Malba Tahan e o conto Aventura dos 35 camelos: vislumbrando possibilidades didáticas interdisciplinares na sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.43044Palavras-chave:
Ensino de matemática; Paradidático de matemática; Malba Tahan; Matemática recreativa.Resumo
Júlio César de Mello e Souza (1985-1974), popularizado pelo heterônomo Malba Tahan, é frequentemente lembrado por sua vasta produção literária infantojuvenil, cuja principal característica é entrelaçar o conhecimento matemático a diversos contextos, dando origem a produções que são, até hoje, fontes de popularização da matemática no Brasil. Com isso, estabelecemos como objetivo geral deste artigo, fazer um estudo do conto Aventura dos 35 camelos, de forma a compreender as possíveis potencialidades didáticas do conto para a educação básica. Nosso trabalho é ancorado a partir da perspectiva de alguns teóricos, por exemplo, Rodrigues; Santana; Lindolfo. No mais, levamos em consideração, também, para o nosso estudo, o principal documento norteador da educação básica, a BNCC. Buscamos responder a seguinte questão de pesquisa: quais contribuições o conto aventura dos 35 camelos, de Malba Tahan, pode trazer para o ensino de língua portuguesa e matemática na educação básica? Em termos metodológicos, esta pesquisa pode ser entendida como bibliográfica, de abordagem qualitativa. Como resultado, apontamos que a articulação entre os elementos narrativos do conto com os elementos matemáticos é capaz de inspirar situações de ensino que propiciam aos sujeitos compreensão de conceitos matemáticos, rompendo a percepção errônea de que a matemática e a literatura não podem estar associadas em prol do ensino.
Referências
Alves, D. P. (2008). Implementação de conceitos de manufatura colaborativa: um projeto virtual. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Industrial Mecânica) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.
Bezerra, H. S. N., & Novaes, T. D. (2020). Transdisciplinaridade entre Língua Portuguesa e Matemática no processo de ensino e aprendizagem: relato de experiência em escola da rede privada em Natal (RN). Revista Brasileira de Educação Básica, 1(16), 54-78.
Bicudo, M. A. V. (2012). A pesquisa em educação matemática: a prevalência da abordagem qualitativa. Revista Brasileira de Educação, Ciência e Tecnologia, 5(2), 15-26.
Bigode, A. J. L. (2018). A perspectiva didática da matemática recreativa de Malba Tahan. Revista de Educação Matemática (REMat), 15(19), 223-234.
Gil, A. C. (2009). Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas.
Lindolfo, B. (2021). Matemática Recreativa: uma proposta didática a partir da Obra “O homem que calculava” de Malba Tahan. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) – Universidade Federal da Paraíba, Rio Tinto/PB.
Lopes, A. J. (2018). A perspectiva didática da matemática recreativa de Malba Tahan. Revista de Educação Matemática (REMat), 15(19), 223-234.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2016). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. (3a ed.), Atlas.
Morais, C. R. S. (2017). Registros do acervo de Júlio César de Mello e Souza: rede de contatos em fundos de documentação pessoal. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, SP.
Morin, E. (2000). A cabeça bem-feita. Bertrand Brasil.
Mosé, V. (2018). Educação contemporânea e os desafios da escola no Brasil. Palestrante: Drª Viviane Mosé, 2018. 1 vídeo (124 min). Transmissão em 10 de agosto de 2018 pelo canal do Instituto CPFL. https://www.youtube.com/watch?v=jeahVHKvXyE.
Roberto Filho, M. (2013). Júlio César de Mello e Souza - o Malba Tahan: O Homem que calculava, a vida e o legado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT). Uberaba, MG.
Rodrigues, M. A. A. (2015). Leitura e a escrita de textos paradidáticos na formação do futuro professor de Física. Ciência & Educação, 21, 765-781.
Santana, R. J. (2019). Malba Tahan e seus referenciais sobre o ensino da matemática. Ensino da Matemática em Debate, 6(1), 46-60.
Santos, A. O. (2019). Vida, pensamento e obras do professor Júlio Cesar de Mello e Souza-Malba Tahan: o ensino de matemática nas primeiras décadas do século XX. Tese (doutorado em educação) – Centro de Educação, UFU. Uberlândia/MG.
Smole, K. C. S., Cândido, P. T., & Stancanelli, R. (1997). Matemática e literatura infantil. (2a ed.), Lê.
Soares, S. V., Picolli, I. R. A., & Casagrande, J. L. (2018). Pesquisa bibliográfica, pesquisa bibliométrica, artigo de revisão e ensaio teórico em administração e contabilidade. Administração: ensino e pesquisa, 19(2), 308-339.
Souza, F. N. L. (2022). Um estudo das relações entre os lados e os ângulos de um triângulo, inseridas em uma carta escrita por al-Biruni, com direcionamentos à formação do professor de matemática. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática) – Centro de Ciências Exatas e da Terra, UFRN. Natal/RN.
Souza, M E P S de. (2019). Divertir, educar e instruir: Vida Infantil (1947-1950). Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Tahan, M. (2013). O homem que calculava. Editora Record.
Thiesen, J. da S. (2008). A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, 13(39), 545-554.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Francisco Neto Lima de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.