Achado incidental de talassemia beta em paciente grávida de alto risco obstétrico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i8.46124Palavras-chave:
Anemia; Beta Talasemia; Hemoglobina; Electrofóresis das proteinas sanguíneas; Gravidez.Resumo
A talassemia é um grupo de anomalias genéticas, caracterizadas pela síntese inadequada de hemoglobina, cujos sintomas podem variar desde a sintomatologia até o desencadeamento da morte fetal. Foi realizado um estudo sobre a descoberta da beta talassemia em uma gestante, com o objetivo de evidenciar os aspectos clínicos, diagnóstico, tratamento e qualidade do padrão de vida da paciente. Os dados foram coletados do histórico médico do paciente e o NBCI foi utilizado como fonte de referência. O paciente apresenta anemia com valores baixos de hemoglobina, hematócrito, VCM, CMH e CHCM. Tanto os níveis séricos totais de ferro quanto a saturação percentual estão acentuadamente diminuídos. Além disso, a eletroforese capilar de alta resolução mostra um padrão anormal com faixas sugestivas de beta talassemia. A ultrassonografia de controle do crescimento fetal realizada às 32 semanas de gestação revela alteração no perfil de crescimento fetal. O estudo Dopler indica alterações placentárias do feto. Restrição de crescimento intrauterino: foi diagnosticado estágio 1 e foi determinado levar a gravidez a termo às 37 semanas de gestação. Resultado: Neonato com baixo peso ao nascer. O tratamento desses pacientes requer uma abordagem multidisciplinar que inclui monitoramento rigoroso, atendimento pré-natal personalizado e planejamento rigoroso do parto.
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