Tendência espaço-temporal do número de casos de dengue em Pernambuco-Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4427

Palavras-chave:

DENV; Epidemiologia; Testes; Geoprocessamento

Resumo

A dengue é uma doença infecciosa emergente, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, particularmente Ae. aegypti e Ae. albopictus. O clima tropical, vasta extensão territorial e grande fluxo de pessoas no Brasil são fatores que propicia expressivas epidemias do vírus dengue (DENV). Neste contexto, a pesquisa objetivou analisar a distribuição espaço-temporal da tendência dos números de casos de dengue no estado de Pernambuco. A base de dados foi composta pelos registros epidemiológicos semanais sobre os casos de dengue de 2000 a 2018, disponibilizado através da Secretaria de Informação e Comunicação (SIC). A distribuição espacial da tendência dos quadros clínicos de dengue demonstrou concentração elevada no litoral do estado, com maior frequência de casos na Mesorregião Metropolitana do Recife (100%), seguida pela Mata Pernambucana (71,42%), Agreste Pernambucano (60,56%), São Francisco Pernambucano (60,0%) e Sertão Pernambucano (36,58%). A espacialização da tendência permitiu delinear o cenário epidemiológico dos números de casos dengue, constituindo numa ferramenta capaz de nortear planejamentos estratégicos no controle epidêmico em Pernambuco a fim de reduzir o crescimento desenfreado da doença.

Referências

Baracho, R. C. M., ismael filho, A., Gonçalves, A., Nunes, S. D. T. S., & Borges, P. D. F. (2014). A influência climática na proliferação da dengue na cidade de Areia, Paraíba. Revista Gaia Scientia, 8(1), 65-73.

Barcellos, C., Monteiro, A. M. V., Corvalán, C., Gurgel, H. C., Carvalho, M. S., Artaxo, P., Hacon, S., & Ragoni, V. (2009). Mudanças climáticas e ambientais e as doenças infecciosas: cenários e incertezas para o Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 18(3), 285-304. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742009000300011.

Campos, J. M., Oliveira, D. M. D., Freitas, E. J. D. A., & Neto, A. C. (2018). Arboviroses de importância epidemiológica no Brasil. Revista de Ciências da Saúde Básica e Aplicada, 1(1), 36-48.

Collischonn, E., Dubreuil, V., & Mendonça, F. D. A. (2018). Relações entre o clima e saúde: o caso da dengue no Rio Grande do Sul no período de 2007 a 2017. Confins. Revista Franco-brasilera de Geografia, (37), 1-57. https://doi.org/10.4000/confins.15431

De Sousa, M. M. F., De Melo, B. D. O., Costa, A. K. S., Nunes, J. P. P., Monteiro, S. G., De Carvalho, A. C. P., Pinto, C. M. F. S., Cosme, L. M. S. S., TurRI, R. J. G., Texeira, M. M., & Bomfim, M. R. Q. (2020). Detection and differentiation of dengue virus serotypes by one-step multiplex reverse transcription PCR assays. Brazilian Journal of Development, 6(1), 227-246. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-016

Ebi, K. L., & Nealon, J. (2016). Dengue in a changing climate. Environmental Research, 151, 115-123. https://doi.org/10.1016/j.envres.2016.07.026

Farnesi, L. C., Belinato, T. A., Gesto, J. S. M., Martins, A. J., Bruno, R. V., & Moreira, L. A. (2019). Embryonic development and egg viability of w Mel-infected Aedes aegypti. Parasites & Vectors, 12(1), 211. https://doi.org/10.1186/s13071-019-3474-z

Ferreira, A. C., Chiaravalloti Neto, F., & Mondini, A. (2018). Dengue in Araraquara, state of São Paulo: epidemiology, climate and Aedes aegypti infestation. Revista de Saúde Pública, 52, 18. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000414

Kendall, M. G. (1955). Rank correlation methods. Griffin, London.

Kraemer, M. U., Reiner, R. C., Brady, O. J., Messina, J. P., Gilbert, M., Pigott, D. M., YI, D., Johnson, K., Earl, L., Marczak, L. B., Shirude, S., Weaver, N. D., Bisanzio, D., Perkins, T. A., Lai, S., Lu, X., Jones, P., Coelho, G. E., Carvalho, R. G., Bortel, W. V., Marsboom, C., Hendrickx, G., Schaffner, F., Moore, C. G., Nax, H. H., Bengtsson, L., Wetter, E., Tatem, A. J., Brownstein, J. S., Smith, D. L., Lambrechts, L., Cauchemez, S., Linard, C., Faria, N. R., Pybus, O.G., Scott, T. W., Liu, Q., Yu, H., Wint, G. R. W., Hay, S. I., & Golding, N. (2019). Past and future spread of the arbovirus vectors Aedes aegypti and Aedes albopictus. Nature Microbiology, 4(5), 854-863. https://doi.org/10.1038/s41564-019-0376-y

Lins, T. M., & Candeias, A. L. B. (2018). Estudo da influência de variáveis socioeconômicas em casos confirmados de Zika em Recife, Pernambuco. Revista Brasileira de Meio Ambiente, 4(1).

Marques, C. A., Siqueira, M. M. D., & Portugal, F. B. (2020). Avaliação da não completude das notificações compulsórias de dengue registradas por município de pequeno porte no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 25, 891-900. https://doi.org/10.1590/1413-81232020253.16162018

Mayer, S. V., Tesh, R. B., & Vasilakis, N. (2017). The emergence of arthropod-borne viral diseases: A global prospective on dengue, chikungunya and zika fevers. Acta Tropica, 166, 155-163. https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2016.11.020

Monteiro, E. S. C., Coelho, M. E., Cunha, I. S. D., Cavalcante, M. D. A. S., & Carvalho, F. A. D. A. (2009). Aspectos epidemiológicos e vetoriais da dengue na cidade de Teresina, Piauí-Brasil, 2002 a 2006. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 18(4), 365-374. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742009000400006

Moura, P. M., Docile, T. N., Arnóbio, A., & Figueiró, R. (2014). O Desmatamento e o Crescimento urbano desordenado no estado do Rio de Janeiro: impactos na dinâmica do Dengue. Cadernos UniFOA, 9(24), 77-85.

Nachar, N. (2008). The Mann-Whitney U: A test for assessing whether two independent samples come from the same distribution. Tutorials in Quantitative Methods for Psychology, 4(1), 13-20.

Pettitt, A. N. (1979). A non‐parametric approach to the change‐point problem. Journal of the Royal Statistical Society: Series C (Applied Statistics), 28(2), 126-135. Doi: https://doi.org/10.2307/2346729

Pinheiro, A., Graciano, R. L. G., & Severo, D. L. (2013). Tendência das séries temporais de precipitação da região sul do Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, 28(3), 281-290. https://doi.org/10.1590/S0102-77862013000300005

Reis, J. L. B., De Lacerda Abrahão, B. O., & Moura, D. L. (2017). Os problemas do rio São Francisco na percepção de moradores de Petrolina e Juazeiro: a saúde em foco. Saúde e Pesquisa, 10(3), 473-484. https://doi.org/10.17765/2176-9206.2017v10n3p473-484

Ribeiro, E. A. W. (2019). CHAPECÓ/SC: PARTIAL RESULTS. Hygeia, 15(33), 29-41. http://dx.doi.org/10.14393/Hygeia153351663

Silva, E. B., & DA Cunha Nóbrega, P. R. (2012). Dengue: reflexões sobre a incidência da doença no município de Palmares, Pernambuco no pós-enchente (2010, 2011). Journal of Management & Primary Health CarE, 3(2), 106-113. https://doi.org/10.14295/jmphc.v3i2.147

Sneyres, R. (1990). Technical note no. 143 on the statistical Analysis of Time Series of Observation. World Meteorological Organization, Geneva, Switzerland.

Teixeira, M. G., Siqueira, J. B., Germano JR, L. C., Bricks, L., & Joint, G. (2013). Epidemiological trends of dengue disease in Brazil (2000–2010): a systematic literature search and analysis. PLoS Neglected Tropical Diseases, 7(12). https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0002520

Valle, D., Pimenta, D. N., & Da Cunha, R. V. (Eds.). (2015). Dengue: teorias e práticas. SciELO-Editora FIOCRUZ.

Wilke, A. B. B., Wilk-da-Silva, R., & MarrellI, M. T. (2017). Microgeographic population structuring of Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). PloS One, 12(9), e0185150. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0185150

Yu, P. S., Yang, T. C., & Kuo, C. C. (2006). Evaluating long-term trends in annual and seasonal precipitation in Taiwan. Water Resources Management, 20(6), 1007-1023. https://doi.org/10.1007/s11269-006-9020-8

Downloads

Publicado

25/05/2020

Como Citar

FREITAS, J. R. de; SANTIAGO, E. J. P.; FREITAS, J. C. R. de; SILVA, A. S. A. da; ARAÚJO FILHO, R. N. de; PISCOYA, V. C.; CUNHA FILHO, M. Tendência espaço-temporal do número de casos de dengue em Pernambuco-Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e526974427, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4427. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4427. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas