Impacto do sistema de climatização no desempenho zootécnico e no conforto térmico em aves jovens
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4363Palavras-chave:
Ambiente; Temperature; Estresse por frio; Conversão alimentar; Produção de aves.Resumo
Controlar a temperatura ambiente dos galpões é freqüentemente difícil para os criadores; no entanto, é muito importante que o alojamento proporcione um ambiente térmico confortável para os pintinhos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar aspectos ambientais de dois sistemas de criação em frangos de corte de 1 a 21 dias, bem como a produtividade do lote durante o ciclo de produção (1-42 dias). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com dois tipos de galpão: um com sistema de pressão positiva e outro com sistema de pressão negativa. Os pesos médios aos 7, 14, e 21 dias foram medidos, assim como o peso final do abate e a conversão alimentar. Encontramos uma temperatura interna mais alta no sistema de pressão negativa em 7, 14, e 21 dias, mantendo as aves dentro da temperatura considerada ideal para o conforto térmico em suas idades. Em relação à umidade relativa, apenas aos 14 dias houve diferença entre os sistemas, nos quais o sistema de pressão negativa mantinha melhor umidade que o sistema de pressão positiva. Ambos os sistemas mantiveram a temperatura dentro da faixa recomendada para a idade dos pintinhos; no entanto, houve diferenças entre os sistemas nos dias 7 e 21. A umidade da cama mostrou diferença apenas aos 14 dias de idade; no entanto, ambos os sistemas estavam dentro da faixa ideal. As concentrações de amônia nos galpões de aves: não mostraram diferenças entre os dois tipos de tratamento. Também não houve diferenças significativas entre: os sistemas de aclimatação para temperatura da água potável e consumo de água. O peso médio dos pintos de 7 dias diferiu entre os sistemas de aclimatação, com pesos mais altos no sistema de pressão negativa do que no sistema de pressão positiva. Verificamos maior peso médio de abate e menor conversão alimentar em aves de corte criados no sistema de pressão negativa. Concluímos que: o sistema de pressão negativa melhorou o desempenho produtivo de galinhas e melhorou o conforto térmico.
Referências
Amaral, AG, Yanagi-Junior, T, Lima, RR, Teixeira, VH & Schiassi, L. (2011). Effect of the production environment on sexed broilers reared in a commercial house. Arquivos Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 63(3), 649-58.
Andreazzi, MP, Pinto, JS, Santos, JMG, Cavalieri, FLB, Matos, NCS. & Barbieri, IO. (2018). Performance of broiler chickens created in conventional aviary and dark-house. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. 16(1), 1-6.
Abreu, VMN & Abreu, PG. (2000). Ventilação na avicultura de corte. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Concórdia, ISSN: 0101-6245.
Abreu, PG & Abreu, VMN. (2002). Caracterização dos sistemas de aquecimento para aves. Concórdia: Embrapa CNPSA, 10 p. Comunicado Técnico, 21.
Abreu, VMN & Abreu, PG. (2011). The challenges of animal environment on the poultry systems in Brazil. Revista Brasileira de Zootecnia 40(1), 1-14.
Arjona, AA, Denbow, DM & Weaver Jr., WD. (1988). Effect of heat stress early in life on mortality of broilers exposed to high environmental temperature just prior to marketing. Poultry Science 67(2), 226-31.
Azad, MAK, Kikusato, M, Maekawa, T, Shirakawa, H & Toyomizu, M. (2010). Metabolic characteristics and oxidative damage to skeletal muscle in broiler chickens exposed to chronic heat stress. Comparative Biochemistry and Physiology 155(4), 401-6.
Barbosa, TM, Silva, FL, Queiróz, AG & Oliveira, RA. (2014). Importance of water in poultry. Pubvet 8(19), 1785.
Beker, A & Teeter, RG. (1994). Drinking water and potassium chloride supplementation effects on broiler body temperature and performance during heat stress. Journal of Applied Poultry Research 3(1), 87-92.
Bhadauria, P. (2017). Management of Heat Stress in poultry production system. Indian Council of Agricultural Research, India. 254p.
Carvalho, TMR, Moura, DJ, Souza, ZM, Souza, GS & Bueno, LGF. (2011). Litter and air quality in different broiler housing conditions. Pesquisa Agropecuária Brasileira 46(3), 351-361.
COBB (2013). Suplemento: desempenho e nutrição para frangos de corte. Disponível em: www.cobb-vantress.com/languages/guidefiles/793a16cc-5812-4030-9436-1e5da177064f_pt.pdf.
Cony, AV & Zocche, AT. (2004). Manejo de frangos de corte. In_ Mendes, A., Nääs, I de A & Macari, M. Produção de frangos de corte. Campinas: FACTA, 356p.
Cordeiro, MB, Tinôco, IFF, Silva, JN, Vigoderis, RB, Pinto, FAC & Cecon, PR. (2010). Thermal comfort and performance of chicks submitted to different heating systems during winter. Revista Brasileira de Zootecnia 39(2), 217–24.
Curi, TMRC, Vercelino, RA, Massari, JM, Souza, ZM & Moura, DJ. (2014). Geostatistic to evaluete the environmental control in different ventilation systems in broiler houses. Engenharia Agrícola 34(10), 1062-74.
Cassuce, D, Tinoco, IFF & Baeta, FS. (2013). Thermal comfort temperature update for broiler chickens up to 21 days of age. Engenharia Agrícola 33(1), 28-36.
Damron, BL. (2002). Water for poultry. Fact sheet a 125, animal science departament, florida cooperative extension service, institute of food and agricultural sciences. University of Florida, Florida, EUA.
Fairchild, BD & Ritz, CW. (2006). Poultry drinking water primer. The University of Georgia, Bulletin. 1301p.
Furlan, RL & Macari, M. (2002). Termorregulação. In: Furlan, R. L., Macari, M., Gonzales, E. (Ed.). Fisiologia Aviária aplicada a frangos de corte. Jaboticabal: Funep/Unesp, p.209-230.
Ipek, A. & Sahan, U. (2006). Effects of cold stress on broiler performance and ascites susceptibility. Asian Australasian Journal of Animal Sciences 19(1), 5-10.
Lin, H, Jiao, HC, Buyse, J & Decuypere, E. (2006). Strategies for preventing heat stress in poultry. World’s Poultry Science Journal, 62(1), 71-86.
Macari, M, Furlan, RL & Maiorka, A. (2004). Aspectos fisiológicos e de manejo para manutenção da homeostase térmica e controle de síndromes metabólicas. In: Mendes, AA, Naas, IA, Macari, M. (Org.). Produção de frangos de corte. Campinas: Facta, pp.137-156.
Manning, L, Chadd, SA & Baines, RN. (2007). Key health and welfare indicators for broiler production. Worlds Poultry Science Journal 63(1), 46-62.
Maiorka, A, Macari, M & Furlan, RL. (2002). Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte. Jaboticabal: FUNEP/ UNESP, p.113-23.
Naas, IA, Miragliotta, MY, Baracho, M & Moura, DJ. (2007). Aerial environment in broiler housing: dust and gases. Engenharia Agrícola 27(2), 326-335.
Olanrewaju, HA, Purswell, JL, Collier, SD & Branton, SL. (2010). Effect of ambient temperature and light intensity on physiological reactions of heavy broiler chickens. Poultry Science 9(12), 2668-2677.
Penz, AMJ & Figueiredo, NA. (2003). Importância da água na Avicultura. Avenews 13(1):1-8.
Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
PPM - Poultry Production Manual (2015). Ventilation Systems. Purdue University 301 S. 2nd St., Lafayette, IN 47901-1232.
Schiassi, L, Yanagi Jr T, Ferraz, PFP, Campos, A, Silva G. & Abreu, LHP. (2015). Broiler behavior under different thermal environments. Engenharia Agrícola 35(3), 390-96.
Silva, E. (2007). Temperature Humidity Index (ITU) in poultry production at northwest and north regions of Parana State. Revista Acadêmica 5(2), 385-90.
Singh, A, Bicudo, JR, Tinoco, AL, Tinoco, IF, Gates, RF, Casey, KD & Pescatore, AJ. (2004). Nutrients in litter buildup. Journal Applied Poultry Research 13(3), 426–32.
Staub, L, Moares, MDG, Santos, MG, Komiyama, CK, Gonçalves, NS, Fernandes Jr, RB, Ton, AP & Roque, FA. (2016). Internal and external environment in cutting chicken shed in different seasons and creation of stages. Nativa 4(1), 128-133.
Teixeira, ENM, Silva, JHV, Costa, FGP, Martins, TDD, Givisiez, PEN & Furtado, DA. (2009). Effect of post-starvation hatching time, energy levels and addition of dried egg in pre-initial and initial diets for broiler chicks. Revista Brasileira de Zootecnia 38(3), 314-22.
Thom, EC. (1958). Cooling degree: day air conditioning, heating, and ventilating. In: Transactions of the american society heating refrigeration air-conditionning engineers 55, 65-72.
Verdi, P. (2009). Inovação mudando o mundo rural – sistemas de automação em dark-house para ambiência de frango de corte. Workshop Embrapa suínos e aves. 2009. Disponível em: http://www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=eventos&cod_arquivo=119
Vigoderis, RB, Cordeiro, MB, Tinôco, IFF, Menegali, I, Souza Jr, JP & Holanda, MCR. (2010). Evaluation of minimal ventilation and animal performance of broiler chickens in poultry houses during winter. Revista Brasileira de Zootecnia 39(8), 1381-86.
Zikic, DI, Djukic-Stojcic, MI, Bjedov, SI, Peric, LI, Stojanovic, SI & Uscebrka, GI. (2017). Effect of litter on development and severity of footpad dermatitis and behavior of broiler chickens. Brazilian Journal of Poultry Science 19(2), 247-54.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Ana Moretti, Aleksandro Schafer Da silva, Maria Zotti, Marcel Boiago, Paulo Oliveira, Aline Zampar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.