Perfil das oportunidades no ambiente doméstico para o desenvolvimento infantil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42881Palavras-chave:
Relação familiar; Saúde da criança; Enfermagem; Desenvolvimento infantil; Atenção primaria a saúde.Resumo
Nos últimos anos, cresceu o número de estudos sobre o desenvolvimento infantil, nessa fase, os principais vínculos são fornecidos pela família. Desenvolveu-se um estudo com o objetivo de traçar o perfil das oportunidades do ambiente doméstico capazes de auxiliar na promoção o desenvolvimento motor infantil. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritivo e recorte transversal. No município de Tucuruí (PA), no período de julho e agosto de 2018, através da aplicação de um instrumento adaptado chamado “Affordances no Ambiente Domiciliar para o Desenvolvimento Motor - Escala Bebê (AHMD-IS)”. Foram calculados para cada variável do estudo: Características da Família, Características da criança, Espaço físico, Variedade de estimulação, Brinquedos de motricidade grossa e motricidade fina, e o escore geral do AHEM-IS, estes foram, transferidos e tabulados para uma tabela do Excel 2016 e tratadas no software Bioestat versão 5.0. No perfil dos familiares, percebeu-se que 49 (89,9%) possuí domicílio do tipo: na maioria dos domicílios moram até dois adultos 29 (52,7%) e até duas crianças em 21 (38,1%). A maioria 38 (69,0%) moram a mais de 12 meses no local e completaram o ensino médio 23 (41,8%). Sobre as crianças, a maioria 29 (52,8%) é do sexo masculino. Nunca frequentaram creches ou escolinhas 54 (98,1%), nasceram com 2,500g ou mais 54 (98,2%) e idade gestacional considerada normal 32 (58,19%). Conclui-se que os escores baixos apresentados pelas famílias revelam a extrema necessidades de busca por melhorias no ambiente familiar para que não haja prejuízo ao desenvolvimento infantil e a criança receba o estímulo ambiental e familiar necessário para o seu desenvolvimento.
Referências
Almeida A. C. et al. (2016). Uso de instrumento de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança no Brasil – Revisão sistemática de literatura. Rev Paul Pediatr. 34 (1), 122-131.
Aragão, J. (2011). Introdução aos estudos quantitativos utilizados em pesquisas científicas. Rev. Práxis, 3(6).
Araujo, J. P. et al. (2014). História da saúde da criança: conquistas, políticas e perspectivas. Rev. Bras. Enferm., Brasília, 67(6), 1000-1007.
Ayres, M. et al. BioEstat 5.0. (2007). Aplicações Estatísticas nas Áreas das Ciências Biológicas e Médicas. UFPA (Software).
Batistela, A. C. T. (2007). Relação entre as oportunidades motora no lar e o desempenho motor de lactentes – um estudo exploratório. [Dissertação de Mestrado]. Piracicaba: Unimep, 102p.
Borba, L.S, et al. (2017). Motor and cognitive development predictors of infants of adolescents and adults mothers. J Phys Educ., 28 (e281), 1-16.
Brasil. (2017a). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. PORTARIA Nº 2.436. Política Nacional de Atenção Básica/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2012b). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466. Brasília. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7508.htm >.
Brasil. (2013). Ministério da saúde. Caderneta de saúde da criança - menino. (8a ed.), Brasília: ministério da saúde, 92p.
Brasil. (2015). Ministério da saúde. Gabinete do ministro. Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a política nacional de atenção integral à saúde da criança (pnaisc) no âmbito do sistema único de saúde (sus). Diário oficial da união, Brasília, df, 6 ago, 37p.
Brasil. (2012a). Ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento / ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. – Brasília. Df. 272 p.: il. – (cadernos de atenção básica, nº 33).
Brasil. (2002). Ministério da saúde. Secretaria de políticas de saúde. Departamento de atenção básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil / ministério da saúde. Secretaria de políticas de saúde. Brasília: ministério da saúde. 100 p.
Campos, M. M. (2013). Entre as políticas de qualidade e a qualidade das práticas. Cadernos pesquisa. 43(148):22–43. 10.1590/s0100-15742013000100003.
Caram, L. H. A., et al. (2006). investigação das causas de atraso no neurodesenvolvimento. Arquivos de neuropsiquiatria, 64(2-b), 466-472, 2006.
Carvalho, M. F. P. P. D. (2017). desenvolvimento normal. in: tratado depediatria: sociedade brasileira de pediatria [organizadores dennis alexander rabelo burns... [et al]. (4a ed.)
Correa, S. M. B. B. (2003). Probabilidade e estatística. PUC Minas.
Cruz, M. S. S. (2017). Conhecimento parental sobre desenvolvimento Infantil e qualidade da estimulação no ambiente domiciliar. Dissertação (Mestre). Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. 77 p.
Damasceno, S. S. et al. (2016). Saúde da criança no Brasil: orientação da rede básica à Atenção Primária à Saúde. Ciênc. Saúde coletiva, 21(9), 2961-2973.
Defilipo, E. C. et al. (2012). Oportunidades do ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor. Rev. Saúde Pública, 46(4), 633-641.
Esperon, J. M. T. (2017). Pesquisa Quantitativa na Ciência da Enfermagem. Esc. Anna Nery, 21(1).
Ferreira, T. (2018). Oportunidades do ambiente domiciliar para o desenvolvimento motor de crianças verticalmente exposta ao HIV. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, UFSM, Rio Grande do Sul.
Fontelles, M. J. et al. (2009). Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Rev. Para. Med. 23(3).
Freitas, T. C. B. et al. (2013). Family socioeconomic status and the provision of motor affordances in the home. Braz J Phys Ther, 17(4), 327-327.
Gabbard, C. (2012). Effect of the home environment on motor and cognitive behavior of infants. Infant Behavior and Development, 5, 329-334.
Gil, A.C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Giordani, L.G. et al. (2013). Avaliação das oportunidades de desenvolvimento motor na habitação familiar de crianças entre 18 e 42 meses. Motricidade, 9(3), 96-104.
Hochman, Bernardo et al. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cir. Bras., 20(2), 2-9.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1957. http://cod.ibge.gov.br/2W3B9. Acesso em: 26 de novembro de 2017.
Lavras, C. (2011). Atenção primária à saúde e a organização de redes regionais de atenção à saúde no Brasil. Saude soc., 20(4), 867-874.
Machado, D. et al. (2007). Desenvolvimento motor, cognição e linguagem em lactentes que frequentam creches. Sci Med. 27 (4), ID27993.
Maia, P. C. (2013). O enfermeiro e a avaliação do desenvolvimento neuromotor do lactente. 169f, Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Ceara. Fortaleza.
Martins, M. F. D., et al. (2004). qualidade do ambiente e fatores associados: um estudo em crianças de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 20(3), 710-718.
Ministério da Saúde. (2016). Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de estimulação precoce: crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. Brasília.
Miquelote, A. F. (2011). Correlação entre as características do ambiente domiciliar e o desempenho motor e cognitivo de lactentes. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em Fisioterapia, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba.
Miquelote, A. F. (2017). Efeito da ampliação de affordances no ambiente domiciliar no desenvolvimento motor e cognitivo de lactentes em situação de vulnerabilidade social: Ensaio clínico randomizado cego. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Universidade Metodista de Piracicaba.
Miquelote, A. F.., et al. (2012). Effect of the home environment on motor and cognitive behavior of infants. Infant Behavior and Development, 35, 329-334.
Nobre, F. S. S.; et al. (2009). Análise das oportunidades para o desenvolvimento motor (affordances) em ambientes domésticos no Ceará –Brasil. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(1), 9-18.
Oliveira. N. H. D. (2009). Recomeçar: família, filhos e desafios [online]. Ed. UM.; 236 p.
Oliveira A. S., et al. (2013). dos. Caracterização do desenvolvimento motor de lactentes de mães adolescentes. Fisioter. Pesqui., 20(4), 349-354.
Opas-Organização Pan-Americana da Saúde. (2005). Manual para vigilância do desenvolvimento infantil no contexto da AIDPI. Washington, DC.
Padilha J., et al. (2014). Análise do desenvolvimento motor e qualidade do ambiente domiciliar de crianças pré-escolares. Rev Saúde. 40(1), 99- 108.
Pereira, K. R. G., et al. (2016). Cognição e ambiente são preditores do desenvolvimento motor de bebês ao longo do tempo. Fisioter. Pesqui., 23(1), 59-67.
Petrucci, G. W., et al. (2016). A Família e a escola no desenvolvimento socioemocional na infância. Temas psicol. 24(2), 391-402.
Pilati, I., et al. (2011). Oportunidades para o desenvolvimento motor infantil em ambientes domésticos. Revista Brasileira de Ciência da Saúde. 9(27).
Pizolato R. A. et al. (2016). Vigilância do desenvolvimento da linguagem da criança: conhecimentos e práticas de profissionais da atenção básica à saúde. Rev. CEFAC. Campinas. 18(5), 1109-1120.
Reichert, A. P. S. D. et al. (2015). Vigilância do desenvolvimento infantil: estudo de intervenção com enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 23(5), 954-62.
Saccani, R., et al., (2013). Influence of biological factors and affordances in the home on infant motor development. Pediatrics International, 55, 197-203.
Santos, D. N., et al. (2013). Desenvolvimento cognitivo e aprendizagem na infância. Manuscrito não publicado. 2013.
Silva, J. et al. (2015). Oportunidades de estimulação no domicílio e habilidade funcional de crianças com potenciais alterações no desenvolvimento. Journal of Human Growth and Development., 25(1), 19-26.
Silva, P. L., et al. (2006). Influência de práticas maternas no desenvolvimento motor de lactentes do 6º aos 12º meses de vida. Revista Brasileira de Fisioterapia, 10(2), 225-231.
Sinder, C. B., & Ferreira, M. C. P. (2010). Oportunidades do ambiente domiciliar e desenvolvimento motor de lactentes entre dez e 18 meses de idade. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia), Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
Soares, E. S. et al. (2015). Análise das oportunidades de estimulação motora em ambientes domiciliares na região central do Rio Grande do Sul. Rev Bras Educ Fís Esporte, 29(2), 279-88.
Unicef-United Nations Children’s Fund, Permission is required to reproduce any part of this publication. (2016). Permission will be freely granted to educational or nonprofit organizations. Please contact: Division of Policy and Strategy, UNICEF, New York, n.10017, USA.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Tobias Ferreira Goncalves; Janice de Matos Frazão; Juliane de Matos Frazão; Julia Santos Lisbôa; Jucilene Luz Neves; Claudia Cristina Pinto Girard; Ilma Pastana Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.