Ação antioxidante de extrato de cenoura e selênio no estabelecimento foliar do cafeeiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45626Palavras-chave:
Coffea arabica; Explante foliar; Meio de cultura alternativo; Micropropagação.Resumo
A espécie Coffea arabica L. é de grande importância para a economia brasileira, devido o país ser o maior produtor da espécie. A embriogênese somática é uma forma de propagar a espécie, entretanto as altas taxas de contaminação e oxidação dificultam o processo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação antioxidante do selenato de sódio e de diferentes concentrações do extrato de cenoura no estabelecimento foliar in vitro do cafeeiro. O experimento foi conduzido no Laboratório de Biotecnologia e Cultura de Tecidos Vegetais do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho. Foram coletadas folhas de plantas matrizes cultivadas em casa de vegetação. Posteriormente preparou-se 5 tratamentos com meios de cultura inicial para indução de calos MI, T1 (testemunha), T2 (10% v/v do extrato de cenoura), T3 (0,04 g de selenato de sódio), T4 (10% v/v do extrato de cenoura + 0,04 g selenato de sódio) e T5 (16,16% v/v do extrato de cenoura). Após 30 dias inoculados explantes, foi avaliado oxidação, contaminação fúngica e bacteriana, amarelecimento e formação de calos. As médias foram analisadas no software SISVAR, utilizando o teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Os tratamentos 3, 4 e 5 se diferiram significativamente dos tratamentos 1 e 2, sendo que o T5 proporcionou os menores índices de oxidação dos explantes (37%). A oxidação dos tecidos diminui quando cultivados em meio de cultura suplementado com selenato de sódio, selenato de sódio + 10% v/v do extrato de cenoura e 16,16% v/v do extrato de cenoura.
Referências
Ahmad, I. et al. (2013). Lethal effects of secondary metabolites on plant tissue culture. Am Eurasian J Agric Environ Sci, 13(4), 539-547.
Almeida, A. C. M. et al. (2021). Avaliação fitoquímica de resíduos de uma indústria de sucos. ENEIS.
Almeida, J. A. S. (2020). Observations on Somatic Embryogenesis in Coffea arabica L. In: Araujo-Júnior. C. F. et al. Coffee-Production and Research. London: IntechOpen, 3-22.
Bartos, P. M. C. et al. (2011). Histologia de calos provenientes da embriogênese somática de Coffea arabica L. In: VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, Araxá.
Cançado, G. M. de A et al. (2014). Cultivo de plantas in vitro e suas aplicações. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, 30(253), 64-74.
Cid, L. P. B. (2014). Cultivo in vitro de plantas. 3. ed. Brasília: Embrapa, 2014.
Conab. (2016). Acompanhamento da safra brasileira. https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cafe/boletim-da-safra-de cafe/item/download/47548_53fa2722364e222598e51dcb5f8f0ede.
Da Silva, C. P. et al. (2020). Reguladores vegetais no crescimento e desenvolvimento de plantas cultivadas in vitro. Agricultura 4.0, 51.
Da Silva, E. B. et al. (2015) Capacidade antioxidante de frutas e hortaliças. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 10(5), 93-98.
Das, K.; & Roychoudhury, A. (2014). Reactive oxygen species (ROS) and response of antioxidants as ROS-scavengers during environmental stress in plants. Frontiers in environmental science, 2, 53. https://doi.org/10.3389/fenvs.2014.00053.
Davis, A. P. et al. (2006). An annotated taxonomic conspectus of the genus Coffea (Rubiaceae). Botanical Journal of the Linnean Society, 152(4), 465-512. https://doi.org/10.1111/j.1095-8339.2006.00584.x.
Esposito-Polesi, N. P. (2020). Contaminação versus manifestação endofítica: implicações no cultivo in vitro de plantas. Rodriguésia, 71. https://doi.org/10.1590/2175-7860202071072.
Ferreira, D. F. (2011) Sisvar: um sistema computacional de análise estatística. Ciência e agrotecnologia, 35, 1039-1042. https://doi.org/10.1590/S1413-70542011000600001.
Fonseca, W. O.; Zappi, D.; Jardim, J.; & Aona, L. Y. S. (2020) A família Rubiaceae no Parque Nacional de Boa Nova, Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea, 47, 1-47. https://doi.org/10.1590/2236-8906-46/2019.
González-Peña, M. A.; Lozada-Ramírez, J. D.; & Ortega-Regules, A. E. (2021) Carotenoids from mamey (Pouteria sapota) and carrot (Daucus carota) increase the oxidative stress resistance of Caenorhabditis elegans. Biochemistry and biophysics reports, 26. https://doi.org/10.1016/j.bbrep.2021.100989.
Halim, R.; Akyol, B.; Gurel, A.; & Bayraktar, M. (2018). In vitro callus induction of saffron (Crocus sativus L.). International Journal of Innovative Research in Science, Engineering and Technology, 3(11), 1-5.
Hendges, C.; & Nozaki, M. H. (2017). Desenvolvimento de Alternaria solani sobre diferentes meios de cultura, fotoperíodo e temperatura. Colloquium Agrariae, 13(1), 16-24, 2017.
Kaminagakura, C. L. N.; & Marrone, L. (2022). Efeitos da suplementação de selênio em indivíduos com Tireoidite de Hashimoto. Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, 38, 87-107.
Manawadu, I.; Dahanayake, N.; & Senanayake, S. G. N. (2014). Effects of diferente natural organic additives on in vitro shoot regeneration of Raphanus sativus L. var. Beeralu. Journal of Agricultural Science and Technology, 4(3A), 219-223.
Mezzalira, F. K.; & Kuhn, B. C. (2020) Uso de ferramentas da bioinformática para determinação dos possíveis efeitos do β-caroteno no cultivo in vitro de Phalaenopsis. Colloquium Agrariae, 16(2), 101-113.
Mezzalira, F. K.; & Kuhn, B. C. (2021). Padronização de um protocolo para assepsia de segmentos nodais de Phalaenopsis para clonagem in vitro. Colloquium Agrariae, 17(1), 10-17.
Murashige, T.; & Skoog, F. (1962). A revised medium for rapid growth and bio assays with tobacco tissue cultures. Physiologia plantarum, 15(3), p. 473-497.
Nardelli, M. S et al. (2020). Desenvolvimento de plântulas de Cattleya walkeriana gardner em diferentes meios de cultura. Journal of Agronomic Sciences, 9(1), 61-72.
Pachooa, D.; & Ramburn, R. A. (2004). study on the use of carrot juice in the tissue culture of Daucus carota. African Journal of Biotechnology, 3(4), 248-252.
Parisoto, G. J.; Guimarães, V. & Di A. (2019). Estudo de caso e análise dos preços da cenoura no estado do Paraná. Sober, Ilhéus, 2019.
Pasqualini, A. P. de A. et al. (2019). Cultura in vitro e diversidade de fungos endofíticos em Bambusa oldhamii. Pesquisa Agropecuária Tropical, 49.
Prauchner, C. A. (2020). A importância do selênio para a agropecuária e saúde humana. Fundação de Apoio a Tecnologia e Ciencia: Editora UFSM.
Santos, J. dos et al. (2019). Estabelecimento in vitro de oliveira ‘Arbequina’e ‘Koroneiki’. Ciência Florestal, 29, 508-518. https://doi.org/10.5902/1980509831305.
Santillan, T. S. et al. (2020). Efecto del área foliar y bioestimulantes en la propagación vegetativa de café especial (Coffea arabica L. var. typica) en cámara de subirrigación. Revista de Investigación de Agroproducción Sustentable, 4(3), 1-7. https://doi.org/10.25127/aps.20203.663.
Sato, A. Y. et al. (2001). Micropropagação de Celtis sp: controle da contaminação e oxidação. Cerne, 7(2), 117-23.
Teixeira, J. B. et al. (2004). Multiplicação clonal de café (Coffea arabica L.) via embriogênese somática. EMBRAPA: Brasília.
Teixeira, L. J. et al. (2011). Cenoura (Dacus carota): processamento e composição química. Enciclopédia Biosfera, 7(12).
Welz, V. F. F. et al. (2020). Crescimento, atividade enzimática e antioxidante de manjericão cultivado in vitro. Revista Caatinga, 33, 660-670. https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n309rc
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Lurdeslaine Faria Teixeira; Mauro César Araújo Lopes; Gleyce Maura Marques; Priscila Pereira Botrel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
