O olhar da fisioterapia sobre o contexto socioeducacional de crianças com necessidades especiais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45790Palavras-chave:
Deficiencia; Família; Educação especial; Inclusão escolar; Ensino inclusivo.Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo delinear as características socioeducacionais de crianças em atendimento de fisioterapia em clínica pública de livre demanda. Foi realizada uma pesquisa epidemiológica, descritiva e transversal no município de Parnaíba, Piauí. Compuseram a amostra 32 famílias, que responderam a um questionário composto por 10 perguntas, das quais 9 eram fechadas e 1 pergunta aberta. Essa estrutura foi projetada para capturar tanto respostas objetivas quanto percepções subjetivas, permitindo uma compreensão abrangente dos aspectos financeiros, domiciliares e escolares das famílias participantes. Os resultados destacam que a maioria das famílias enfrentavam desafios financeiros, apesar de algumas receberem benefícios governamentais para crianças com necessidades especiais. Muitas famílias também tinham dificuldades em seguir recomendações médicas ou participar de atividades terapêuticas devido a barreiras financeiras. No contexto domiciliar, a mobilidade da criança emergiu como um desafio significativo. A análise revelou que a maioria das famílias não têm acesso a equipamentos especializados para melhorar a mobilidade. Isso cria um ambiente onde a locomoção das crianças com necessidades especiais pode ser restrita, afetando sua independência e qualidade de vida. Por fim, a inclusão das crianças com necessidades especiais nas atividades escolares ainda é um desafio significativo. Os achados trazem informações relevantes para a elaboração de políticas públicas com vistas ao estabelecimento de suporte formal para nosso público-alvo.
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