Corte epidemiológico de hospitalizações e óbitos envolvendo acidentes de motocicletas no Estado do Pará entre 2010 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43116Palavras-chave:
Motocicletas; Acidentes de trânsito; Causas externas.Resumo
Introdução: O aumento da popularidade das motos como meio de transporte tem sido acompanhado por um preocupante aumento no número de acidentes e mortes no trânsito. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos condutores de moto vítimas de acidentes de trânsito, atendidos no Estado do Pará, durante o período de 2010 a 2020. Método: Este estudo utilizou um desenho epidemiológico ecológico descritivo e quantitativo para avaliar a morbidade hospitalar no Estado do Pará, durante o período de 2010 a 2020. Foram obtidas informações sobre a morbidade hospitalar através do DATASUS, utilizando o TABNET, e dados populacionais do IBGE. Resultado: Foram contabilizadas mais de 100 mil internações hospitalares no Estado do Pará, a grande maioria na Região metropolitana I, onde se encontra o Município de Ananindeua que, além de liderar em número de hospitalizações também lidera o ranking de municípios com maior número de óbitos. A prevalência do gênero masculino, pardos e com idades entre 20-24 anos. A taxa de mortalidade é maior no município de Belém com média de permanência de 11,3 dias. Conclusão: Os Municípios de Ananindeua e Belém emergem como epicentros desse cenário e, por isso, apresentam a necessidade de ações preventivas e políticas voltadas para a segurança no trânsito nessas duas localidades.
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