A importância do diagnóstico fetal precoce da hérnia diafragmática congênita e o prognóstico após a fetoscopia: Uma breve revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i5.45845Palavras-chave:
Hérnia diafragmática congênita; Fetoscopia; Ultrassonografia doppler; Cineressonância magnética; Diagnóstico por imagem.Resumo
Introdução: A hérnia diafragmática congênita (HDC) é uma patologia que se apresenta por uma alteração no diafragma que favorece a passagem de órgãos abdominais para o tórax, gerando dificuldade no desenvolvimento normal dos pulmões e, consequentemente, em muitos casos, a hipoplasia pulmonar e a hipertensão pulmonar como principal clínica. Em situações mais graves da clínica existe a possibilidade de realizar cirurgia intrauterina chamada de Oclusão Traqueal Endoscópica Fetal (FETO), a fim de auxiliar o desenvolvimento mais próximo do fisiológico dos pulmões e, assim, melhorar o prognóstico. Resultados e discussão: O melhor método de diagnóstico é a ultrassonografia durante o pré-natal. Esse acompanhamento é fundamental, para uma possível intervenção intrauterina, se necessário, como HDC. Objetivo: fazer uma abordagem sobre a HDC, levando em consideração a etiopatogenia da doença, o método de imagem mais adequado para diagnóstico, seu tratamento e possíveis complicações. Materiais e métodos: foi realizada uma revisão integrativa da literatura contendo os estudos mais recentes, dos anos de 2019 a 2024, relativos ao tema através da pesquisa nas bases de dados LILACS e MedLine, através do portal da BVS. Conclusão: o prognóstico da HDC, apresenta-se favorável, devido aos avanços dos métodos de imagem como ultrassom, tomografia e ressonância magnética, uma vez que a boa acurácia desses métodos, permitem o diagnóstico precoce, além de detectar anormalidades e o nível de gravidade. Ademais, fatores extrínsecos como a idade materna, é um fator prognóstico a ser avaliado, uma vez que possui grande impacto sobre a evolução e o prognóstico do caso.
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