Avaliação da toxicidade dos resíduos do abacaxi utilizando o bioensaio de Artemia salina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43275Palavras-chave:
Ananas comosus L. Merril; Resíduos; Teste de toxicidade.Resumo
Nos últimos anos, uma especial atenção vem sendo dada para minimização ou reaproveitamento de resíduos sólidos gerados nos diferentes processos industriais. Os resíduos provenientes da indústria de alimentos envolvem quantidades apreciáveis de casca, caroço e outros. Esses materiais, além de fonte de matéria orgânica, servem como fonte de proteínas, enzimas e óleos essenciais, passíveis de recuperação e aproveitamento. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade dos resíduos agroindustriais do abacaxi (Ananas comosus L. Merril) por meio do bioensaio com Artemia salina. Diferentes concentrações do resíduo do abacaxi (0, 200, 400, 600, 800 e 1000 mg.kg-1) foram adicionadas aos náuplios e dose letal média (DL50) foi avaliada, utilizando a análise de Probit através do software Bio Stat 2009®, obtendo-se os intervalos de confiança superior e inferior, após um período de exposição de 24 horas. Os extratos foram considerados ativos quando os valores foram < 1000 µg.mL-1. Para os resíduos do abacaxi a DL50 foi de 2.215,412 µg.mL-1 para um intervalo de confiança de 95%, sendo estes resíduos considerados inativos. Pode-se concluir que, os resíduos do abacaxi foram atóxicos a Artemia salina nas diferentes concentrações testadas.
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