Análise das concentrações de cafeína em suplementos alimentares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i11.43707

Palavras-chave:

Suplementos alimentares; Cafeína; Farmacêutico.

Resumo

Os suplementos são compostos por vitaminas, minerais e outras substâncias e são formulados para complementar a necessidade do indivíduo em caso de insuficiência numa dieta tradicional. A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é uma substância, que pode estar presente em diversos alimentos de forma natural ou inseridos neles, como por exemplo os suplementos alimentares. Porém, a cafeína tem ações estimulantes sobre o funcionamento do sistema nervoso e outros órgãos e quando é ingerida em doses elevadas pode causar intoxicações. O presente artigo teve como objetivo analisar quantitativamente as concentrações de cafeína em suplementos alimentares, através de leitura espectrofotométrica pelo UV-visível. Foi realizada uma pesquisa experimental quantitativa e laboratorial nas amostras coletadas em lojas especializadas em venda de suplementos alimentares na cidade de Belém-PA, no período de junho de 2023. Foram coletadas três amostras de suplementos alimentares que contem cafeína na sua formulação. As análises espectrofotométricas por UV-Visível foram feitas no laboratório multidisciplinar da UNIESAMAZ. Os resultados encontrados nas amostras analisadas mostram que elas estão dentro dos valores permitidos para ingestão. Porém, quando comparados os valores das três amostras analisadas, elas apresentaram valores de cafeína diferentes aos valores especificados nos rótulos, pelo fabricante. Sendo assim, há necessidade da há necessidade de um maior rigor na nas análises e na fiscalização para este tipo de produto, como também a presença do farmacêutico na execução das análises e na orientação do uso desses produtos, afim de evitar intoxicações e consequentemente risco a saúde.

Referências

Albino, S. M. (2020). Determinação de cafeína em bebidas, alimentos e medicamentos utilizando um smartphone e um aplicativo como tema gerador no ensino médio. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa, MG, 68 f.

Altimari, L. R., Moraes, A. C. de, Tirapegui, J., & Moreau, R. L. M. (2006). Cafeína e performance em exercícios anaeróbios. Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 42(1), 17–27.

Antunes, A. O., & Lo Prete, A. C. (2014). O papel da atenção farmacêutica frente às interações fármaco-nutriente. Infarma. 26(4), 208-14.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. Resolução-RE no 899, de 29 de maio de 2003. 15 p

Bortolini, K., Sicka, P., & Foppa, T. (2010). Determinação do teor da cafeína em bebidas estimulantes. Revista Saúde. 4(2), 23-7.

Burke, L. M. (2017). Practical Issues in Evidence-Based Use of Performance Supplements: Supplement Interactions, Repeated Use and Individual Responses. Sports Med. 2017 Mar,47(1):79-100.

Carvalho, J., De Oliveira, B. N., Machado, A. A. N., Machado, E. P., & de Oliveira, B. N. (2018). Uso de suplementação alimentar na musculação: revisão integrativa da literatura brasileira. Conexões, 16(2), 213-225.

Castanhola, M. E., & Junior, L. D. A. Aspectos farmacológicos associado ao uso da cafeína: riscos e benefícios. Jornada Cientifica e Tecnológica da FATEC de Botucatu. 11. 2022 – São Paulo.

Dombovy-Johnson, M. (2012). The effects of Taurine and caffeine alone and in combination on Locomotor activity in the rat. Colgate Academic Review, 7(1), 10.

Garcia, D. H. R., Sá, J. H. N., & Souza, R. M. (2013). A utilização da cafeína na suplementação alimentar humana: impactos nutricionais e psíquicos. Revista Funec Científica – Nutrição, 1(1),1-12.

Hamed, E. (2018). Caffeine Toxicity Following Ingestion of an Exercise Supplement by a Patient with Type 1 Diabetes. Eur J Case Rep Intern Med. Oct 24,5(10): 1-2.

Holtzman, S. G., Mante, S., & Minneman, K. P. (1991). Role of adenosine receptors in caffeine tolerance. J. Pharmacol. Exp. Ther., 256(1): 62-68.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Cidade e Estados Belém https://www.ibge.gov.br/

Macedo, M. G. de, & Ferreira, J. C. de S. (2021). The health risks associated with the consumption of food supplements without nutritional guidance. Research, Society and Development, 10(3), 1-9. 10.33448/rsd-v10i3.13593.

Mettzer. (2023). Pesquisa experimental: conceitos, definições e como fazer em 5 passos.

Molin, T. R. D., Leal, G. C., Müller, L. S., Muratt, D. T., Marcon, G. Z., Carvalho, L. M. D., & Viana, C. (2019). Marco regulatório dos suplementos alimentares e o desafio à saúde pública. Revista de Saúde Pública, 53, 90.

Silva, L. V., & Souza, S. V. C. D. (2016). Qualidade de suplementos proteicos: avaliação da composição e rotulagem. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 75, (1703), 1-17.

Silva, R. S. N., & Toigo, A. M. (2016). Os efeitos do uso concomitante de cafeína e creatina nos exercícios físicos. Revista de Atenção à Saúde, 14 (47), 89-98.

Simões, H.G., & Campbell, C.S.G. (1998). Recursos ergogênicos: suplementação de carboidratos, líquidos, monoidrato de creatina, aminoácidos ramificados e cafeína. Trein. Desp., 3(2): 52-61.

Welter, S. Q. Extração e quantificação de cafeína em energéticos através de cromatografia líquida de alta eficiência e espectrofotometria. 2011. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto de Química – UTFPR/Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Paraná, Pato Branco, 2011.

Downloads

Publicado

26/10/2023

Como Citar

SANTOS, R. S. dos .; SILVA, V. F. .; FERREIRA, J. de P. B. .; NASCIMENTO, M. S. do .; SOUSA, T. F. de .; QUEMEL, G. K. C. .; RIVERA, J. G. B. . Análise das concentrações de cafeína em suplementos alimentares. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 11, p. e53121143707, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i11.43707. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43707. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde