A relação dos sintomas da disfunção temporomandibular com ansiedade e estresse em acadêmicos de Odontologia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41437Palavras-chave:
Ansiedade; Estresse Psicológico; Estudantes de Odontologia; Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular.Resumo
A disfunção temporomandibular (DTM) consiste num conjunto de sinais e sintomas que acometem a articulação temporomandibular (ATM). Sua etiologia é diversa e muitas vezes está relacionado a aspectos biopsicossociais, entre eles a qualidade do sono e fatores emocionais como estresse e ansiedade. A população jovem é classificada, em muitos estudos, como um grupo com maior propensão a ter DTM, entre eles estão os discentes do curso de Odontologia, que pela exposição a fatores geradores de estresse e ansiedade, configuram um grupo com potencial risco para o diagnóstico da disfunção temporomandibular. Este estudo objetivou avaliar a prevalência de sintomas da disfunção entre os estudantes de Odontologia de diferentes períodos, além de identificar possíveis correlações com os níveis de ansiedade e estresse. A amostra foi composta por 205 participantes que responderam a questões sociodemográficas e a três instrumentos: Índice Anamnésico de Fonseca (para sintomas de DTM), inventário de Lipp (para sinais de estresse) e o Inventário de Ansiedade de Beck. Após a coleta de dados, foi realizada a sua análise estatística. Concluiu-se que, no público estudado, houve alta prevalência de sintomas de DTM, a maioria de grau leve. O gênero feminino mostrou-se mais acometido por DTM, ansiedade e estresse. Houve associação entre presença de sintomas de DTM, níveis de ansiedade e sintomatologia de estresse, além de associação entre o grau de severidade de DTM e período final do curso. Quanto maiores os níveis de ansiedade e estresse, maior o grau de DTM.
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