Perfil epidemiológico e experiências dos médicos do estado do Acre na pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i12.44011Palavras-chave:
Sars-CoV-2; Médicos; Epidemiologia.Resumo
Introdução: a pandemia do novo coronavírus tornou-se um dos principais motivos de preocupação global. O Sars-CoV-2 é um vírus transmitido por gotículas em suspensão no ar e infecta principalmente as vias respiratórias, causando também sintomas sistêmicos. Neste cenário, a população médica é particularmente importante, dado que está mais exposta aos pacientes contaminados e, portanto, possui maior risco de contaminação. Objetivos: apresentar o perfil epidemiológico dos médicos no estado do Acre e analisar variáveis que podem influenciar o risco de infecção dos médicos acrianos por Sars-CoV-2, bem como analisar e comparar as estatísticas de infecção entre médicos e a população em geral. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de questionário auto-preenchido enviado por redes sociais e e-mail para a população de médicos acrianos que trabalham no setor público do estado do Acre. As variáveis foram analisadas em frequências das respostas para idade, sexo, infecção, treinamento e uso de EPI, além relacionadas conforme interesse para o estudo. Resultados e discussão: Os resultados mostraram que há relação entre o trabalho na linha de frente por médicos no estado do Acre e maior risco de infecção por COVID-19. Mas não houve associação significativa entre infectividade e idade, sexo, tipo de atendimento prestado, nível de atendimento prestado, uso de tipos específicos de EPI ou quantidade de horas trabalhadas. Conclusão: os achados desse estudo mostram a importância do treinamento e da consideração de múltiplas variáveis no trabalho direto com pacientes de contaminados por COVID-19.
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