Questões calculadas Moodle: evitam a cola?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42404Palavras-chave:
Ensino; Avaliação formativa; Aprendizagem baseada em problemas; Avaliação à distância; Credibilidade das provas.Resumo
Durante o Ensino Remoto Emergencial foram suspensas todas as avaliações presenciais trazendo grande desconforto e questionamentos sobre a autenticidade das respostas dadas às provas elaboradas a distância sem a existência de uma supervisão para garantir que os estudantes não copiassem as respostas dos colegas (cola). Uma das opções que foram exploradas para minimizar o risco de cola foi desenvolver questionários com respostas numéricas diferentes para cada estudante, explorando a funcionalidade Questões Calculadas, disponibilizada no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. Como saber se esta estratégica foi eficaz? Em que proporção podemos confiar que a exigência de uma resposta numérica diferente para cada estudante aumentará a probabilidade de que a resposta correta tenha sido efetivamente calculada pelo respondente? Neste artigo foram analisados 12 semestres letivos (desde 2016 até 2021) ministrados para Cursos de Engenharia utilizando questionários semanais assíncronos compostos por Questões Calculadas Moodle. Utilizando-se a informação de “tempo para responder” foram obtidas curvas típicas de distribuição, considerando a primeira vez que as questões são apresentadas. Observou-se que, após algum tempo, os tempos médios e desvios padrões se reduzem, indicando que os estudantes estão obtendo as respostas sem aplicar o tempo que seria necessário para a realização de cálculos complexos exigidos para obter a resposta. O objetivo deste trabalho é apresentar uma metodologia capaz de, a partir de relatórios padrão do Moodle, coletar indicativos sobre a eficácia do uso de “Questões Calculadas” para evitar a cola.
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