Extrato de algas marinhas no desenvolvimento, produtividade e qualidade pós-colheita da videira “BRS Vitória”
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i4.45508Palavras-chave:
Vitis vinifera L.; Uvas apirênicas; Lithothamnium.Resumo
O excelente desempenho dos vinhedos do Semiárido nordestino a partir da década de 1980 firmou o Vale do São Francisco como um grande produtor de uvas e vinhos finos em condições irrigadas. Com isso, várias práticas de manejo são realizadas para superar essas adversidades de natureza biótica e abiótica, entre elas, o uso de extratos de algas. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de extrato de algas no desenvolvimento, produção e qualidade pós colheita da videira ‘BRS Vitória’ produzida no Vale do São Francisco. O sistema do parreiral foi o do tipo latada, com condução das plantas na forma de braço único, onde plantas desta cultivar foram enxertadas sobre o porta-enxerto IAC-313 (‘Tropical’). As aplicações do produto foram feitas aos 18, 23, 28, 33, 40, 47, 54, 77 dias após a poda. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em fatorial 2 (forma de aplicação: fertirrigação e foliar e fertirrigação) x 5 (doses: 0, 5, 10, 15 e 20 kg/ha), com quatro blocos e duas plantas por unidade experimental. As doses de 18 e 35 Kg/ha para as formas de aplicação propiciaram incrementos na produção por planta e consequentemente na produtividade. Os frutos tratados com o produto apresentaram menor taxa respiratória que o tratamento testemunha. A aplicação de doses variando entre 15 e 20 Kg/ha foram suficientes para garantir melhorias nas características agronômicas na videira ‘BRS Vitória’ gerando incrementos nas variáveis fertilidade real de gemas, comprimento, diâmetro e massa de baga, produção por planta e produtividade.
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