Abordagem da educação ambiental nas escolas públicas do município de União – Piauí, Brasil, no contexto da pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44725Palavras-chave:
Conhecimento; Cidadania; Mudança de atitude; Sensibilização.Resumo
A escola torna-se ambiente ideal para realização de atividades teórico-práticas a fim de formar gerações críticas e conscientes ecologicamente. Perante tal afirmação a Educação Ambiental possibilita a construção do pensamento ecológico do indivíduo com a perspectiva de mudanças de atitudes e práticas em relação à conservação do meio ambiente. O presente artigo tem por objetivo avaliar as ações de Educação Ambiental implementadas nas escolas da rede municipal de educação de União, Piauí, Brasil, durante a pandemia da Covid-19. As ações desenvolvidas nas escolas municipais seguem o edital da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, para habilitação e postulação relativas à certificação do Selo Ambiental em 2021. O estudo teve uma abordagem descritiva/qualitativa mediante uma pesquisa dos instrumentos legais sancionados pelo Poder Executivo Municipal, disponíveis no site oficial da Prefeitura Municipal de União-PI, além de consultas na literatura científica, que trata da legislação específica sobre ICMS Ecológico, e informações oficiais da Secretaria Municipal de Educação. Elaborou-se um cronograma com a descrição das seguintes ações realizadas em 2021: curso de formação continuada para docentes da rede municipal de ensino, com abordagem sobre a Educação Ambiental; desenvolvimento de projetos interdisciplinares, envolvendo temáticas socioambientais; realização da Semana Municipal de Meio Ambiente; e a distribuição e plantio de mudas nativas. As ações obedeceram ao protocolo de enfretamento da Covid-19. Espera-se que as atividades educativas tenham contribuído na construção do conhecimento e na mudança de comportamento dos estudantes e despertado a sensibilidade sobre a conservação do meio ambiente.
Referências
Aoki A. et al. (2023). A importância da educação ambiental na formação do cidadão contemporâneo com ênfase na educação formal. Revista Educação em Foco, (5), 78-84.
Brasil. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Estabelece diretrizes e base da educação nacional. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso: 7.nov. 2023.
Brasil. (1997). Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos Temas Contemporâneos Transversais, Meio Ambiente. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro091.pdf. Acesso: 9.nov.2023.
Brasil. (1999). Lei 9.795, 27 de abril de 1999. Institui a Política Nacional de Educação Ambiental no Brasil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm
Brasil. Portaria do Ministério da Educação nº 343, de 17 de março de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Diário Oficial da União. 18.03.2020. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/portaria/prt/portaria%20n%C2%BA%20343-20-mec.htm. Acesso em 10.nov.2023.
Brasil. (2012). Resolução nº 01, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares da Educação Ambiental nos sistemas de ensino brasileiro. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp002_12.pdf. Acesso: 10.nov.2023.
Brasil. (2017). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2017. Brasília, DF. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso: 7. nov. 2023.
Brito A. F, & Brito C. A. M. (2022). Ensino remoto de história por meio do whatsapp. Rev. Docência Cibercultura. 6(1), 1-22.
Barboza L., & Mucelin C. (2010). Espaço urbano e a percepção ambiental. Anais do I Seminário Nacional de Meio Ambiente e Extensão Universitária, Paraná.
Cellard A. (2012). A análise documental. In: Poupart J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. (3a ed.), Editora Vozes.
Dimas M. de S., Novaes A. M. P, & Avelar K. E. S. (2021). O ensino da educação ambiental: desafios e perspectivas. Revbea, 16(2), 501-512.
Friede R. R. et al. (2019). Coleta seletiva e Educação Ambiental: reciclar valores e reduzir o lixo. Educação e Formação, 4(11),117-141.
Faria Rodrigues, T. D. de F., Saramago de Oliveira, G., & Alves dos Santos, J. (2021). As pesquisas qualitativas e quantitativas na educação. Revista Prisma, 2(1), 154-174.
Goedert L., & Arndt K. B. F. (2020). Mediação pedagógica e educação mediada por tecnologias digitais em tempos de pandemia. Revista criar educação, Santa Catarina, 9(2) 104- 121
IBGE. (2010). IDH do município de União-PI em 2010. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pi/uniao.html. Acesso: 9.vov.2023.
IBGE. Cidades e Estados. Aspectos gerais do município de União-PI. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pi/uniao.html. Acesso em 14.nov.2023.
IBGE. (2023). População do município de União em 2022. https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pi/uniao.html. Acesso em 15. Agost.2023.
IBGE. (2023). Indicadores do índice da educação básica das escolas municipais de União-PI em 2021. https://qedu.org.br/municipio/2211100-uniao/censo-escolar.
Acesso em 10.nov. 2023.
Jacobi P. (2003). Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, Cadernos de Pesquisa, 118, 189-205.
Minayo, M. C. O. (2009). O desafio da pesquisa social. In: Minayo, M. C. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro, RJ: Vozes.
Nunes, M. M, & Lehn, C. R (2022). Educação Ambiental e preservação da biodiversidade: relato de um estudo de caso em distintas realidades escolares. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(6), 498–511.
Nery, M. A. (2006). ICMS Ecológico: Análise do Desenho Brasileiro de um Subsídio Ambiental. 2006. 98 f. Dissertação (Mestrado em Economia). Centro de Estudos em Economia, Meio Ambiente e Agricultura, Universidade de Brasília, Brasília.
ONU. Organização das nações unidas (2023). Objetivos do Desenvolvimento sustentáveis: cidades e comunidades sustentáveis. https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/11. Acesso em 11.nov.2023.
Oliveira, M. M. (2007). Como fazer pesquisa qualitativa. Vozes.
Oliveira, G., Queiroz, L. N. de, & Maia, R. C. (2021) Etnoecologia e Educação Ambiental sobre Manguezais com indígenas. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(2), 88-104.
Piauí (1997). Lei 4.940, de 15 de julho de 1997. Dispõe sobre a política de educação ambiental nos currículos de 1º e 2º graus nos estabelecimentos de ensino do estado do Piauí. https://www.leisdopiaui.com/leis-ambientais#:~:text=LEI%20N%C2%B0%204.940%20DE,Piau%C3%AD%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso: 6.nov.2023.
Piauí (2014). Lei 6.565. de 30 de julho de 2014. Dispões sobre a Educação ambiental e institui a Política de Política Estadual de Educação Ambiental. Diário Oficial do Estado do Piauí. https://www.leisdopiaui.com/leis-ambientais#:~:text=LEI%20N%C2%B0%204.940%20DE,Piau%C3%AD%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso: 6.nov.2023.
Piauí (2008). Lei n. 5.813, de 3 de dezembro de 2008. Cria o ICMS ecológico para beneficiar municípios que se destaquem na proteção ao meio ambiente e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Piauí. https://www.leisdopiaui.com/leis-ambientais#:~:text=LEI%20N%C2%B0%204.940%20DE,Piau%C3%AD%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso: 6.nov.2023.
Piauí (2010). Decreto n° 14348, de 14 de dezembro de 2010. Diário Oficial do Estado do Piauí nº 233. https://www.diario.pi.gov.br/doe/files/diarios/anexo/79a18650-526d-4a2d-8f89-5a1b86d03856/DIARIO-OFICIAL-DO-ESTADO-DO-PIAUI-PUBLICACAO-N-133%20(1).pdfem: Acesso em: 10. nov. 2023.
Piauí (2023). Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Renováveis. SEMAR-PI181 municípios piauienses conquistaram o Selo Ambiental 2022. http://www.semar.pi.gov.br/wagtail/home_page/noticias/181-munic%C3%ADpios-piauienses-conquistaram-o-selo-ambiental-2022/#:~:text=No%20Selo%20Ambiental%20categoria%20A,C%2C%20pelo%20menos%20tr%C3%AAs%20crit%C3%A9rios. Acesso em 10. nov.2023.
Piauí (2012). Decreto n° 14.861, de 15 de junho de 2012. Dispõe sobre as diretrizes da concessão do Selo Ambiental para os municípios que atenderem aos critérios estabelecidos na Lei Ordinária Nº. 5.813, de 03 de dezembro de 2008. Diário Oficial do Estado do Piauí nº 111. https://webas.sefaz.pi.gov.br/legislacao/asset/e4908d43-8549-4ebc-a3db-146b0dc62102/Dec-14861.pdf?attach=true. Acesso em 15.nov.2021.
Prefeitura Municipal de União (2019). Lei 745. De 12 de dezembro de 2019. Cria o Plano Municipal de Educação Ambiental. https://uniao.pi.gov.br/pagina-principal/. Acesso: 7.nov.2023.
Prefeitura Municipal de União (2021). Lei 775, 14 de maio de 2021. Cria a Política Municipal de Educação Ambiental. https://uniao.pi.gov.br/pagina-principal/. Acesso: 7.nov.2023.
Prefeitura Municipal de União (2021). Decreto municipal nº 02, de 19 de fevereiro de 2021. Estabelece a criação do Comitê Municipal e Planejamento das atividades educativas do ano de 2021. https://uniao.pi.gov.br/pagina-principal/. Acesso: 7.nov.2023.
Pereira Junior A., Sá R. J. S., Da Silva L.P., Moura, A. J. S. et al. (2020). Percepção ambiental dos frequentadores do parque ambiental Adhemar Monteiro, Paragominas (PA). Ver. Brasileira de Educação Ambiental. (RevBEA). São Paulo, 15(3),384-399.
Queiroz N. F. L, Silva, R. A., Sousa, M. R. C. A. (2022). Os efeitos da pandemia da COVID-19 no processo educacional no Brasil entre os anos de 2020 e 2021.Rev. Tema, 21(2), 548-562.
Ribeiro, C. R., Nascimento, C. M., & Silva, W. R. da (2018). Percepção Ambiental e Resíduos Sólidos: estudo aplicado com alunos de uma Instituição de Ensino Superior localizada no Município de Juiz de Fora (MG). Ambiente & Educação: Revista de Educação Ambiental, 28(1), 1-35.
Ribeiro, V. A. Percepção ambiental de gestores sobre as áreas verdes em instituição de ensino superior. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, (7), 340-358,2018.
Sousa R. M. C. Nakajima N. Y., & Oliveira, E. B. (2011). ICMS ecológico: instrumento de gestão ambiental. Perspectiva, Erechim, 35(129), 27-43.
Silva, G. C. da, & Comassetto, T. P. (2023). Educação Ambiental e percepção sobre meio ambiente em uma escola indígena na Amazônia Oriental (PA). Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 18(4), 477–495.
Silva, A. H. M., Silva, A. R., Alvarenga, E., Hora, H da., & Erthal, M. (2018). Avaliação da gestão de resíduos sólidos urbanos de municípios utilizando multicritério: região norte do Rio de Janeiro. Brazilian Journal of Development. 4(2), 410-429.
Toledo, R. F., Giatti, L. L., & Pelicioni, M. C. F. (2009) Urbanidade rural, território e sustentabilidade: relações de contato em uma comunidade indígena no noroeste amazônico. Ambiente & Sociedade, 12(1), 173-188.
United Nations. Transforming our world: the 2030 agenda for sustainable development. [cited 2023 Sep 2]. Available from: https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/21252030%20Agenda%20for%20Sustainable%20Development%20web.pdf
Valente J. A (2018). Inovação nos processos de ensino e de aprendizagem: o papel das tecnologias digitais. In: Valente J. A., Freire F. M. P., Arantes FL (Orgs.). Tecnologia e educação: passado, presente e o que está por vir. Campinas: NIED/UNICAMP, 17-41
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Maria Lindalva Alves da Silva; Antonio José dos Santos Sousa; Antonia Pereira de Miranda; Maria de Fátima Veras de Araújo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
