Periodização e prescrição de treino na osteogênese imperfeita: revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42414

Palavras-chave:

Osteogênese Imperfeita; Treinamento Físico; Atividade Física; Exercício Físico.

Resumo

A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença atávica congênita e crônica que afeta os ossos por intermédio de sua fragilidade, vinculando-se ao processo de deterioração do tecido conjuntivo ósseo. O objetivo do estudo foi sistematizar a produção do conhecimento a respeito da periodização e prescrição para pacientes com OI, trazendo indicações de exercícios. As bases de dados Portal Regional BVS, SciELO, PubMed, Cochrane e Research Gate foram usadas para a busca. Com os critérios de elegibilidade aplicados 2 estudos foram selecionados, sendo um estudo clínico randomizado e uma revisão sistemática.  Os trabalhos de reduções de estresse articular, ganho de força muscular, desenvolvimento da estimulação sensório-motora, alinhamento biomecânico e a natação são as recomendações mais preconizadas no que concerne o eixo de periodização e prescrição na OI. Exercícios de força, progressões de carga leve, aeróbicos em bicicleta seja estacionária ou não também são recomendadas para este público-alvo. Os estudos da literatura científica ainda são superficiais quando ao treinamento físico, a atividade física e ao exercício físico em pacientes com OI, necessitando-se de aprofundamento teórico-científico. A periodização e prescrição pauta-se em sua grande maioria em exercícios de baixo impacto, buscando melhoria do bem-estar do paciente, entretanto, exercícios de força também são opções na periodização buscando melhoria da densidade mineral óssea. Existe uma lacuna acerca das diretrizes de periodização e prescrição para pacientes com OI, em que a grande maioria dos exercícios são associados a uma prática fisioterapêutica, necessitando-se de mais estudos de atualização e intervenção.

Biografia do Autor

João Carlos Silva Guimarães, Universidade Federal do Amapá

Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Membro do Laboratório de Biodinâmica do Movimento Humano

Marcela Fabiani Silva Dias, Grupo Madre Tereza

Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Docente do Curso de Licenciatura em Educação Física do Grupo Madre Tereza (GMT)

Referências

Andrade, M. M. (2014). Introdução à metodologia do trabalho científico. (10a ed.) Atlas.

Badhyal, S., Dhole, S. R., Gopinathan, N. R., Dhillon, M. S., Dhiman, V., Jayal, A. D. & Prasad, J. (2019). Kinetic and kinematic analysis of gait in type IV osteogenesis imperfecta patients: A comparative study. Indian journal of orthopaedics, 53(1): 560- 566.

Bonafe L., Cormier, V. D., Hall, C., Lachman, R., Mortier, G., Mundlos, S., Nishimura, G., Sangiorgi, L., Savarirayan, R., Sillence, D., Spranger, J., Furga, A. S., Warman, M., & Unger, S. (2015). Nosology and classification of genetic skeletal disorders: 2015 revision. American Journal of Medical Genetics, 167(12): 2869-2892.

Brizola, E., Zambrano, M. B., Pinheiro, B. S., Vanz, A.P. & Félix, T. M. (2017). Características clínicas e padrão de fraturas no momento do diagnóstico de osteogênese imperfeita em crianças. Revista Paulista de Pediatria, 35(2): 171-177.

Campana, M. B., Sannomiya, V. F. C., Ferreira, L. & Campana, A. N. N. B. (2014). Exercício físico na osteogênese imperfeita. Acta Fisiátrica, 21(2): 80-86.

David, V. E., Rodrigues, V. O. & Siqueira, E. C. (2023). Uma abordagem geral da osteogênese imperfeita. Reamed, 23(3): 1-7.

Forlino, A., Cabral, W. A., Barnes, A. M. & Marini, J. C. (2011). New perspectives on osteogenesis imperfecta. Nature Reviews Endocrinology, 7(9): 540-557.

Homan, E. P., Rauch, F., Grafe, I., Lietman, C., Doll, J. A., Dawson, B., Bertin, T., Napierala, D., Morello, R., Gibbs, R., White, L., Miki, R., Cohn, D. H., Crawford, S., Travers, R., Glorieux, F. H. & Lee, B. (2011). Mutations in serpinf1 cause osteogenesis imperfecta type vi. Journal of bone and mineral research, 26(12): 2798-2803.

Hoyer-Kuhn, H., Netzer, C. & Semler, O. (2015). Osteogenesis imperfecta: pathophysiology and treatment. Wiener Medizinische Wochenschrift, 165(13): 278-284.

Jin, Z., Burrage, L. C., Jiang, M. M., Lee, Y. C., Bertin, T., Chen, Y., Tran, A., Gibbs, R. A., Jhangiani, S., Sutton, V. R., Rauch, F., Lee, B. & Jain, M. (2018). Whole-exome sequencing identifies an intronic cryptic splice site in serpinf1 causing osteogenesis imperfecta type vi. Jbmr plus, 2(4): 235-239.

Kracik, M. L. A., Pereira, P. M. B. & Iser, B. P. M. (2020). Medicina Integrativa: um parecer situacional a partir da percepção de médicos no Sul do Brasil. Saúde em Debate, 43(1): 1095-1105.

Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2017). Fundamentos de metodologia científica. (8a ed.), Atlas.

Mintzfels, M. E B., Golin, M. T. M., Pelegrini, E., Costa, G. E., Leão, M. E. B. & Debiasi, M. M. (2022). Malefícios da osteogênese imperfeita no desenvolvimento embrionário: uma revisão bibliográfica. Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, 1(1): 1-2.

Moreira, C. L. M., Lima, M. A. F. D., Cardoso, M. H. C. A., Villar, M. A. M. & Junior, J. C. L. (2012). A prevalência de instabilidade articular e hipotonia muscular na osteogênese imperfeita. Fisioterapia Brasil, 13(6): 434-439.

Mueller, B., Engelbert, R., Baratta-Ziska, F., Bartels, B., Blanc, N., Brizola, E., Fraschini, P., Hill, C., Marr, C., Mills, L., Montpetit, K., Pacey, V., Molina, M. R., Schuuring, M., Verhille, C., Vries, O., Yeung, E. H. K. & Semler, O. (2018). Consensus statement on physical rehabilitation in children and adolescents with osteogenesis imperfecta. Orphanet Journal Of RareDiseases, 13(158): 1-14.

Paiva, D. F., Oliveira, M. L. & Almohalha, L. (2018). Percepções de pessoas com osteogênese imperfeita acerca das intervenções terapêuticas ocupacionais e possibilidades de cuidado. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 26(2): 399-407.

Pettres, A. A. & Ros, M. A. (2018). A determinação social da saúde e a promoção da saúde. Arquivos Catarinenses de Medicina, 47(3): 183-196.

Ropke, L. M., Souza, A. G., Bertoz, A. P. M., Adriazola, M. M., Ortolan, E. V. P., Martins, R. H., Lopes, W. C., Rodrigues, C. D. B., Bigliazzi, R. & Weber, S. A. T. (2018). Efeito da atividade física na qualidade do sono e qualidade de vida: revisão sistematizada. Archives of Health Investigation, 6(12): 561-566.

Rossi, V., Lee, B. & Marom, R. (2019). Osteogenesis imperfecta: advancements in genetics and treatment. Current opinion in pediatrics, 31(6): 708-715.

Severino, A. J. (2018). Metodologia do trabalho científico. (24a ed.), Cortez.

Santana, A., Franzone, J. M., Mcgreal, C. M., Kruse, R. W. & Bober, M. B. (2018). A moderate form of osteogenesis imperfecta caused by compound heterozygous LEPRE1 mutations. Bonereports, 9(1): 132-135.

Stubbe, A., Primorac, D. & Hoppner, W. (2017). Molecular genetics analysis of osteogenesis imperfecta in clinical practice. Pediatria Croatica, 61(3): 141-145.

Tang, Y. A., Wang, L. Y., Chang, C. M., Lee, I. W., Tsai, W. H. & Sun, H. S. (2020). Novel Compound Heterozigous Mutations in CRTAP Cause Rare Autosomal Recessive Osteogenesis Imperfecta. Frontiers in Genetics, 11(897): 1-11.

Vieira, L.H.F., Luz, M. C. C., Miranda, T. M. & Rangel, L. C. (2020). A genética envolvida na Osteogênese Imperfeita (OI) e suas implicações na vida do portador. Revista Interdisciplinar Pensamento Científico, 6(2): 1-12.

Yonko, E. A., Emanuel, J. S., Carter, E. M., Sandhaus, R. A. & Raggio, C. L. (2020). Respiratory impairment impacts QOL in osteogenesis imperfecta independent of skeletalab normalities. Archives of osteoporosis, 15(1): 1-7.

Downloads

Publicado

01/07/2023

Como Citar

GUIMARÃES, J. C. S. .; COSTA, A. . V. .; DIAS, M. F. S. . Periodização e prescrição de treino na osteogênese imperfeita: revisão sistemática. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 6, p. e27512642414, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i6.42414. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42414. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde