Transformação sustentável nas feiras da agricultura familiar de Gurupi: Utilização de PANC como fonte de alimentação e renda
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i14.44458Palavras-chave:
PANC; Agricultura familiar; Alimentação alternativa.Resumo
A sociedade moderna impõe diversos hábitos à população, dentre eles os alimentares, nos quais há dominação de um pequeno grupo de vegetais no mercado, não só no Brasil, mas também em escala global. Para tanto, o cultivo de outras espécies alimentícias se faz necessário. Nesse sentido, as Plantas Alimentícias Não Convencionais surgem como alternativa para atender a demanda nutricional brasileira, sobretudo, no que se refere a atender as populações mais vulneráveis. Ainda, justifica-se o consumo desses vegetais por apresentar baixo custo de produção, por possuírem características rudimentares: fácil manejo e alta prolificidade em condições ambientais adversas, sendo, em muitos casos, categorizadas como plantas infestantes. O objetivo desta pesquisa consiste em mensurar o conhecimento da população gurupiense em relação às PANC, por meio de comercialização e consumo em feiras abertas. A pesquisa consistiu em entrevistas semiestruturadas realizadas com os feirantes do município de Gurupi-TO, na feira do agricultor, centro da cidade. A metodologia adotada trata-se de um estudo de caso, onde foram visitadas quatro feiras, em diferentes dias da semana. A análise dos dados possibilitou mensurar a presença das plantas pesquisadas nas bancas das feiras visitadas, bem como os vegetais mais demandados pela população. No final da pesquisa foi possível observar que em relação a negociação dos vegetais, as hortaliças convencionais são mais vendidas. E dentre as PANC mais conhecidas e com maior demanda, o Mastruz se sobressai. Contudo, as informações adquiridas também evidenciam a necessidade de estudos mais aprimorados em relação aos hábitos alimentares da população do município supracitado.
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