Escherichia coli produtora de toxinas Shiga (STEC) e Salmonella spp. em alface
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4150Palavras-chave:
Contaminação de alface; Segurança alimentar; Verduras; PCR.Resumo
As doenças transmitidas por alimentos são relevantes para a saúde pública, especialmente em alimentos contaminados que são consumidos sem cozimento prévio, como alface. O objetivo do presente estudo foi avaliar a contaminação por Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC), E. coli e Salmonella spp. em amostras de alface. As variáveis foram: tipo de cultura, tipo de estabelecimento e contagem de coliformes. O DNA dos isolados de E. coli foi analisado por PCR para a pesquisa de genes de virulência. Isolados confirmados com Salmonella nos testes bioquímicos foram submetidos à sorologia com soros anti-Salmonella. Trinta amostras de alface foram avaliadas, onze amostras foram positivas para E. coli (36,67%) e uma amostra (3,33%) de cultura hidropônica apresentou resultado positivo STEC. Os dois isolados STEC foram positivos para o gene stx2. Alfaces cultivadas convencionalmente têm 2,4 vezes maior probabilidade de serem contaminados por E. coli. A presença de Salmonella spp. foi confirmada em 16,67% (5/30) das amostras. A presença de microrganismos potencialmente patogênicos nas amostras analisadas indica a necessidade de cuidados especiais na preparação de vegetais frescos antes de serem consumidos in natura, evitando manuseio excessivo e lavagem com desinfetantes.
Referências
Allen KJ; Kovacevic J; Cancerevic A; Wood J; Xu J; Gill B; Allen JK & Mesak LR. (2013). Microbiological survey of imported produce available at retail across Canada. Int J Food Microbiol, 162, 135–142.
Beutin L & Martin A. (2012). Outbreak of Shiga Toxin–Producing Escherichia coli (STEC) O104:H4 infection in Germany causes a paradigm shift with regard to human pathogenicity of STEC strains. J Food Prot, 75, 408–418.
Brandão MLL; Almeida DO; Bispo FCP; Bricio SML; Marin VA & Miagostovich MP. (2014). Assessment of Microbiological Contamination of Fresh, Minimally Processed, and Ready-to-Eat Lettuces (Lactuca sativa), Rio de Janeiro State, Brazil. J Food Sci, 79.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa Nº 62, de 26 de agosto de 2003. Oficializar os Métodos Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Água. Diário Oficial da União, Brasília, 18 set. 2003. Seção 1, p. 14.
Ceuppens S; Johannessen GS; Allende A; Tondo EC; El-Tahan F; Sampers I; Jacxsens L & Uyttendaele M. (2015). Risk factors for Salmonella, Shiga toxin-producing Escherichia coli and Campylobacter occurrence in primary production of leafy greens and strawberries. Int J Environ Res Public Health, 12, 9809–9831.
Decol LT; Casarin LS; Hessel CT; Batista, ACF; Allende A & Tondo EC. (2017). Microbial quality of irrigation water used in leafy green production in Southern Brazil and its relationship with produce safety. Food Microbiol, 65, 105–113.
Dutta A; Joshi N; Joshi RK & Kamal A. (2014). Molecular Characterization of E. coli Isolated from Raw Vegetable. Adv Anim Vet Sci, 2, 42–45.
Ferreira MRA; Filho EGF; Pinto JFN; Dias M & Moreira CN. (2014). Isolation, prevalence, and risk factors for infection by shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) in dairy cattle. Trop Anim Health Prod, 46, 635–639.
Gannon VP; D'Souza S; Graham T; King RK; Rahn K & Read S. (1997). Use of the flagellar H7 gene as a target in multiplex PCR assays and improved specificity in identification of enterohemorrhagic Escherichia coli strains. J Clin Microbiol, 35, 656–662.
Gomes Neto NJ; Pessoa RML; Queiroga IMBN; Magnani M; Freitas FIS; Souza EL & Maciel JF. (2012). Bacterial counts and the occurrence of parasites in lettuce (Lactuca sativa) from different cropping systems in Brazil. Food Control, 28, 47–51.
Greve JD; Zietlow MS; Miller KM & Ellingson JLE. (2015). Occurrence of coliform and Escherichia coli contamination and absence of Escherichia coli O157:H7 on romaine lettuce from retail stores in the upper midwest. J Food Prot, 78, 1729–1732.
Khatib A; Olama Z & Khawaja G. (2015). Shiga toxin-producing E. coli (STEC) associated with Lebanese fresh produce. Int J Curr Microbiol Appl Sci, 4, 481–496.
Kłapeć T; Cholewa A; Cholewa G; Dutkiewicz J & Wójcik-Fatla A. (2016). Microbiological characterization of vegetables and their rhizosphere soil in Eastern Poland. Ann Agric Environ Med, 23, 559–565.
Marine SC; Pagadala S; Wang F; Pahl DM; Melendez MV; Kline WL; Oni RA; Walsh CS; Everts KL; Buchanan RL & Micallef SA. (2015). The growing season, but not the farming system, is a food safety risk determinant for leafy greens in the Mid-Atlantic Region of the United States. Appl Environ Microbiol, 81, 2395–2407.
Mora A; Herrrera A; Lopez C; Dahbi G; Mamani R; Pita JM; Alonso MP; Llovo J; Bernárdez MI; Blanco JE; Blanco M & Blanco J. (2011). Characteristics of the Shiga-toxin-producing enteroaggregative Escherichia coli O104:H4 German outbreak strain and of STEC strains isolated in Spain. Int Microbiol, 14, 121–141.
Paton A & Paton J. (1998). Detection and characterization of shiga toxigenic Escherichia coli by using multiplex enterohemorrhagic E. coli hlyA, rfbO111, and detection and characterization of shiga toxigenic E. coli by using multiplex PCR Assays for stx1 , stx2 , eae. J Clin Microbiol, 36, 598–602.
Ryu JH; Kim M; Kim EG; Beuchat LR & Kim H. (2014). Comparison of the Microbiological Quality of Environmentally Friendly and Conventionally Grown Vegetables Sold at Retail Markets in Korea. J Food Sci, 79, M1739–M1744.
Suinaga FA; Boiteux L; Cabral C & Rodrigues C. (2013). Desempenho produtivo de cultivares de alface crespa. Bol Pesqui e Desenvolv, 89, 1–59.
Wang G; Clark C & Rodgers F. (2002). Detection in Escherichia coli of the genes encoding the major virulence factors, the genes defining the O157 : H7 serotype , and components of the type 2 shiga toxin family by multiplex pcr detection in Escherichia coli of the genes encoding the major Vi. J Clin Microbiol, 40, 3613–3619.
Yamamoto S; Terai A; Yuri K; Kurazono H; Takeda Y & Yoshida O. (1995). Detection of urovirulence factors in Escherichia coli by multiplex polymerase chain reaction. FEMS Immunol Med Microbiol, 12, 85–90.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
