O sentido da escola na pandemia: percepções da família sobre o ensino remoto
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41081Palavras-chave:
Escola; Família; Cognição; Socialização.Resumo
Este trabalho é baseado nos resultados do projeto de pesquisa intitulado “Processos formativos em tempos de pandemia: as percepções da família sobre o ensino remoto”, desenvolvido no Instituto Federal Farroupilha, Campus de São Borja/RS. O objetivo do artigo é analisar as percepções da família acerca do acompanhamento da vida escolar de seu(s) filho(s) em vista da adoção do ensino remoto, no período de interrupção do ensino presencial, provocado pela pandemia. Apresenta como problema de pesquisa a seguinte questão: Quais estratégias a família está utilizando na tarefa de acompanhar a vida escolar de seu(s) filho(s) nesse tempo de ensino remoto? Amparada nas contribuições da pesquisa qualitativa em sua vertente hermenêutica, a investigação toma como instrumento de coleta de dados as narrativas escritas que os pais e/ou responsáveis trazem sobre o acompanhamento da vida escolar de seu(s) filho(s). Na análise às percepções coletadas, chega-se a três unidades de sentido: Organização da rotina; Desafios no acompanhamento da vida escolar e Sentimento vivido no acompanhamento da vida escolar, as quais articulam-se na compreensão de que a escola assume um sentido de importância para a vida escolar dos filhos. Esse sentido aparece no aspecto cognitivo e no aspecto da socialização. Evidencia-se, por um lado, a identificação do papel da escola enquanto desencadeadora do aprendizado e desenvolvimento do aluno e, por outro, que as estratégias utilizadas pelas famílias para potencializar o desempenho escolar dos filhos amenizaram o impacto gerado pelo ensino remoto, tanto no aspecto cognitivo quanto na socialização.
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