Itinerários poéticos: o deslocamento pela cidade como propulsor de experiências estéticas no ensino de arte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4343Palavras-chave:
Arte; Ensino de arte; Arte como experiência; Deslocamento urbano.Resumo
A relação diacrônica entre o espaço e tempo é o vetor central desta pesquisa. A cidade não é um corpo fechado, imutável e permanente, cuja estrutura revela uma sólida constância, mas um corpo aberto, uma catarse do tempo que no seu decurso metamorfoseia-se, a partir daqueles que a ocupam, habitam e por ela circulam. Por conseguinte, as constantes transformações ou permanências na paisagem urbana da cidade refletem diretamente nas relações históricas, mnemônicas e identitárias dos habitantes com a imagem, estética e estrutura citadina. Diante destas constantes transformações no espaço-tempo, o presente artigo objetiva apresentar algumas proposições acerca de práticas pedagógicas no ensino de arte que se utilizem do processo de deslocamento urbano como propulsor de experiências sensíveis ao educando, capaz de despertar neste um olhar poético sobre a cidade. Para isso, o percurso metodológico traçado é de natureza qualitativa, investigando as percepções dos educandos na cidade, as quais se materializam por meio de seus registros poéticos e imagéticos. Desse modo, a abordagem fenomenológica para a compreensão dos dados pontuou que a referida prática pedagógica de deslocamento urbano possibilitou aproximar e ampliar o contato dos educandos com os diferentes espaços citadinos, incitando um olhar sensível e poético com a estética e estrutura urbana.
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