Papillomavirus humano e coinfecções por Chlamydia trachomatis e Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas em um laboratório particular na cidade de Aracaju-Sergipe, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44631

Palavras-chave:

Infecções por Chlamydia; Papillomavirus humano; Vaginose bacteriana.

Resumo

O papillomavirus humano (HPV) está associado ao desenvolvimento do câncer de colo uterino, em que diferentes fatores podem estar associados com a persistência, potencialização e a progressão de lesões pré-cancerosas, um destes fatores são as coinfecções entre HPV, Chlamydia trachomatis (CT) e Gardnerella vaginalis (GV). Assim, o objetivo do trabalho é verificar a incidência do HPV e as coinfecções por CT e GV em mulheres atendidas em um laboratório particular de Aracaju, localizada no estado de Sergipe. O estudo é do tipo descritivo, transversal e retrospectivo, sendo analisados os resultados dos exames para a genotipagem de HPV alto risco, pesquisa de CT e o exame citopatológico, que foram realizados no período entre janeiro à outubro de 2022. No período de estudo, 1.312 mulheres realizaram a coleta de secreção vaginal, sendo detectado outros genótipos de alto risco oncogênico do HPV que não 16 e/ou 18 em 80,65% (296/367) dos casos, seguido do HPV-16 com 8,71% (32/367) e HPV-18 com 3,82% (14/367). Dentre as pacientes infectadas por HPV, houve 30,7% (113/367) casos de coinfecções com 14,16% (16/113) por CT e 81,42% (92/113) por GV, além dos achados de tripla infecção, em 4,42% (5/113) dos casos. Assim, foi observado que houve uma maior incidência de outros genótipos do HPV que não 16 e/ou 18, além de ser encontrado casos de coinfecções duplas e triplas nas mulheres atendidas no laboratório.

Referências

Almeida, F. G., et al. (2014) Molecular epidemiology of the human papillomavirus infection in self‐collected samples from young women. Journal of medical virology, 86(2), 266-271.

Anjos, K. M., et al. (2022). Prevalência de Gardnerella vaginalis em exames de colpocitologia no Município de Colméia–Tocantins, Brasil. Research, Society and Development, 11 (15), e260111537087-e260111537087, 2022

Akakpo, P. K., et al. (2023). High-risk human papillomavirus genotype distribution among women living with HIV, implication for cervical cancer prevention in a resource limited setting. Infectious Agents and Cancer, 18(1), 1-13.

Araújo, L. N. C. C., et al. (2021) Impactos biopsicossociais do diagnóstico positivo de HPV nos portadores. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(5), e7358-e7358.

Barcelos, M. R. B., et al. (2008). Infecções genitais em mulheres atendidas em Unidade Básica de Saúde: prevalência e fatores de risco. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 30, 349-354.

Ferrera, L., et al. (2023). The association of Chlamydia trachomatis and human papillomavirus co-infection with abnormal cervical cytology among women in south of Morocco. Microbial Pathogenesis, 175, 105971.

Giraldo, P. C., et al. (2005). Influência da frequência de coitos vaginais e da prática de duchas higiênicas sobre o equilíbrio da microbiota vaginal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, 27, 257-62.

Jahnke, R., et al. (2022). Chlamydia trachomatis Cell-to-Cell Spread through Tunneling Nanotubes. Microbiology Spectrum, 10(6), e02817-22.

Kyrgiou, M. & Moscicki, A. B. (2022). Vaginal microbiome and cervical cancer. In: Seminars in Cancer Biology. Academic Press, 86, 189-198.

Lugo, L. Z. A., et al. (2018). Human papillomavirus and coinfections with Chlamydia trachomatis, Gardnerella vaginalis, and Trichomonas vaginalis in self-collected samples from female sex workers in the Central-Western region of Brazil. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 54, 46-51.

Madeleine, M. M., et al. (2007). Risk of cervical cancer associated with Chlamydia trachomatis antibodies by histology, HPV type and HPV cofactors. International journal of cancer, 120 (3), 650-655.

Moura, L. D. L., Codeço, C. T. & Luz, P. M. (2020). Cobertura da vacina papilomavírus humano (HPV) no Brasil: heterogeneidade espacial e entre coortes etárias. Revista brasileira de epidemiologia, 24.

Mosmann, J. P., et al. (2021) Human papillomavirus and Chlamydia trachomatis in oral and genital mucosa of women with normal and abnormal cervical cytology. BMC Infectious Diseases, 21(1), 1-8.

Oliveira, E. H. & Soares, L. F. (2007). Prevalência de vaginites infecciosas através da citologia clínica: um estudo no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí. RBAC. 39(33).

Romero-Morelos, P., et al. (2019). Bacterias relacionadas con vaginosis bacteriana y su asociación a la infección por virus del papiloma humano. Medicina Clínica, 152(1), 1-5.

Soohoo, M., et al. (2013). Cervical HPV infection in female sex workers: a global perspective. The open AIDS journal, 7(58).

Sun, J. X., et al. (2023). The association between human papillomavirus and bladder cancer: Evidence from meta‐analysis and two‐sample mendelian randomization. Journal of Medical Virology, 95(1).

Tognon, M., et al. (2020). Investigation on spontaneous abortion and human papillomavirus infection. Vaccines, 8(3), 473.

Viñas-Sifontes, L. N., Chávez-Roque, M. & Calderón-Cruz, M. (2020). Papilomavírus humano em adolescentes e jovens com menos de 25 anos. Revista Arquivo Médico Camagüey, 24.

Wierzbicka, M., et al. (2023) Transmission and clearance of human papillomavirus infection in the oral cavity and its role in oropharyngeal carcinoma–A review. Reviews in medical virology, 33(1), e2337.

Downloads

Publicado

05/01/2024

Como Citar

SANTOS, R. W. F. dos .; SANTANA, O. R. M. de .; SANTANA, D. S. de .; LÓZ, S. R. dos S. .; MELO, J. S. de .; SANTOS, P. S. .; SANTOS, R. C. F. dos . Papillomavirus humano e coinfecções por Chlamydia trachomatis e Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas em um laboratório particular na cidade de Aracaju-Sergipe, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e2413144631, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i1.44631. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44631. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde