Antagonistas do Receptor de Histamina-2 e Inibidores da Bomba de Prótons: Eficácia e predileção medicamentosa na profilaxia de Úlcera de Estresse em pacientes internados na UTI Pediátrica Oncológica no Hospital Uopeccan

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i1.44829

Palavras-chave:

Úlcera de estresse; Profilaxia; UTI; Pediatria.

Resumo

Objetivo: analisar e obter resultados para profilaxia de úlcera de estresse com inibidores da bomba de prótons e antagonistas do receptor de histamina-2 em paciente na UTI pediátrica. O objetivo desse estudo revisa a predileção, existência de critérios e eficácia profilática de ambos. Métodos: desenvolve-se a partir de um estudo observacional retrospectivo composto por prontuários/coleta de dados de pacientes na unidade de terapia intensiva pediátrica no Hospital Uopeccan de Cascavel, entre janeiro de 2012 e janeiro de 2022. Foram avaliados dados referentes ao gênero, idade, diagnóstico, motivo do internamento, tempo de permanência na UTI e escolha do protetor gástrico. Resultados: foram analisados 43 casos de pacientes internados na UTI durante o período estipulado. Desses, a idade média dos pacientes da pesquisa realizada foi de 4 anos e 5 meses, sendo 39,53% (n=17) do sexo feminino e 60,46% (n=26) do sexo masculino com internação média aproximada de 10,6 dias. Cerca de 94,28% (n=33) dos pacientes recebeu algum tipo de profilático, sendo que, dentro dessa porcentagem, 91,42% (n=32) dos casos foi utilizado IBP, 2,85% (n=1) ARH2 e 5,71% (n=2) não foi utilizado nenhuma medicação. Conclusão: com base neste estudo, é possível concluir a carência de evidências científicas e de pesquisas abrangentes relacionadas aos inibidores de bomba de prótons (IBP) e antagonistas de receptores de histamina 2 (ARH2) na prática clínica. Essa lacuna de informações pode representar potencial desvantagem para os pacientes, dado a ausência de critérios específicos na profilaxia de úlcera de estresse em centros de terapia intensiva pediátrica.

Referências

Abu El-Ella, S. S., El-Mekkawy, M. S., & Mohamed Selim, A. (2022). Stress ulcer prophylaxis for critically ill children: routine use needs to be re-examined. Anales de Pediatría (English Edition), 96(5), 402–409. https://doi.org/10.1016/j.anpede.2021.03.001

Araujo, T. E., Vieira, S. M. G., & Carvalho, P. R. A. (2010). Stress ulcer prophylaxis in pediatric intensive care units. Jornal de pediatria, 86(6), 525–530. https://doi.org/10.2223/jped.2046

Barbateskovic, M., Marker, S., Granholm, A., Anthon, C. T., Krag, M., Jakobsen, J. C., Perner, A., Wetterslev, J., & Møller, M. H. (2019). Stress ulcer prophylaxis with proton pump inhibitors or histamin-2 receptor antagonists in adult intensive care patients: a systematic review with meta-analysis and trial sequential analysis. Intensive Care Medicine, 45(2), 143–158. https://doi.org/10.1007/s00134-019-05526-z

Brown, K. E., Knoderer, C. A., Nichols, K. R., & Crumby, A. S. (2015). Acid-suppressing agents and risk for Clostridium difficile infection in pediatric patients. Clinical Pediatrics, 54(11), 1102–1106. https://doi.org/10.1177/0009922815569201

Buendgens, L. (2016). Prevention of stress-related ulcer bleeding at the intensive care unit: Risks and benefits of stress ulcer prophylaxis. World Journal of Critical Care Medicine, 5(1), 57. https://doi.org/10.5492/wjccm.v5.i1.57

Camargo, L. M. A., Silva, R. P. M., & Meneguetti, D. U. D. O. (2019). Research methodology topics: Cohort studies or prospective and retrospective cohort studies. Journal of Human Growth and Development, 29(3), 433–436. https://doi.org/10.7322/jhgd.v29.9543

Castro, R. E. V. de, Sousa, C. da C., de Magalhães-Barbosa, M. C., Prata-Barbosa, A., & Cheniaux, E. (2019). Ranitidine-induced delirium in a 7-year-old girl: A case report. Pediatrics, 143(2). https://doi.org/10.1542/peds.2018-2428

Cook, D. J., Fuller, H. D., Guyatt, G. H., Marshall, J. C., Leasa, D., Hall, R., Winton, T. L., Rutledge, F., Todd, T., Roy, P., Lacroix, J., Griffith, L., & Willan, A. (1994). Risk factors for gastrointestinal bleeding in critically ill patients. The New England Journal of Medicine, 330(6), 377–381. https://doi.org/10.1056/nejm199402103300601

Fisiopatologia, 1. Definição E. Profilaxia de Úlcera por Estresse. Einstein.br. https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/Pathways/Profilaxia-de-ulcera-por-estresse.pdf

Freitas, D., Araújo, K., Gonçalves, M., Nascimento, G., & Kassar, S. (2021). Indications of gastric ulcer prophylaxis in hospitalized pediatric patients: an integrative review. Residência Pediátrica, 11(3). https://doi.org/10.25060/residpediatr-2021.v11n3-230

Machado, A. S., & Teixeira, C. (2006). Profilaxia para úlcera de estresse nas unidades de terapia intensiva: estudo observacional multicêntrico. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 18(3), 229–233. https://doi.org/10.1590/s0103-507x2006000300003

Mendes, J. J., Silva, M. J., Miguel, L. S., Gonçalves, M. A., Oliveira, M. J., Oliveira, C. da L., & Gouveia, J. (2019). Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos guidelines for stress ulcer prophylaxis in the intensive care unit. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 31(1), 5–14. https://doi.org/10.5935/0103-507x.20190002

Morgan, D. J., Dhruva, S. S., Coon, E. R., Wright, S. M., & Korenstein, D. (2019). 2019 update on medical overuse: A review. JAMA Internal Medicine, 179(11), 1568. https://doi.org/10.1001/jamainternmed.2019.3842

Newberry, C., & Schucht, J. (2018). Use of enteral nutrition for gastrointestinal bleeding prophylaxis in the critically ill: Review of current literature. Current Nutrition Reports, 7(3), 116–120. https://doi.org/10.1007/s13668-018-0232-3

Pompilio, C. E., & Cecconello, I. (2010). Profilaxia das úlceras associadas ao estresse. Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva [Brazilian archives of digestive surgery], 23(2), 114–117. https://doi.org/10.1590/s0102-67202010000200011

Santana, R. N. S., Santos, V. S., Ribeiro-Júnior, R. F., Freire, M. S., Menezes, M. A. S., Cipolotti, R., & Gurgel, R. Q. (2017). Use of ranitidine is associated with infections in newborns hospitalized in a neonatal intensive care unit: a cohort study. BMC Infectious Diseases, 17(1). https://doi.org/10.1186/s12879-017-2482-x

Santana, T. D. B., Mascarenhas, A. M. S., Lopes, D. S., Santos, N. J. S. dos, & Lemos, G. da S. (2023). Profilaxia medicamentosa de lesão aguda da mucosa gástrica: revisão sistemática. Research, Society and Development, 12(4), e13312441071. https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41071

Silva, R. F. da, Santos, S. L. dos, Afonso, T. de O., Silva, F. P. da, Ribeiro, S. de S. C., Gama, S. M. B. da C., Fonseca, S. da S. S., Leite, A. C., Sousa, M. da C. V., Barbosa, M. F. L., Pessôa, F. G. de S., Barros, G. M. de, Carvalho, F. R. de, Silva, A. B. da, Oliveira, W. K. S., Silva, R. S. C., & Maciel, A. C. (2021). Profilaxia para úlcera de estresse na Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 10(10), e500101019001. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19001

Trifan, A., Stanciu, C., Girleanu, I., Stoica, O. C., Singeap, A. M., Maxim, R., Chiriac, S. A., Ciobica, A., & Boiculese, L. (2017). Proton pump inhibitors therapy and risk of Clostridium difficile infection: Systematic review and meta-analysis. World Journal of Gastroenterology: WJG, 23(35), 6500–6515. https://doi.org/10.3748/wjg.v23.i35.6500

Downloads

Publicado

21/01/2024

Como Citar

ABE, N. L. de M. .; FIORI, C. M. C. M. .; MICHELON, I. C. .; SILVA, L. M. G. da .; SEIBERT, J. M. . Antagonistas do Receptor de Histamina-2 e Inibidores da Bomba de Prótons: Eficácia e predileção medicamentosa na profilaxia de Úlcera de Estresse em pacientes internados na UTI Pediátrica Oncológica no Hospital Uopeccan. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 1, p. e9813144829, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i1.44829. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44829. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde