Modelagem da cor e dureza do feijão em função das condições de armazenamento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4414Palavras-chave:
Phaseolus vulgaris; Qualidade; Dureza; Escurecimento.Resumo
O feijão carioca armazenado geralmente tende a escurecer e endurecer e, portanto, perde qualidade e valor comercial e é rejeitado pelo consumidor. Com isso, o objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento de quatro genótipos contrastantes de tegumento leve para o processo de envelhecimento (escurecimento e endurecimento) por seis meses. Adotamos uma modelagem matemática de dados, com base em análises de regressão polinomial das variáveis, cor e textura, nas diferentes condições de armazenamento, para descrever os efeitos do tratamento e do tempo de armazenamento, em todas as amostras de feijão e para selecionar o modelo que melhor descreve a interação entre variáveis. Todos os genótipos tenderam a endurecer, com o aumento da temperatura e do tempo de armazenamento, independentemente do grau de escurecimento. Os menores valores de dureza, após seis meses, foram verificados em grãos de escurecimento lento e rápido. O genótipo mais resistente ao escurecimento foi o que apresentou endurecimento significativo ao longo do tempo. Concluindo, que a cor em si não é o melhor parâmetro a ser considerado para determinar o grau de envelhecimento dos grãos armazenados, que é controlado por mecanismos complexos, físico-químicos, genéticos, bioquímicos, entre outros, que por sua vez são influenciados pelas condições ambientais de armazenamento e genótipo.
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