Hematoma extradural pós-traumático agudo em paciente vítima de atropelamento: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i2.45179Palavras-chave:
Traumatismos craniocerebrais; Hemorragia intracraniana traumática; Hematoma epidural craniano.Resumo
Introdução: O Traumatismo Cranioencefálico, definido como uma lesão traumática que envolve couro cabeludo, crânio, meninges, vasos e/ou encéfalo, está entre os tipos de trauma mais comuns nos serviços de emergência mundiais. Essa lesão traumática possui o hematoma extradural como uma de suas principais e mais letais complicações. Objetivo: O trabalho descreve as abordagens médicas realizadas em caso de paciente vítima de atropelamento com hematoma extradural pós-traumático agudo. Descrição: É descrito o caso de um idoso que relatava dor em membro inferior esquerdo, perda de consciência e expectoração de sangue com fragmentos ósseos. A tomografia de crânio evidenciou hematoma extradural agudo frontotemporoparietal esquerdo associado à fratura óssea, com efeito de massa e desvio de linha média. Em decorrência desses achados, o paciente foi submetido a uma craniotomia frontotemporoparietal esquerda para drenagem do HEDA. Nos dias seguintes, evoluindo, satisfatoriamente, recebeu alta da neurocirurgia. Discussão: Foram abordados os fatores de risco e o mecanismo de trauma visando argumentar a respeito da possível evolução e do prognóstico. A progressão da lesão foi explorada e avaliada por meio do quadro clínico e da tomografia, a qual foi fundamental para o diagnóstico do tipo da lesão, a definição terapêutica e a monitorização terapêutica do caso. Conclusão: O TCE requer uma condução atenciosa devido a possibilidade de haver uma rápida evolução desfavorável de suas complicações. Esse relato de caso salienta que o HEDA é um processo traumático grave que necessita de um rápido diagnóstico para melhor condução do manejo clínico-cirúrgico disponível.
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