Desenvolvimento e avaliação da composição nutricional de iogurte gourmet por meio de fermentação natural enriquecido com castanha-do-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.44990Palavras-chave:
Iogurte; Nutrientes; Merenda Escolar; Alimentação.Resumo
A busca por alimentos que unem sabor e benefícios nutricionais tem ganhado destaque no cenário alimentício atual. Neste contexto, o iogurte, um produto tradicionalmente reconhecido por seus benefícios à saúde devido à presença de probióticos, tem sido objeto de inovações. O constante consumo de alimentos artesanais como o iogurte é considerado benéfico para a manutenção da saúde. Os iogurtes podem ser enriquecidos com preparados à base de polpas de frutas de diversas maneiras: contendo pedaços de frutas em diferentes tamanhos, sem tais pedaços, com ou sem sementes, tingidos com corantes naturais ou sintéticos, e aromatizados. A castanha-do-Brasil é reconhecida por sua riqueza em nutrientes, como selênio, lipídios insaturados e proteínas. Estudar sua incorporação em produtos lácteos pode ampliar o perfil nutricional e os benefícios para a saúde do produto. O objetivo deste trabalho foi desenvolver Iogurte Gourmet por Meio de Fermentação Natural Enriquecido com Castanha-do-Brasil. O presente trabalho foi realizado, no município de Beruri-am, com o intuito de apresentar um experimento nas escolas,o iogurte gourmet, enriquecido com castanha do brasil. A análise da composição nutricional revelou que o iogurte enriquecido apresenta níveis significativos de selênio, um mineral essencial com propriedades antioxidantes que contribuem para a saúde celular. Além disso, a presença de ácidos graxos poli- insaturados da castanha-do-Brasil adiciona valor ao perfil lipídico do produto, conferindo benefícios cardiovasculares. A presença de proteínas, cálcio, selênio e vitaminas do complexo B foi notável, destacando-se como uma opção saudável para fortalecer os ossos, melhorar a saúde cardiovascular e promover o bem-estar geral. O iogurte gourmet enriquecido com castanha-do-brasil é uma opção saudável e saborosa, que pode ser consumida por crianças e adultos. A inclusão do iogurte gourmet enriquecido com castanha-do-brasil na merenda escolar pode contribuir para a redução da obesidade infantil, que é um problema crescente no Brasil e no mundo.
Referências
Alves, L. L. et al. (2009). Aceitação sensorial e caracterização de frozen yogurt de leite de cabra com adição de cultura probiótica e prebiótico. Ciência Rural, 39(9), 2595-2600, 16 out.
Bortolon, E. (2009). Avaliação da qualidade de salmouras empregadas na salga de queijos de laticínios inscritos no Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) na microrregião de Francisco Beltrão-PR. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Canuto, G. A. B., Xavier, A. A. O., Neves, L. C., & Benassi, M. D. T. (2010). Caracterização físico-química de polpas de frutos da Amazônia e sua correlação com a atividade anti-radical livre. Revista Brasileira de Fruticultura, 32 (4)
Carvalho, A. V.; Vasconcelos, M. A. M.; Alves, S. M.; & Figueirêdo, F .J. C. (2005). Aproveitamento do Mesocarpo do Maracujá na Fabricação de Produtos Flavorizados. Comunicado Técnico 147, ISSN 1517-2244. EMBRAPA. Pará – PA. dez.
Correia, C. et al. Perfil dos extratos hidrossolúvel e gorduroso obtidos da castanha-do-Brasil.
Costa, G. S.; Da Silva, M. C.; & Da Cruz, A.G. (2021). Requeijão cremoso: processamento e inovações. Alimentos: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, 2(12), 23-42.
Cymerys, M.; Wadt, L. H. O.; Kainer, K.; & Argolo, V. (2005). Castanheira. In: Shanley,P.; Medina, G. (Eds.) Frutíferas e plantas úteis na vida Amazônica. Belém: CIFOR & Imazon, 2005. 61-73p.
Ferreira, A. P. D. (2020). Produção, qualidade físico-química e microbiológica de leite pasteurizado comercializado no Brasil-Uma Revisão. 2020.
Ferreira, C. L. L. F. (2005). Produtos lácteos fermentados (aspectos bioquímicos e tecnológicos). (3ª ed.). Editora UFV.
Ferreira, C. L. L. F. (2008). Produtos lácteos fermentados: Aspectos bioquímicos e tecnológicos. (3ª. ed. 112 p.). Viçosa: Editora UFV.
Franco, R. L.M et al. (2006). Recuperação e concentração das proteínas do soro de leite das queijarias do município de Nossa Senhora de Lourdes/Sergipe visando o desenvolvimento sustentável da região. 2006.
Lara, N. S. (2021). Formulação, avaliação físico-química e sensorial de barra alimentícia adicionada de café. 2013.
Leite, S.T. (2015). Iogurte Simbiótico de Açaí (Euterpe edulis Mart.): Caracterização físico-química e viabilidade de bactérias lácteas e probiótica (Dissertação de Mestrado). Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, Brasil.
Martin, A. F. (2002). Armazenamento do iogurte comercial e o efeito na proporção das bactérias láticas. 62 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
Moritz, A. (1984). Estudos biológicos da floração e da frutificação da Castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.).Belém: EMBRAPA-CPATU, 1984. 82p.
Saad, S. M I. (2006). Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, [s.l.], 42(1),1-16, mar. 2006.
Santos, J. U. M.; Bastos, M. N. C.; Gurgel, E. S. C. &Carvalho, A. C. M. (2006). Bertholletia excelsa Humbolt & Bonpland (Lecythidaceas): aspectos morfológicos de fruto, da semente e 26 da plântula. Boletim do museu paraense Emílio Goeldi, Ciências Naturais, Belém, PA, 1(2).
Santos, O. V. (2012). Estudo das potencialidades da castanha-do-brasil: produtos e subprodutos. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
Shanley, P.; Cymerys, M. E & Galvão, J. (Ed.). (1998). Frutíferas da mata na vida amazônica. Imazon, Belém: 1998. p. 21-27.
Silva, A. F, (2014). Efeito das etapas de processamento sobre a qualidade de castanhas-do-brasil (Bertholletia excelsa, HBK): avaliação da fração lipídica e contaminação por aflatoxinas. 2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
Silva C. &, Mayra et al. (2009). Etapas do processo tradicional de fabricação do leite fermentado de leite de Cabra. Nutrição e saúde: conhecimento, integração e, p. 83.
Silva, I. S. C & PandolfI, M. A. C. (2020). Análise das principais tendências no mercado brasileiro de iogurtes. Revista Interface Tecnológica, 17(2), 523-534, 2020.
Silva, T. P.; Pontes, A. N.; & Albuquerque, A. R. (2020). Cadeias de produção sustentáveis no extrativismo de castanha do Brasil na Amazônia brasileira. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 63460-63478, 2020.
Souza, A. H. de. (1963). Castanha do Pará: Estudo botânico, químico e tecnológico. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura-Serviço de Informação Agrícola, (Estudos Técnicos, 23), p. 69.
Souza, L. G. (2009). Iogurte probiótico com adição de extrato hidrossolúvel de soja e polpa de mangaba.
Wadt, L. H. O; & Kainer, K. A. (2009). Domesticação e melhoramento da castanheira. In: Rém, M.T.G.L.; Charles, R. C (Eds.) Domesticação e melhoramento: espécies amazônicas. Viçosa, MG, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Sidney Marques da Silva; José Carlos de Sales Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.