Considerações acerca da febre familiar do mediterrâneo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43559Palavras-chave:
Febre familiar do mediterrâneo; Febre; Fisiopatologia.Resumo
Introdução: A Febre Familiar do Mediterrâneo (FFM) faz parte do grupo de doenças autoinflamatórias, uma classe que tem como característica a desregulação do sistema imune inato, provocando um quadro clínico característico. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar os aspectos clínicos, epidemiológicos e fisiopatológicos da febre familiar do mediterrâneo, alicerçando a construção do conhecimento com base em relatos de casos e evidências científicas já consolidadas. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura acerca das características clínicas gerais sobre a febre familiar do mediterrâneo. Utilizou-se a estratégia PICO para a elaboração da pergunta norteadora. Ademais, realizou-se o cruzamento dos descritores “Febre do Mediterrâneo”; “Febre Familiar”; “Fisiopatologia”, nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Ebscohost, Google Scholar e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Resultados e Discussão: Os estudos mostram que a FFM envolve nuances específicas dentro da medicina, perpassando por aspectos históricos, fisiopatológicos, clínicos, epidemiológicos e terapêuticos. Conclusão: As doenças autoinflamatórias são entidades recentemente descritas e, dentre elas, está a FFM, uma condição que é provocada por mutações no gene MEFV, as quais são responsáveis por um quadro característico de febre, serosites e lesões cutâneas semelhantes à erisipela, em associação com outros achados. Essa patologia requer um tratamento contínuo, bem como a estruturação de uma terapêutica que abarque as crises agudas e previna a evolução para prognósticos desfavoráveis.
Referências
Alghamdi, M. (2017). Familial Mediterranean fever, review of the literature. Clinical Rheumatology, 36(8), 1707–1713. https://doi.org/10.1007/s10067-017-3715-5
Ben-Chetrit, E., & Yazici, H. (2019). Familial Mediterranean fever: different faces around the world. Clinical and Experimental Rheumatology, 37 Suppl 121(6), 18–22.
Bouomrani, S., Masmoudi, I., & Ben Teber, S. (2020). Familial Mediterranean fever: What associations to screen for? Reumatologia, 58(3), 150–154. https://doi.org/10.5114/reum.2020.96688
Celli, A., Crensiglova, C., & Pinto, S. S. M. (2016). Febre familiar do mediterrâneo - relato de caso. Jornal Paranaense de Pediatria, 67–70.
Hotta, Y., Kawasaki, T., Kotani, T., Okada, H., Ikeda, K., Yamane, S., Yamada, N., Sekoguchi, S., Isozaki, Y., Nagao, Y., Murotani, M., & Oyamada, H. (2020). Familial Mediterranean fever without fever. Internal Medicine (Tokyo, Japan), 59(10), 1267–1270. https://doi.org/10.2169/internalmedicine.3175-19
Kharouf, F., Tsemach-Toren, T., & Ben-Chetrit, E. (2022). IL-1 inhibition in familial Mediterranean fever: clinical outcomes and expectations. Clinical and Experimental Rheumatology, 40(8), 1567–1574. https://doi.org/10.55563/clinexprheumatol/obb2ds
Korkmaz, C., Cansu, D. U., & Cansu, G. B. (2020). Familial Mediterranean fever: the molecular pathways from stress exposure to attacks. Rheumatology (Oxford, England), 59(12), 3611–3621. https://doi.org/10.1093/rheumatology/keaa450
Kucuk, A., Gezer, I. A., Ucar, R., & Karahan, A. Y. (2014). Familial Mediterranean Fever. Acta Medica (Hradec Kralove), 57(3), 97–104. https://doi.org/10.14712/18059694.2014.47
Lancieri, M., Bustaffa, M., Palmeri, S., Prigione, I., Penco, F., Papa, R., Volpi, S., Caorsi, R., & Gattorno, M. (2023). An update on familial Mediterranean Fever. International Journal of Molecular Sciences, 24(11), 9584. https://doi.org/10.3390/ijms24119584
Mansueto, P., Seidita, A., Chiavetta, M., Genovese, D., Giuliano, A., Priano, W., Carroccio, A., Casuccio, A., & Amodio, E. (2022). Familial Mediterranean fever and diet: A narrative review of the scientific literature. Nutrients, 14(15), 3216. https://doi.org/10.3390/nu14153216
Mendonça, L. O. et al. (2017) Uma nova classe de doenças: doenças autoinflamatórias. Arquivos de Asmas Alergia e Imunologia, 1(3).
Nascimento, C. N. (2017). Febre Mediterrânica Familiar – Caso clínico e revisão bibliográfica. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Ozdogan, H., & Ugurlu, S. (2017). Canakinumab for the treatment of familial Mediterranean fever. Expert Review of Clinical Immunology, 13(5), 393–404. https://doi.org/10.1080/1744666x.2017.1313116
Ozdogan, H., & Ugurlu, S. (2019). Familial Mediterranean fever. Presse Medicale (Paris, France: 1983), 48(1), e61–e76. https://doi.org/10.1016/j.lpm.2018.08.014
Ozen, S. (2021). Update in familial Mediterranean fever. Current Opinion in Rheumatology, 33(5), 398–402. https://doi.org/10.1097/bor.0000000000000821
Rigante, D., & Manna, R. (2019). Familial Mediterranean fever: Assessing the overall clinical impact and formulating treatment plans. Mediterranean journal of hematology and infectious diseases, 11(1), e2019027. https://doi.org/10.4084/mjhid.2019.027
Souza, M. T. De; Silva, M. D. Da; & Carvalho, R. De.(2010). Integrative review: what is it? How to do it? Einstein (Sao Paulo, Brazil), 8(1), 102–106, 2010.
Stella, A., Lamkanfi, M., & Portincasa, P. (2020). Familial Mediterranean fever and COVID-19: Friends or foes? Frontiers in immunology, 11. https://doi.org/10.3389/fimmu.2020.574593
Terreri, M. T. R. A., Bernardo, W. M., Len, C. A., Silva, C. A. A. da, Magalhães, C. M. R. de, Sacchetti, S. B., Ferriani, V. P. L., Piotto, D. G. P., Cavalcanti, A. de S., Moraes, A. J. P. de, Sztajnbok, F. R., Oliveira, S. K. F. de, Campos, L. M. A., Bandeira, M., Santos, F. P. S. T., & Magalhães, C. S. (2016). Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas associadas a febre familiar do Mediterrâneo. Revista brasileira de reumatologia, 56(1), 37–43. https://doi.org/10.1016/j.rbr.2015.08.006
Tufan, A., & Lachmann, H. J. (2020). Familial Mediterranean fever, from pathogenesis to treatment: a contemporary review. Turkish journal of medical sciences, 50(7), 1591–1610. https://doi.org/10.3906/sag-2008-11
Wekell, P., & Wester, T. (2022). Familial Mediterranean fever may mimic acute appendicitis in children. Pediatric Surgery International, 38(8), 1099–1104. https://doi.org/10.1007/s00383-022-05153-8
Yin, X., Tian, F., Wu, B., & Xu, T. (2022). Interventions for reducing inflammation in familial Mediterranean fever. The Cochrane Library, 2022(3). https://doi.org/10.1002/14651858.cd010893.pub4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Gabriel Vilela de Paulo Rodrigues; Mario de Paula Ferreira Neto; Suelen Ribeiro Miranda Pontes Duarte
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.