Uso da casca-de-ovo triturada para o controle do fundo-preto do tomate
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45667Palavras-chave:
Solanum lycopersicum; Podridão apical do tomate; Resíduos sólidos; Cálcio.Resumo
São raros os estudos que tentam controlar o fundo-preto do tomate usando casca-de-ovo triturada como fonte de cálcio. Este estudo objetivou, portanto, controlar o fundo-preto do tomate com solução obtida da casca-de-ovo. A casca-de-ovo utilizada foi seca, finamente triturada e peneirada na peneira 0,30 mm. Os tratamentos consistiram de diferentes concentrações de casca-de-ovo: 0,0; 0,6; 1,2; 2,4; 3,0; 6,0; 12,0; 24,0; e 40,0%. Cada concentração de casca-de-ovo foi diluída em água-destilada fervente. Decorridas 24 h, as soluções da casca-de-ovo foram coadas. Em um ensaio preliminar, em condições laboratoriais, o pH e a condutividade elétrica destas soluções foram medidos a cada 10 dias por um período máximo de 30 dias. As soluções foram, posteriormente, pulverizadas na parte aérea, aos 44 dias após o transplante (DAT) de tomateiros, que haviam sido dispostos em condições de campo, em vasos de 22 kg de solo. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. Aos 84 DAT, foram avaliados indicadores de crescimento e de produção. Enquanto a condutividade elétrica das soluções de casca-de-ovo aumentou com tempo de armazenamento, os valores de pH diminuíram. Tomateiros pulverizados com a solução de casca-de-ovo acumularam muito cálcio na parte aérea e não apresentaram fundo-preto nos seus frutos. Por outro lado, tomateiros pulverizados com apenas água-destilada apresentaram o fundo-preto em 15% dos seus frutos. Plantas pulverizadas com solução de casca-de-ovo apresentaram ainda maior massa fresca dos frutos e maior massa seca de ramificações. Estes resultados indicam que a solução da casca-de-ovo inibe o fundo-preto no tomate.
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