Conhecimento, uso e manejo de plantas alimentícias entre o Povo Puyanawa, Alto Juruá, estado do Acre, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i4.45469

Palavras-chave:

Acre; Povos indígenas; Agrobiodiversidade; Plantas alimentícias; Segurança alimentar.

Resumo

Este estudo se propôs a conhecer o saber dos Puyanawa, povo indígena habitante do Vale do Alto Rio Juruá, Acre, quanto à agrobiodiversidade das plantas de uso alimentício, suas formas de manejo, conservação e uso, no intuito de contribuir para a expressão e fortalecimento cultural, evidenciando a importância do território para o bem-viver dos povos da floresta. No estudo qualitativo, realizado por meio de entrevistas semi-estruturadas, turnês-guiadas e recordatório alimentar, foram entrevistadas 33 famílias, entre as quais 81 indivíduos. Foram encontradas 95 espécies de plantas alimentícias nos agroecossistemas utilizados pelos Puyanawa, o que representa uma diversidade interessante de fontes de vitaminas, proteínas e minerais. A produção de espécies alimentícias apresenta uma oferta regular ao longo do ano, sendo a sazonalidade, um dos fatores que asseguram essa diversificação. As plantas encontradas nos agroecossistemas contribuem de maneira significativa na alimentação das famílias e os vegetais que compõem a base da alimentação são, majoritariamente, de procedência interna. Por outro lado, podemos notar a forte tendência de alimentos globalizados ganharem espaço na alimentação diária, podendo vir a comprometer a saúde e ameaçar a segurança e soberania alimentar e nutricional dos Puyanawa. Acreditamos que a atitude dos povos indígenas em garantirem a resiliência e conservação de suas práticas agrícolas tem muito a contribuir com toda a humanidade. Ressaltamos o valor inestimável que possuem os agroecossistemas e o conhecimento tradicional associado às plantas alimentícias para a autonomia e o bem-viver dos povos da floresta.

Referências

Albert, B. & Milliken, W. (2009). Urihi: A terra-floresta Yanomami. ISA-IRD.

Albuquerque, U. P., Lucena, R. F. P. & Alencar, N. L. (2010). Métodos e técnicas para coleta de dados etnobiológicos. In: Albuquerque, U.P., Lucena, R.F.P. & Cunha, L.V.F.C. (Orgs.) Métodos e Técnicas na Pesquisa Etnobiológica e Etnoecológica (pp.39-64). NUPPEA.

Almeida, M. A. C. & Cruz, T. A. (2016). Protagonismo e resistência do movimento indígena do Acre. Anais do XVII Encontró de História da ANPUH-Rio.

Amorozo, M. C. M. & Viertler, R. B. (2010). A abordagem qualitativa na coleta e análise de dados em etnobiologia e etnoecologia. In: Albuquerque, U.P., Lucena, R.F.P. & Cunha, L.V.F.C. (Orgs.) Métodos e Técnicas na Pesquisa Etnobiológica e Etnoecológica (pp.65-82). NUPPEA.

Araújo, G. J., Mendes, M. K., Pantoja Franco, M., Coffaci de Lima, E., Cunha, M. M. C., Araújo, M. B. & Wolff, C. S. (2002). Cozinhar e comer. In Cunha, M.C., Almeida, M.B. (Orgs.) Enciclopédia da Floresta. O alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações (pp.359-385). Companhia das Letras.

Balée, W. (1986). Análise preliminar de inventário florestal e a etnobotânica Ka'apor (Maranhão). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 2(2), 141-167.

Balée, W. (2008). Sobre a Indigeneidade das Paisagens. Revista de Arqueologia, 21(2), 9–23. https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ra/article/view/3003

Balée, W.; Erickson, C. L. 2006. The perspective of historical ecology. In: Balée, W.; Erickson, C.L. (Ed.). Time and complexity in historical ecology: Studies in the Neotropical Lowlnads. University Press, Columbia, New York: 1-17p.

Belik, W. & Siliprandi, E. (2010). Hábito alimentares, Segurança e Soberania alimentar. In Vilarta, R., Gutierrez, G.L. & Monteiro, M.I. (Orgs.), Qualidade de vida: Evolução dos conceitos e práticas no século XXI (pp.187-195). IPES.

Bustamante, G. G. F. (2009). Frutos, Sementes e Órgãos Tuberosos na alimentação da etnia Sateré-Mawé dos Rios Marau e Urupadi (Manaus-Amazonas). [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Amazonas].

Canesqui, A. M. (2005). Identidade Cultural e Alimentação. In Canesqui, A.M. & Garcia, R.W.D. (Org.), Antropologia e nutrição: um diálogo possível (pp. 49-55). FIOCRUZ.

Carvalho, J. B. (1929). Breve notícia sobre os indígenas que habitam a fronteira do Brasil com o Perù elaborada pelo médico da comissão, Dr. João Braulino de Carvalho, e calcada em observações pessoaes. Relatório do Ministro de Estado das Relações Exteriores, 4, 301-332.

Cascudo, L.C. (1967). História da Alimentação no Brasil. Companhia Editora Nacional.

Castelo Branco, J. M. B. 1950. O Gentio Acreano. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. 207: 3-78.

Cavalcante, P. (2010). Frutas comestíveis na Amazônia. (7a ed.), Museu Paraense Emílio Goeldi.

Clement, C. R. (2019). Da domesticação da floresta ao subdesenvolvimento da Amazônia. Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos: Cadernos de Debate, 14: 11-52.

Clement, C. R. (1999). 1492 and the loss of amazonian crop genetic resources. I. The relation between domestication and human population decline. Econ Bot, 53, 188–202. https://doi.org/10.1007/BF02866498

Clement C. R., Denevan, W. M., Heckenberger, M J., Junqueira, A. B., Neves, E. G., Teixeira, W. G. & Woods, W. I. (2015). The domestication of Amazonia before European conquest. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, 282, 20150813-20150813. https://doi.org/10.1098/rspb.2015.0813

Clement, C. R., Lleras Pérez, E. & Van Leeuwen, J. (2005). O potencial das palmeiras tropicais no Brasil: acertos e fracassos das últimas décadas. Agrociencias, 9, 67–71.

Dácio, A. I. C. (2017). Segurança alimentar e conservação nos agroecossistemas no Alto Solimões, Amazonas. [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Amazonas].

Daly, D. C. & Silveira, M. (2002). Aspectos florísticos da bacia do Alto Juruá. In Carneiro da Cunha, M. & Almeida, M.B. (Orgs.). Enciclopédia da Floresta: o Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. (pp. 53-63). Cia. das Letras.

Daniel, J. M. P. & Cravo, V. Z. (2005). O Valor Social e Cultural da Alimentação. In Canesqui, A.M.E. & Garcia, R.W.D. (Org.) Antropologia e nutrição: um diálogo possível (pp.57-68). FIOCRUZ.

De Robert, P. & Katz, E. (2010). Usos alimentarios de palmeras. Un estudio comparativo en Amazonía brasileña. In Pochettino, M.L., Ladio, A.H. & Arenas, P. M. (Orgs.), Tradiciones y transformaciones en Etnobotánica. (pp. 370-375). CYTED.

Descola, P. (1996). La selva culta: Simbolismo y praxis em la ecología de los Achuar, Abya-Yala.

Dufour, D. L., Piperata, B. A., Murrieta, R. S. S., Wilson, W. M. & Williams, D. D. (2016). Amazonian foods and implications for human biology. Annals of Human Biology, 43, 330-348. https://doi.org/10.1080/03014460.2016.1196245

Embrapa. (2003). Cultivo da Mandioca para o Estado do Pará. Sistemas de Produção, 13. (https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_para/cultivares.htm). Acesso em 22/11/2019.

Emperaire, L. & Eloy, L. (2008). A cidade, um foco de diversidade agrícola no Rio Negro (Amazonas, Brasil)? Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 3(2), 195-211. https://doi.org/10.1590/S1981-81222008000200005

Emperaire, L. & Peroni, N. (2007). Traditional management of agrobiodiversity in Brazil: A case study of Manioc. Human Ecology 35, 761-768. https://doi.org/10.1007/s10745-007-9121-x

Emperaire, L. (2002). A Agrobiodiversidade em risco: o exemplo das mandiocas na Amazônia. Ciência Hoje, 32(187), 28-33.

Erikson, P. 1992. Uma singular pluralidade: a Etno-história Pano. In: Cunha, M. C. História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 239-252.

FAO. 2005. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Global Forest Resources Assessment, Progress towards sustainable forest management. v. 147.

FAO. 2013. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Genetic resources and biodiversity for food and agriculture: A treasure for the future. http://www.fao.org/nr/cgrfa/en/

Flora do Brasil. (2020). Espécies do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/

Fonseca, R. M., Lopes, R., Barros, W. S., Lopes, M. T. G. & Ferreira, F. M. (2008). Morphologic characterisation and genetic diversity of Capsicum chinense Jacq. Acessions along the upper rio Negro, Amazonas. Crop Breeding and Applied Biotechonlogy, 8(1), 187-194.

Fowler, L. (2020). Conhecimento, uso e manejo de plantas alimentícias na Terra Indígena Poyanawa, Alto Jurá, Acre, Brasil. [Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia].

Freschi, J. M., & Gavazzi, R. A. (2006). Etnomapeamento na Terra Indígena Poyanawa (Acre). Relatórios técnicos da Comissão Pró-índio. Rio Branco, Acre.

FUNAI. (1977). Relatório da viagem realizada às Áreas Indígenas do município de Cruzeiro do Sul, Acre. Fundação Nacional do Índio.

Google Earth. (2024). Acesso em 06 de abril de 2024, https://earth.google.com/web/@-7.39878786,-73.16588617,207.33901873a,158206.74205072d,35y,0.00890069h,1.33863207t,0.00009908r

Gonçalves, G. G. (2017). Etnobotânica de plantas alimentícias em comunidades indígenas multiétnicas do Baixo Rio Uaupés - Amazonas. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista].

Hammer, Ø., Harper, D. A. T. & Ryan, P. D. (2001) PAST: Paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica, 4(1) (http://palaeo-electronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm)

Harlan, J. R. (1992). Crops & Man. (2a ed.), American Society of Agronomy/ Crop Science Society of America.

Harari, Y. N. 2018. Sapiens: Uma breve história da humanidade. (33a ed.), L&PM, 464p.

Haverroth, M. & Negreiros, P. R. M. (2011). Calendário agrícola, agrobiodiversidade e distribuição espacial de roçados Kulina (Madija), Alto Rio Envira, Acre, Brasil. Sitientibus, Ciências Biológicas, 11(2), 299-308.

Heckenberger, M. J., Russell, C, Fausto, C., Toney, J. R., Schmidt, M. J., Pereira, E., Francheetto, B. & Kuikuro, A. (2008). Pre-Comlumbian urbanism, anthropogenic landscapes, and the future of the Amazon. Science, 321, 1214-1217. https://www.science.org/doi/10.1126/science.1159769

Katz, E., López, C. L., Fleury, M., Miller, R. P., Payê, V., Dias, T., Silva, F., Oliveira, Z. & Moreira, E. (2012). No greens in the forest? Note on the limited consumption of greens in the Amazon. Acta Societatis Botanicorum Poloniae 81(4), 283–293. 10.5586/asbp.2012.048

Kinupp, V. F. (2007). Plantas Alimentícias Não Convencionais da região metropolitana de Porto Alegre, RS [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul].

Kinupp, V. F; & Lorenzi, H. (2014) Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Plantarum, 768p.

Ladizinsky, G. (1998). Plant evolution under domestication. Kluwer Academic.

Langdon, E. J. (2003). Cultura e processos de saúde e doença. In Jeolás, L.S. & Oliveira, M. (Orgs.) Anais do Seminário Cultura, Saúde e Doença. Programa das 230 Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Centro de Intervenção e Pesquisa em Saúde Indígena (CIPSI).

Lathrap, D.W. (1977). Our father the cayman, our mother the gourd: Spinden revisited, or a unitary model for emergence of agriculture in the New World. In Reed, C.A. (Ed.), Origins of agriculture (pp.713-754). The Hague.

Leão, N. V., & Carvalho, J. O. P. (2001). Fenologia reprodutiva de 25 espécies arbóreas da Amazônia. In Silva, J.N.M., Carvalho, J.O.P. & Yared, J.A.G. (Ed.). A silvicultura na Amazônia Oriental: Contribuições do projeto Embrapa/ DFID (pp.117-128). Embrapa.

Leite, M. S. (2007). Transformações e persistência: antropologia da alimentação e nutrição em uma sociedade indígena amazônica. FIOCRUZ.

Levis, C., Costa, F. R. C., Bongers, F., Peña-Claros, M., Clemente, R. C., Junqueira, A. B., Neves, E. G., Tamanaha, E. K., Figueiredo, F. O. G., Salomão, R. P., Castilho, C. V., Magnusson, W. E., Phillips, O. L., Guevara, J. E., Sabatier, D., Molino, J. F., Cárdenas Lopes, D., Mendoza, A. M., Pitman, N. C. A., Duque, A., Nuñes Vargas, P., Zartman, C. E., Vasquez, R., Andrade, A., Camargo, J. L., Feldpausch, T. R. & Laurrance, S. G. W. (2017). Persistent effects of pre-Columbian plant domestication on Amazonian forest composition. Science, 355, 925–931. 10.1126/science.aal0157

Levis, C., Flores, B. M., Moreira, P. A., Luize, B. G., Alves, R. P., Franco-Moraes, J., Lins, J., Konings, E., Peña-Claros, M., Bongers, F., Costa, F. R. C. & Clement, C. R. (2018). How People Domesticated Amazoniam Forests. Frontiers in Ecology and Evolution, 5, https://doi.org/10.3389/fevo.2017.00171

Lopes, J. C. & Mello-Silva, R. (2014). Diversidade e caracterização das Annonaceae do Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 36(125). https://doi.org/10.1590/S0100-29452014000500015

Machado C. C., Kinupp, V.F. (2020). Plantas alimentícias na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, Amazônia Central. Rodriguésia 71 (e02332018. 2020). 12 p. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071076

Martins, A. L. U. (2016). Conservação da agrobiodiversidade: Saberes e Estratégias da agricultura familiar na Amazônia. [Tese de doutorado, Universidade Federal do Amazonas].

Martins, A. L. U., Noda, S. N. & Noda, H. (2013). Agricultura Familiar tradicional no Alto Solimões: uma contribuição à discussão sobre indicadores de sustentabilidade. In: Noda, H, Noda, S.N., Laques, A.E. & Léna, P. (Orgs.) Dinâmicas socioambientais na agricultura familiar na Amazônia (pp. 33-50). Wega.

Martins, P. S. (2005). Dinâmica evolutiva em roças de caboclos amazônicos. Estudos Avançados. São Paulo, 19 (53): 209-220. https://doi.org/10.1590/S0103-40142005000100013

Meggers, B. (1954). Enviromental limitations on the development of culture. American Anthropologist, 56(5), 801-824. https://www.jstor.org/stable/663814

Mendes dos Santos, G. 2016. Plantas e parentelas: Notas sobre a história da agricultura no Médio Purus. In: Mendes dos Santos, G. & Aparicio, M. (Orgs) Redes Arawa: ensaios de etnologia do médio Purus. Manaus: EDUA, 346p.

Miller, P. M., Nair, P. K. R. (2006). Indigenous agroforestry systems in Amazonia: from prehistory to today. Agroforestry systems, 66, 151-164. https://doi.org/10.1007/s10457-005-6074-1

Ming, L. C., Amoroso, M. C. M. & Kffuri, C. W. (2010). Agrobiodiversidade no Brasil: experiências e caminhos da pesquisa. NUPPEA.

Moraes, C. P. (2015). O determinismo agrícola na arqueologia amazônica. Estudos Avançados, 29(83), 25-43. https://doi.org/10.1590/S0103-40142015000100004

Murrieta, R. S. S. (2001). Dialética do sabor: alimentação, ecologia e vida cotidiana. Revista de Antropologia, 44 (2), 39-88. https://doi.org/10.1590/S0034-77012001000200002

Neves, E. G. (2012). Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central (6.500 AC – 1.500 DC). [Tese Livre Docência, Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo].

Neves, M. V. (2002). História nativa do Acre. In. Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour (FEM). Povos do Acre: História Indígena da Amazônia Ocidental. (pp. 10-15). CIMI/FEM.

Noda H., Noda S. N., Martins L. H. P., Martins A. L. U. & Silva A. I. C. (2013). Etnoecologia de paisagens agrícolas nas várzeas na região do Alto Solimões. In: Noda, H, Noda, S.N., Laques, A.E. & Léna P. (Orgs.) Dinâmicas socioambientais na agricultura familiar na Amazônia (pp. 105-122). Wega.

Noda, H., Noda, S. N. & Silva, A. I. C. (2010). Compartilhamento, conservação e melhoramento de recursos genéticos hortícolas na Amazônia centro-ocidental. In.: Ming, L.C., Amoroso, M.C.M. & Kffuri, C.W. (Orgs). Agrobiodiversidade no Brasil: experiências e caminhos da pesquisa (pp. 95-119). NUPPEA.

Noda, S. N. (2000). Na Terra como na Água: Organização e conservação de recursos naturais terrestres e aquáticos em uma comunidade da Amazônia brasileira. [Tese de doutorado, Universidade Federal de Mato Grosso].

Noda, S. N. (2007). Agricultura Familiar na Amazônia das Águas. EDUA.

Noda, S. N., Martins, A. L. U. & Noda, H. (2012). Paisagens e etnoconhecimentos na agricultura Ticuna e Cocama no alto rio Solimões, Amazonas. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum. Belém, 7(2), 397-416. https://doi.org/10.1590/S1981-81222012000200006

Noda, S. N., Noda, H. & Martins, A. L. U. (2006). Agricultura Familiar na Várzea Amazônica: Espaço de Conservação da Diversidade Cultural e Ambiental. In Scherer, E. & Oliveira, J.A. (Orgs.), Amazônia: Políticas Públicas e Diversidade Cultural (pp. 163-194). Garamond.

Oliveira, A. A., Daly, D. C., Vicentini, A. & Cohn-Haft, M. (2001). Florestas sobre Areia: Campinaras e Igapós. In Oliveira, A.A. & Daly, D. Florestas do Rio Negro. (pp. 179-219). Companhia das Letras.

Oliveira, J. C. (2016). Mundos de roças e florestas. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., 11(1), 115-131. https://doi.org/10.1590/1981.81222016000100007

Pacheco de Oliveira, J. (1998). Uma etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana 4 (1), 47-77. https://doi.org/10.1590/S0104-93131998000100003

Pantoja Franco, M. C., Almeida, M. B., Conceição, M. G., Coffaci de Lima, E., Aquino, T. V., Iglesias, M. P. & Mendes, M. K. (2002). Botar roçados. In Cunha, M.C., Almeida, M.B. (Orgs.), Enciclopédia da Floresta. O alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. (pp. 249-283). Companhia das Letras.

Peroni, N. & Hanazaki, N. (2002). Current and lost diversity of cultivated varieties, especially cassava, under swidden cultivation systems in the Brazilian Atlantic Forest. Agriculture, Ecosystems and Environment, 92, 171–183. https://doi.org/10.1016/S0167-8809(01)00298-5

PGTA. (2015). Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Poyanawa. Comissão Pró-Índio.

Pilnik, M. S., Argentim, T., Kinupp, V. F., Haverroth, M. Ming, L. C. (2023). Traditional botanical knowledge: food plants from the Huni Kui indigenous people, Acre, western Brazilian Amazon. Rodriguésia, 74 (e00482021. 2023), 27 p. http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860202374016

Posey, D. A. (1985). Indigenous management of tropical forest ecosystems: the case of the Kayapó indians of the Brazilian Amazon. Agroforest Syst 3, 139–158. https://doi.org/10.1007/BF00122640

Posey, D. A. (2001). Interpretando e utilizando a “Realidade” dos conceitos indígenas: o que é preciso aprender dos nativos? In: Diegues, A.C.; Moreira, A. C. C. (Orgs), Espaços e Recursos Naturais de Uso Comum. São Paulo: NUPAUB – USP. p. 279-293.

Prance, G. T., Balée, W., Boom, B. M. & Carneiro, R. L. (1987). Quantitative Ethnobotany and the case for Conservation in Ammonia. Conservation Biology 1(4), 296-310. https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.1987.tb00050.x

Ribeiro, D. (1995). O povo brasileiro. A formação e sentido do Brasil. Segunda Edição. São Paulo: Companhia das letras. 477p.

Salick, J., Cellinese, N. & Knapp, S. (1997). Indigenous diversity of cassava: generation, maintenance, use and loss among the Amuesha, Peruvian upper Amazon. Economic Botany, 51 (1), 6-19. https://doi.org/10.1007/BF02910400

Salim, M. V. C. (2012). Quintais agroflorestais em área de terra-firme. [Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia}.

Schor, T, Tavares-Pinto, M. A., Avelino, F. C. C. & Ribeiro, M. L. (2015). Do peixe com farinha à macarronada com frango: uma análise das transformações na rede urbana no Alto Solimões pela perspectiva dos padrões alimentares. CONFINS Revista Franco-brasileira de Geografia, 24. https://doi.org/10.4000/confins.10254

Setz, E. Z. F. (1983). Ecologia Alimentar em um Grupo Indígena: comparação entre aldeias Nambiquara de floresta e de cerrado. [Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Campinas].

Shanley, P. & Medina, G. (2005). Frutíferas e plantas úteis na vida Amazônica. CIFOR/Imazon.

Shepard, G. H. 2017. Spirit Bodies, Plant Teachers and Messenger Molecules in Amazonian Shamanism. In: McKenna, D.; Prance, G.; De Loenen, B.; Davis, W. Ethnopharmacologic search for psychoactive drugs: 50th anniversary. Vol. II. Synergetic Press, Santa Fe, p.70-81.

Soares, L. P., Dal Fabbro, A. L., Silva, A. S., Sartorelli, D. S., Franco, L. F., Kuhn, P. C., Moises, R. S., Vieira-Filho, J. P. B. & Franco, L. J. (2015). Prevalence of metabolic syndrome in the Brazilian Xavante indigenous population. Diabetology & Metabolic Syndrome 7: 105. https://doi.org/10.1186/s13098-015-0100-x

Spruce, R. (2006). Notas de um botânico na Amazônia. Itatiaia.

Van Velthem, L. H. & Katz, E. (2012). A ‘farinha especial’: fabricação e percepção de um produto da agricultura familiar no vale do rio Juruá, Acre. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, Cienc. Hum., 7 (2), 435-456. https://doi.org/10.1590/S1981-81222012000200008

Van Vliet, N., Quiceno-Mesa, M. P., Cruz-Antia, D., Tellez, L., Martins, C., Hiden, E., Oliveira, M. R., Adam, C., Morsello, C., Valencia, L., Bonilla, T., Yagüe, B. & Nasi, R. (2015). From fish and bushmeat to chicken nuggets: the nutrition transition in a continuum from rural to urban settings in the Colombian Amazon region. Ethnobiology and Conservation, 4(6). https://doi.org/10.15451/ec2015-7-4.6-1-12

Viveiros de Castro, E. 1996. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana 2(2), 115-144.

Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos. (5a. ed.), Bookman.

Downloads

Publicado

13/04/2024

Como Citar

FOWLER, L.; NODA, H. .; MARTINS, A. L. U.; HAVERROTH, M. .; KINUPP, V. F. Conhecimento, uso e manejo de plantas alimentícias entre o Povo Puyanawa, Alto Juruá, estado do Acre, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 4, p. e4313445469, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i4.45469. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45469. Acesso em: 31 out. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas