Osteossíntese de fratura panfacial combinada com intubação orotraqueal submentoniana: Um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45725Palavras-chave:
Intubação; Fixação interna de fraturas; Fraturas cranianas.Resumo
As fraturas panfaciais podem ser um desafio cirúrgico devido à instabilidade óssea e à perda de marcos faciais. O diagnóstico e planejamento precisos favorecem o correto restabelecimento da arquitetura facial. Bons resultados dependem da aquisição de relações oclusais, o que é difícil na intubação orotraqueal clássica. Assim, a derivação submentoniana é uma forma interessante de manter as vias aéreas durante a cirurgia e simultaneamente permitir os contatos oclusais. Este estudo tem como objetivo avaliar múltiplas osteossínteses de face em paciente com fratura panfacial, para o qual optou-se pela intubação orotraqueal submentoniana por meio de um relato de caso. Paciente do sexo masculino, 29 anos, vítima de acidente automobilístico, apresentou trismo, distopia, enoftalmia, alteração oclusal, hiposfagma, equimose periorbital bilateral, perda da projeção anteroposterior da face e dor. O exame de imagem mostrou múltiplos padrões de fratura, o que caracterizou uma fratura panfacial. Foi realizada intubação orotraqueal com derivação submentoniana, para melhora dos resultados da osteossíntese e garantia de permeabilidade aérea. Foram escolhidas sequências de reconstrução “de baixo para cima” e “de fora para dentro” através de acesso coronal com extensão pré-auricular esquerda e acessos vestibulares subtarsais e intraorais. O procedimento transcorreu sem intercorrências e os sinais e sintomas foram curados. O planejamento adequado em casos complexos, como as fraturas panfaciais, permite resolução adequada e resultados estético-funcionais satisfatórios. Além disso, a intubação orotraqueal submentoniana é segura e pode ser uma alternativa ventilatória interessante e valiosa.
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