Identificação de potenciais riscos de reações adversas do carbonato de lítio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43311

Palavras-chave:

Lítio; Efeitos adversos; Toxicidade; Intoxicação; Psiquiatria.

Resumo

Introdução: o lítio é a terapêutica em longo prazo mais eficiente no tratamento e prevenção dos transtornos bipolares como estabilizador do humor, e quando em uso, é necessário que haja monitoramento constante da concentração plasmática para evitar casos de intoxicações, pois se trata de substância de baixo índice terapêutico. Objetivo: identificar os potenciais riscos de reações adversas orgânicas e sistemáticas ao carbonato de lítio, bem como as interações medicamentosas que podem corroborar em complicações graves ao paciente. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo Revisão Integrativa de Literatura. Foram considerados estudos publicados no período compreendido entre 2015 e 2021, e analisadas fontes relevantes inerentes ao tema, utilizando como um dos principais critérios a escolha de artigos atuais, originais e internacionais. Resultados: mesmo fazendo o uso em doses terapêuticas, o lítio pode causar alterações importantes, como diminuição da TFG, que de forma retroalimentativa levam a intoxicação aguda por lítio, gerando quadros de alterações cardíacas, renais e do estado mental. Fatores como idade e tempo de uso do fármaco devem ser considerados de forma diretamente proporcional para se avaliar a extensão das lesões e alterações sofridas pelo paciente. Conclusão: apesar de todos os efeitos adversos decorrentes do uso do lítio, esse tratamento segue sendo o padrão ouro no tratamento de transtorno bipolar. Sendo assim, é importante monitorar a litemia dos pacientes e as funções dos múltiplos sistemas a fim de se regular as doses ou mesmo associar o lítio a outros medicamentos a fim de reduzir os efeitos adversos, se necessário.

Referências

Aral, H., et al. (2008). Toxicity of lithium to humans and the evironment: a literature review. Ecotoxicology and Environmental Safety. 70 (3), 349-356.

Beaulieu, J. M., et al. (2008). Olhando para o lítio: humores moleculares e comportamento complexo. Molecular Interventions. 8 (5), 230-241.

Cordioli, A. V. (2014). Psicofármacos nos transtornos mentais. Reserch Gate. 1-55.

Demling, J. H., et al. (2001). On the physiological function of lithium from a psychiatric viewpoint. Medical Hypotheses. 57 (4), 506-509.

Ferreira, C. A. A., et al. (2017). Identificação dos potenciais riscos de reações adversas ao carbonato de lítio em um hospital público de Minas Gerais. Revista de Saúde Pública do SUS/MG. 2 (1), 43-51.

Figueiredo, C.; & Lemos, J. (2020). Lithium, an old friend and a forgotten enemy. Revista da Associação Médica Brasileira. 66 (12), 1625-1627.

Fontalvo, J. E. R. (2018). Intoxicación por litio, una verdadera urgencia dialítica. Revista Colombiana de Nefrología. 5 (2), 104-106.

García-Maldonado, G.; & Castro-García, R J. (2019). Alteraciones endocrinas vinculadas a la prescripción médica de carbonato de lítio- Una revisión narrativa. Revista Colombiana de Psiquiatría. 48 (1), 35-43.

Giraldo, J. A..; Berrouet, M. C.; & Cárdenas, J. F. (2016). Intoxicación por litio. Ces Med. 30 (1), 129-134.

Hamid, O. I. A. et al. (2020). The molecular mechanisms of lithium-induced cardiotoxicity in male rats and its amelioration byN-acetyl cysteine. Human & Experimental Toxicology. 39 (5), 696-711.

Lin, y. H. et al. (2020). Lithium toxicity with prolonged neurologic sequelae following sleeve gastrectomy. Medicine. 99 (28), 1-4.

Maddala, R. N. M. et al. (2017). Chronic lithium intoxication: Varying electrocardiogram manifestations. Indian Journal of Pharmacology. 49 (1), 127-129.

Mamdani, F. et al. (2004). Response to lithium treatment in bipolar disorder as a pharmacogenetic phenotype. Current Psychosis & Therapeutics Reports. 2 (1), 167-175.

Martínez, T. P. et al. (2017). Infección urinaria por Acinetobacter baumannii e intoxicación por lítio: a propósito de un caso. Psiquiatría Biológica. 24 (2), 78-80.

Mehta, N.; & Vannozzi, R. (2017). Lithium-induced electrocardiographic changes: a complete review. Clinical Cardiology. 40 (12), 1363-1367.

Meleiro, A. M. A. S. (2018). Manejo com segurança do lítio. Sociedad Iberoamericana de Información Científica.

Öhlund, L. et al. (2018). Reasons for lithium discontinuation in men and women with bipolar disorder: a retrospective cohort study. Bmc Psychiatry. 18 (1), 18-37.

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2002). A importância da farmacovigilância: monitoramento para segurança de medicamentos. 1-48.

Tondo, L. et al. (2017). Long-term lithium treatment in bipolar disorder: effects on glomerular filtration rate and other metabolic parameters. International Journal of Bipolar Disorders. 5 (1), 1-12.

Tondo, L. et al. (2019). Clinical use of lithium salts: guide for users and prescribers. International Journal Of Bipolar Disorders. 7 (1), 7-16.

Zung, S. (2010). O uso do lítio no transtorno afetivo bipolar. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 55 (1), 30-37.

Downloads

Publicado

21/09/2023

Como Citar

CARVALHO, B. D. de .; ZANOL, T. S.; MEIRELES, A. L. R.; MATTA, R. A.; SANTOS, L. M. R.; SASSAKI, G. T.; MACHADO, E. I. M.; OLIVEIRA, I. R. F. J. de .; SILVA, G. F.; TEODORO, M. de F. Identificação de potenciais riscos de reações adversas do carbonato de lítio. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 9, p. e9812943311, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i9.43311. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43311. Acesso em: 1 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde