A inserção de conteúdos sobre identidade de gênero na escola: Uma visão a partir de noções sobre conhecimento/saberes
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i9.451Palavras-chave:
Educação; Currículo; Debate Social.Resumo
A inserção de conteúdos sobre identidade de gênero nas escolas entrou nas agendas de diferentes grupos sociais nos últimos anos, com posições de ataque a tais iniciativas classificando-as como ideológicas. O objetivo deste artigo é situar uma percepção da prática acadêmico/científica a qual se pode recorrer para lidar com a discussão sobre a natureza ideológica da noção de identidade de gênero. Mostra-se, dessa maneira, uma base sobre o que pode ser chamado de ideológico e aborda-se o que se tem proposto em relação à questão da identidade de gênero em torno de conteúdos educacionais. Conclui-se por não defender uma posição, porém, indicando a legitimidade de tais defesas, desde que o embate não se trave a partir da argumentação de “conteúdo ideológico”.
Referências
Alarcão, I. (2011). Professores reflexivos em uma escola reflexiva (8th ed.). São Paulo: Cortez.
Araújo, M. de F. (2005). Diferença e igualdade nas relações de gênero: revisitando o debate. Psicologia Clínica, 17(2). Retrieved from http://www.redalyc.org/html/2910/291022005004/
Bobbio, N., Matteucci, N., & Pasquino, G. (2014). Diccionario de Política. Igarss 2014 (11th ed.). Brasília: Editora UnB. https://doi.org/10.1007/s13398-014-0173-7.2
Bourdieu, P. (1999). A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Cancian, N. (2017). Ministério tira “identidade de gênero” e “orientação sexual” da base curricular. Folha de São Paulo. Retrieved from http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2017/04/1873366-ministerio-tira-identidade-de-genero-e-orientacao-sexual-da-base-curricular.shtml
Conselho Nacional de Educação. (2010). Parecer CNE/CEB no 7/2010. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Retrieved from http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=5367-pceb007-10&category_slug=maio-2010-pdf&Itemid=30192
Costa, S. (2006). Desprovincializando a sociologia: a contribuição pós-colonial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 21(60), 117–134. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbcsoc/v21n60/29764.pdf
Demo, P. (1991). Pesquisa: Princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez.
Dias, A. F., & Oliveira, D. A. de. (2015). As abordagens de corpo, gênero e sexualidade no projeto político pedagógico em um colégio estadual de Aracaju, SE. HOLOS, 3(0), 259. https://doi.org/10.15628/holos.2015.3084
Guareschi, P. A. (2003). Pressupostos Metafísicos e Epistemológicos na Pesquisa. Psicologia: Reflexão E Crítica, 16(2), 245–255. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n2/a04v16n2
Konder, L. (2002). A questão da ideologia. São Paulo: Cia das Letras.
Larrosa, K. (2003). O ensaio e a escrita acadêmica. Educação & Realidade, 28(2), 101–115. Retrieved from http://www.seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25643/14981.
Louro, G. (1998). Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Rio de Janeiro: Vozes.
Martins, R. R., & Castro, R. M. M. de. (2016). Diversidade sexual e de gênero no contexto escolar: conceitos, políticas públicas e função da escola. Revista Profissão Docente, 16(34). Retrieved from http://revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/1047
Meneghetti, F. K. (2011). O que é um ensaio teórico. RAC - Revista de Administração Contemporânea, 15(2). Retrieved from http://www.redalyc.org/html/840/84018474010/
Morin, E. (2005). Ciência com consciência (8th ed.). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Morin, E. (2014). Os setes saberes necessários à educação do futuro. (Cortez, Ed.) (2nd ed.). São Paulo.
Reis, D. A. dos, Silva, L. F., & Figueiredo, N. (2015). As Complexidades Inerentes ao tema “ Mudanças Climáticas ”: Desafios e Perspectivas para o Ensino de Física. Revista Ensaio, 17(3), 535–554. https://doi.org/10.1590/1983-21172015170301
Santos, B. de S. (2002). Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Crítica de Ciências Sociais, (63), 237–280. https://doi.org/10.4000/rccs.1285
Santos, M. W., Abdouch, R., & Vieira, V. (2017, September). Pode o direito ser racional sem buscar causalidade? Jota. Retrieved from https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/pode-o-direito-ser-racional-sem-buscar-causalidade-07092017
Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, 20(2), 71–99. Retrieved from http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721
Silva, T. T. da. (1999). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica.
Stoller, R. (1993). Masculinidade e feminilidade (apresentações de gênero). Porto Alegre: Artmed.
Tardif, M. (2010). Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Vozes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.