Comparação de tipos de pistas sobre brincar funcional em crianças com transtorno do espectro autista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4392

Palavras-chave:

Transtorno do espectro autista; Roteiros fotográficos; Instrução verbal; Modelação.

Resumo

Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) costumam apresentar déficits em diversos repertórios, incluindo brincar de forma funcional. Na literatura da Análise do Comportamento Aplicada, destacaram-se pesquisas que investigaram efeitos do uso de roteiros fotográficos, representando ações com brinquedos, e outros tipos de pistas sobre o estabelecimento de desempenhos independentes em crianças com TEA. O responder sob controle de fotos foi demonstrado a partir de diferentes níveis de pistas, como instruções verbais e modelação. No entanto, os estudos prévios não isolaram os efeitos de cada uma delas. O presente estudo teve como objetivo comparar os efeitos de pistas do tipo instrução verbal e modelação em duas crianças com TEA de 10 anos, e mediante um delineamento de tratamentos alternados, quanto ao estabelecimento de ações de brincar na presença de roteiros fotográficos. As intervenções foram eficazes para o desenvolvimento de desempenhos independentes em ambas as crianças. No caso de uma delas, diferenças foram mais acentuadas, com maior eficiência da pista de modelação. Para a outra criança, não houve diferenças entre as pistas quanto a eficiência do ensino. Sondas de controle de estímulos com diferentes sequências de apresentação de fotos indicaram estabelecimento do responder sob controle das fotos. 

Biografia do Autor

Amanda Lima Rubim, Universidade CEUMA

Graduanda do curso de Psicologia pela Universidade CEUMA

Daniel Carvalho de Matos, Universidade CEUMA e Universidade Federal do Maranhão

Psicólogo pela Universidade CEUMA (2004). Mestre (2007) e Doutor (2013) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor titutal do curso de Psicologia da Universidade CEUMA. Coordenador da especialização Análise do Comportamento Aplicada (ABA) ao Autismo e Quadros Relacionados pela Universidade CEUMA. Professor colaborador do Mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Maranhão.

Referências

Akers, JS, Higbee, TS, Pollard, JS, Pellegrino, AJ & Gerencser, KR. (2016). An evaluation of photographic activity schedules to increase independent playground skills in young children with autism. Journal of Applied Behavior Analysis, 49, 954-959.

Allen, KD & Cowan, RJ. (2008). Naturalistic teaching procedures. In: Luisell, JK, Russo, DC, Christian, WP & Wilczynski, SM. (Eds.). Effective practices for children with autism (pp. 240-270). New York: OXFORD.

American Psychiatry Association (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders - DSM-5 (5th.ed). Washington: American Psychiatric Association.

Baer, DM, Wolf, MM & Risley, TR. (1968). Some current dimensions of applied behavior analysis. Journal of Applied Behavior Analysis, 1, 91-97.

Barlow, DH & Hayes, SC. (1979). Alternating treatments design: one strategy for comparing the effects of two treatments in a single subject. Journal of Applied Behavior Analysis, 12, 199-210.

Brito, N. (2011). O brincar e a análise do comportamento. Disponível em: https://www.comportese.com/2011/11/o-brincar-e-a-analise-do-comportamento. Acesso em: 10 ago. 2019.

Brunoni, D, Mercadante, M & Schwartzman, JS. (2014). Transtornos do espectro do autismo. In: Lopes, AC (Ed). Clínica Médica: Diagnóstico e tratamento (pp. 148-154). São Paulo: Atheneu.

Cooper, JO, Heron, TE & Heward, WL. (2006). Applied behavior analysis. Second edition. New Jersey: Pearson Merry Prentice Hall.

Goulart, P & Assis, GJA (2002). Estudos sobre autismo em análise do comportamento: aspectos metodológicos. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 4, 151-165.

Johnson, BF & Cuvo, AJ. (1981). Teaching mentally retarded adults to cook. Behavior Modification, 3, 187-202.

Lear, K. (2004). Help us learn: A self-paced training program for ABA. Ontario: Canada.

Lovaas, OI. (1987). Behavioral treatment and normal education and intellectual functioning in young autistic children. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 55, 3-9.

MacDuff, GS, Krantz, PJ & McClannahan, LE. (1993). Teaching children with autism to use photographic activity schedules: Maintenance and generalization of complex response chains. Journal of Applied Behavior Analysis, 26, 89-97.

Martin, JE, Rusch, FR, James, VL, Decker, PJ & Trtol, KA. (1982). The use of picture cues to establish self-control in the preparation of complex meals by mentally retarded adults. Applied Research in Mental Retardation, 3, 105-119.

Matos, DC. (2016). Análise do comportamento aplicada ao desenvolvimento atípico com ênfase em autism. Porto Velho: AICSA.

Matos, DC & Matos, PGS. (2018) Intervenções em psicologia para inclusão escolar de crianças autistas: estudo de caso. Revista Espaço Acadêmico, 211, 21-31.

Matos, DC, Matos, PGS, Araújo, CX, Ribeiro, CG & Melo, ERMSF. (2018). The establishment of functional play behaviors in children with autism: implications for school inclusion. Creative Education, 9, 1910-1930.

Matos, DC, Silva, FMAM, Firmo, WCA & Matos, PGS. (2020). Training psychology interns to teach verbal and non-verbal repertoires in children with autism spectrum disorder. Research Society and Development, 9, 1-24.

Minarovic, TJ & Bambara, LM. (2007). Teaching employees with intellectual disabilities to manage changing work routines using varied sight-word checklists. Research & Practice for Persons with Severe Disabilities. 32, 31-42.

Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ & Shitsuka, R. (2018). Metodologia do trabalho científico. Santa Maria: UAB / NTE / UFSM.

Phillips, CL & Vollmer, TR. (2012). Generalized Instruction Following with Pictorial Prompts. Journal of Applied Behavior Analysis, 45, 37-54.

Pierce, KL & Schreibman, L. (1994). Teaching daily living skills to children with autism in unsupervised settings through pictorial self-management. Journal of Applied Behavior Analysis, 27, 471-481.

Sindelar, PT, Rosenberg, MS & Wilson, RJ. (1985). An adapted alternating treatments design for instructional research. Education and Treatment of Children, 8, 67-76.

Smith, T. (2001). Discrete trial training in the treatment of autism. Focus on Autism and Other Developmental Disabilities, 16, 86-92.

Sowers, J, Verdi, M, Bourbeau, P & Sheehan, M. (1985) Teaching job independence and flexibility to mentally retarded students through the use of a self-control package. Journal of Applied Behavior Analysis, 18, 81-85, 1985.

Varella, A & Souza, C. (2018). Ensino por tentativas discretas: Revisão sistemática dos estudos sobre treinamento com vídeo modelação. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 20, 73-85.

Wacker, DP & Berg, WK. (1983). Effects of picture prompts on the acquisition of complex vocational tasks by mentally retarded adolescents. Journal of Applied Behavior Analysis,16, 417-433.

Wacker, DP, Berg, WK, Berrie, P & Swatta, P. (1985). Generalization and maintenance of complex skills by severely handicapped adolescents following picture prompt training. Journal of Applied Behavior Analysis, 18, 329-336.

Williams, E, Redd, V & Costall, A. (2001). Taking a closer look at functional play in children with autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, 31, 67-77.

Downloads

Publicado

22/05/2020

Como Citar

RUBIM, A. L.; MATOS, D. C. de. Comparação de tipos de pistas sobre brincar funcional em crianças com transtorno do espectro autista. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e465974392, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4392. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4392. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais