Perfil de pacientes submetidos a cirurgia ambulatorial em otorrinolaringologia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42999Palavras-chave:
Otolaringologia; Criança; Procedimentos cirúrgicos ambulatórios; Adulto.Resumo
A cirurgia ambulatorial tem se difundido cada vez mais no Brasil e no mundo, nas diversas áreas da medicina. Entretanto, no setor de otorrinolaringologia brasileiro, essa prática ainda não é amplamente utilizada. O objetivo do estudo foi de traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia ambulatorial em otorrinolaringologia. Trata-se de um estudo de caráter observacional, transversal, descritivo e analítico, com dados secundários, através de acesso ao prontuário médico eletrônico do serviço privado de Otorrinolaringologia de Salvador. Foram incluídos no estudo todos os pacientes submetidos à cirurgia ambulatorial com prontuário completo e excluídos, aqueles com prontuário incompleto. Na identificação do paciente foram observados: idade, gênero, cirurgia prévia, medicamentos em uso, comorbidades e classificação de risco ASA. Na avaliação cirúrgica foram analisados: tempo no CRPA, tempo de cirurgia e tempo de internação, além das complicações pós-cirúrgicas imediatas, tardias, abordagem após complicação e necessidade de transferência para grandes centros de saúde. Foram estudados 868 pacientes, com mediana de idade de 30 (IIQ 18-40), sendo 62% do sexo masculino e 8,9% portadores de comorbidades. A taxa de complicações pós-cirúrgicas foi de 2,2%, não havendo relação significativa entre essa taxa e a idade, tempo de internamento ou o tipo de cirurgia. Concluiu-se que a cirurgia otorrinolaringológica em regime ambulatorial é factível em pacientes com ou sem comorbidades, desde que classificados como ASA 1 ou ASA 2, por ocasionar menores taxas de complicações pós-operatórias.
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