Avaliação de diferentes composições de pasta estimulante em sistema fechado de resinagem em Pinus elliottii var. elliotti com 10 anos de idade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.43031Palavras-chave:
Pinus; Resina; Sistema produtivo; Produção de resina.Resumo
A resinagem é uma atividade que visa extrair a resina de árvores, e assim utilizar esse produto industrialmente. A espécie mais utilizada para resinagem no Brasil é o Pinus elliottii var. elliottii. A resina extraída é composta basicamente por breu e terebintina que são utilizados pela indústria química. Apesar de serem bem conhecidos os principais processos de resinagem utilizados atualmente, novos sistemas devem ser testados, como por exemplo, o sistema fechado e novas composição de pastas estimulantes. Esses processos novos e a novas composições das pastas estimuladoras podem tornar a atividade da resinagem cada vez mais eficiente e rentável. Sendo assim, objetivamos avaliar o efeito na produção de resina com novas composição de pastas estimulantes na extração de resina, em um sistema fechado de resinagem “borehole”, em diferentes épocas de coleta, em árvores de uma população de Pinus elliottii var. elliottii de 10 anos de idade plantadas em Itapetininga, São Paulo. De acordo com os resultados observados, ficou evidenciado o efeito da pasta estimuladora 4 (30% de jasmonato, 4% de naturóleo e água) e a pasta 6 (30% de jasmonato, 4% de espalhante adesivo e água), na maior produção média de resina por árvore. A produção de resina em um processo fechado pode ser uma boa alternativa para os produtores controlarem melhor o sistema produtivo de resina. O desenvolvimento da indústria química que utilizada produtos derivados da resina e o crescimento de diferentes mercados, com os consideráveis impactos sociais, econômicos e ambientais, depende de futuras pesquisas e geração de tecnologia para produção de resina e seus derivados.
Referências
Aguiar, A. V., Shimizu, J. Y., Sousa, V. A., Resende, M. D. V., Freitas, M. L. M., Moraes, M. L. T. & Sebbenn, A. M. (2012). Genetics of oleoresin production with focus on Brazilian planted forests. In: Fett-Neto, A. G. & Rodrigues-Corrêa, K. C. S. (Eds). Pine Resin: Biology, Chemistry and Applications. Research Signpost: Kerala, pp. 87-106.
Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. M. & Sparovek, G. (2013). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22, 711-728.
ARESB. Associação dos Resinadores do Brasil. (2023) Produção nacional de goma resina de pinus. http://www.aresb.com.br/portal/estatisticas/.
Bhandari, R. (2017). Borehole Resin Extraction method to minimize damage to pine tree. https://thenewshimachal.com/2017/12/borehole-resin-extraction-method-minimize-damage-pine-tree/
Candaten, L., Lazarotto, S., Zwetsch, A. P. R., Rieder, E., Silva, M. D., Balbinot, R. & Trevisan R. (2021) Resinagem de Pinus no brasil: aspectos gerais, métodos empregados e mercado. In: Evangelista, W. V. (Ed.). Produtos florestais não madeireiros: Tecnologia, Mercado, Pesquisas e Atualidades. Editora Científica Digital: Guarujá, pp. 44-58.
Celedon, J. M. & Bohlmann J. (2019). Oleoresin defenses in conifers: Chemical diversity, terpene synthases and limitations of oleoresin defense under climate change. New Phytology, 224, 1444-1463.
Cunningham, A. (2012). Pine resin tapping techniques used around the world. Research Signpost, 37, 1-8.
Du, B., Luan, Q., Ni, Z., Sun, H. & Jiang, J. (2022). Radial growth and non-structural carbohydrate partitioning response to resin tapping of slash pine (Pinus elliottii Engelm. var. elliottii). Journal of Forestry Research, 33, 423-433.
Kronka, F. J. N., Bertolani, F. & Ponce, R. H. (2005). A cultura de Pinus no Brasil. Sociedade Brasileira de Silvicultura.
