MS nº 1.307, de 22 de novembro de 2013. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-fenilcetonuria-livro-2013.pdf.
Brasil. (2019). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Fenilcetonúria. Conitec, Relatório de Recomendação nº 16, março de 2019. http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2019/Relatrio_PCDT_Fenilcetonria_CP16_2019.pdf. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Brasil. (2021). Fenilcetonúria (PKU). Brasília: Ministério da Saúde (MS). https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/fenilcetonuria-pku.
Brasil. (2020a). Estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nos alimentos embalados - Instrução Normativa - IN no 75, de 8 de outubro de 2020. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-in-n-75-de-8-de-outubro-de-2020-282071143. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretoria Colegiada.
Brasil. (2020b). Conteúdo de fenilalanina em alimentos. https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMzJmZTMzMmQtM2MzMS00Yjk3LTg2MTMtZDlkN2Q0OGI0MWMxIiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1ZjVlZGQ4MSJ9. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasil. (2020c). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Fenilcetonúria [recurso eletrônico]. https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_fenilcetonuria_isbn_17-08-2020.pdf. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde.
Brasil. (2003). Regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional - RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/anexo/anexo_res0359_23_12_2003.pdf. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretoria Colegiada.
Brasil. (2022). Índice Nacional de Preços ao Consumidor. https://www.gov.br/fazenda/pt-br/centrais-de-conteudos/publicacoes/conjuntura-economica/agricola/2022/2022-10-11-ipca_setembro_alimentos.pdf. Ministério da Economia. Secretaria de Política Econômica (SPE).
Camargo, E. B. & Botelho, R. A. (2012). Técnica dietética: Pré-preparo e preparo de alimentos: manual de laboratório. 2a ed. São Paulo: Atheneu. 224p.
Canuto, I. G., Viana, L. S. S., Rocha, B. R. S. & Carvalho, I. M. M. (2019). Estimativa do fator de correção em função da safra das principais hortaliças e frutas utilizadas no restaurante universitário da universidade federal de Sergipe (RESUN/UFS). Brazilian Journal of Development. 5(10), 19827-41. https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/3849/3639.
Denardin, C. C. & Silva, L. P. (2009). Estrutura dos grânulos de amido e sua relação com propriedades físico-químicas. Ciência Rural, Santa Maria. 39(3), 945-54. https://www.scielo.br/j/cr/a/FSP37sVnbZjVK9zLLSSsX5h/?format=pdf&lang=pt.
Domene, S. M. A. (2011). Técnica Dietética: teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 350p.
Kanufre, V. C., Santos, J. S., Alves, M. R. A. & Soares, R. D. L. (2010). Fenilcetonúria: Tabelas com a quantidade de fenilalanina dos alimentos. Belo Horizonte: NUPAD/FM/UFMG. 12p. https://www.nupad.medicina.ufmg.br/wp-content/uploads/2016/12/tabelas_fenil.pdf.
Marqui, A. B. T. (2017). Fenilcetonúria: aspectos genéticos, diagnóstico e tratamento. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. 15(4), 282-88. https://www.sbcm.org.br/ojs3/index.php/rsbcm/article/view/313/285.
Menezes, R. O. S., Santana, E. M. & Nascimento, M. O. L. (2018). Elaboração de fichas técnicas das preparações oferecidas em serviço de alimentação e nutrição de hospital público de Salvador, BA. Higiene Alimentar. 32(284/285), 46-50. https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/11/965437/284-285-set-out-2018-46-50.pdf.
Moreira, L. N. (2016). Técnica Dietética. Rio de Janeiro: SESES. 240p. https://www.ibb.unesp.br/Home/ensino/departamentos/educacao/laboratorios/legislacaosanitaria/tecnica_dietetica.pdf.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS: UAB/NTE/UFSM. https://repositorio.ufsm.br/handle/1/15824
Rosa, R. R. P. A., Silva, F. C. L. & Branco, A. C. S. C. (2014). Fenilcetonúria: Uma revisão de literatura. Revista Eletrônica de Farmácia. Teresina, PI. 9(4), 51-71. https://www.researchgate.net/publication/290720910_FENILCETONURIA_UMA_RE VISAO_DE_LITERATURA.
Silva, D. A. & Oliveira, T. C. (2016a). Administração de unidades produtoras de refeições: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Rubio. 224p.
Silva, M. S., Ataíde, E. M., Santos, A. K. E. & Souza, J. M. A. (2016b). Qualidade de frutos de maracujazeiro amarelo produzidos na safra e entressafra no vale do são francisco. Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha. 17(1), 41-49. https://www.redalyc.org/journal/813/81346341006/html/#:~:text=Os%20maiores%20teores%20de%20s%C3%B3lidos,m%C3%AAs%20de%20novembro%20(entressafra).
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). (2020). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.1. São Paulo. http://www.fcf.usp.br/tbca.
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). (2011). NEPA – UNICAMP.- 4ª ed. rev. e ampl. Campinas: NEPA - UNICAMP. 161p. https://www.nepa.unicamp.br/taco/contar/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf?arquivo=1.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ariadina Galdino dos Santos; Jaciara Belisário Pereira; Luciana Almeida Costa; Daniela Alves Silva; Erika Madeira Moreira da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.