Variação da cor de cafés imaturos secados em diferentes condições de temperatura de bulbo seco e temperatura de ponto de orvalho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4419Palavras-chave:
Defeito preto-verde; Modelagem matemática; Taxa de redução de água.Resumo
Este trabalho teve por objetivo avaliar a variação da cor em função da cinética de secagem de cafés verdes submetidos às diferentes condições de secagem. Além de ajustar modelos matemáticos aos dados experimentais, em camada delgada, submetido a diferentes condições, bem como determinar a taxa de redução de água (TRA). Cada um dos ambientes de secagem foi determinado pela combinação de 3 diferentes temperaturas de do bulbo seco (Tbs) (35, 40 e 45 °C) e 3 temperaturas de ponto de orvalho (Tpo) (2,6; 10,8; 16,2 °C). Foram colhidos manual e seletivamente cafés (Coffea arabica L.) da variedade Topázio Amarelo com teor de água inicial de 2,106±0,05 kg.kg-1 (bs), processados por via seca e secados até o teor de água final de 0,124±0,05 kg.kg-1 (bs), em secador de camada fixa conjugado à um Sistema de Condicionamento de Ar de Laboratório (SCAL). Após este processo, as amostras foram separadas em duas porções, uma só com defeitos preto-verde e ardido, a outra com os demais grãos, em cada uma fez-se a leitura de cor. Para todas as combinações de secagem o modelo de Midilli apresentou os melhores ajustes aos dados experimentais. A menor TRA foi de 0,063 kg.kg-1.h-1 e aconteceu na combinação de Tbs de 35 °C com Tpo de 16,2 °C. Na porção de cafés sem defeitos, dentre os tratamentos realizados na Tbs de 35 °C, a combinação com a Tpo de 2,6 °C apresentou os menores valores de “L”. Para a coordenada “a”, os menores valores encontram-se na combinação de Tbs de 35 °C com Tpo de 2,6 °C.
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