Aoki, H. & Cruz, S. F. (1998). Novas alternativas de resinagem de Pinus. Revista do Instituto Florestal, 10, 123-126.
Hodgens, A.W. & Willians, G. (1993). Pine gum in a botlle? A sealed collection system for production of high purity oleoresin. Naval Stores Review, 103, 2-8.
Instituto Florestal. (2023). Áreas Protegidas/Estações Experimentais/Itapetininga. https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutoflorestal/areas-protegidas/estacoes-experimentais/itapetininga/.
Lima, A. B., Nicoletti, M. F., Stepka, T. F., Silva, M. T. S. & Soares, P. R. C. (2021). Impactos dendrométricos e econômicos de um povoamento de Pinus elliotti submetidos a produção de resina. Advances in Forestry Science, 8, 475-1487.
Lima, J. C., Costa, F., Füller, T. N., Rodrigues-Corrêa, K. C. D. S., Kerber, M. R., Lima, M. S. & Fett-Neto, A. G. (2016). Reference genes for qPCR analysis in resin-tapped adult slash pine as a tool to address the molecular basis of commercial resinosis. Frontiers in Plant Science, 7, 849.
Oliveira, E., Henrique, A. D. S. S., Pires, R. A. & Souza, F. M. L. (2019). Avaliação econômica na implantação de dois métodos de resinagem de Pinus elliottii na região de Itapeva-SP. Revista científica eletrônica de ciências aplicadas da FAIT, 1. 1-10.
Rodrigues-Corrêa, K. C. S., Lima, J. C. & Fett-Neto, A. G. (2013). Oleoresins from pine: production and industrial uses. Natural products, 136, 4037-4060.
Rossi, M. (2017). Mapa Pedológico do Estado de São Paulo: revisado e ampliado. São Paulo: Instituto Florestal. http://www.iflorestal.sp.gov.br.
Santos, H. G., Jacomine, P. K. T., Anjos, L. H. C., Oliveira, V. A., Oliveira, J. B., Coelho, M. R., Lumbreras, J. F. & Cunha, T. J. F. (2006). Sistema brasileiro de classificação de solos, 2.ed. Embrapa Solos: Rio de Janeiro.
S.A.S. Institute Inc. (1999). SAS Procedures Guide. Version 8 (TSMO). SAS Institute Inc.: Cary.
Salvador, V. T., Silva, E. S., Gonçalves, P. G. C. & Cella, R. (2020). Biomass transformation: Hydration and isomerization reactions of turpentine oil using ion exchange resins as catalyst. Sustainable Chemistry and Pharmacy, 15, 100214.
Shimizu, J. Y. & Sebbenn, A. M. (2008). Espécies de Pinus na silvicultura brasileira. In: Shimizu, J. Y. (Ed.). Produção de resina de Pinus e Melhoramento Genético. Embrapa: Brasília, pp. 49- 74.
Vázquez-González, C., López-Goldar, X., Alía, R., Bustingorri, G., Lario, F. J., Lema, De La Mata, R., Sampedro, L., Touza, R., M. & Zas, R. (2021). Genetic variation in resin yield and covariation with tree growth in maritime pine. Forest Ecology and Management, 482, 118843.
Zas, R., Touza, R., Sampedro, L., Lario, F. J., Bustingorri, G. & Lema, M. (2020a). Variation in resin flow among Maritime pine populations: Relationship with growth potential and climatic responses. Forest Ecology and Management, 474, 118351.
Zas, R., Quiroga, R., Touza, R., Vázquez-González, C., Sampedro, L. & Lema, M. (2020b). Resin tapping potential of Atlantic maritime pine forests depends on tree age and timing of tapping. Industrial Crops and Products, 157, 112940.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 José Antonio de Freitas; Antônio Orlando da Luz Freire Neto; Luís Alberto Bucci; Maurício Ranzini; Ananda Virgínia de Aguiar; Israel Luiz de Lima; Eduardo Luiz Longui
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
