Exclusão e auto-exclusão nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental II

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4649

Palavras-chave:

Exclusão; Auto-exclusão; Educação física; Habilidades; Gênero.

Resumo

O Ensino Fundamental II atende adolescentes entre 11 e 14 anos, que durante este período passam por diversas transformações rumo à idade adulta. Diante disso, a Educação Física Escolar pode apresentar uma infinidade de manifestações da cultura corporal do movimento, contribuindo com essas transformações. O objetivo deste estudo é descrever e refletir sobre as atitudes de exclusão e auto-exclusão de meninas nas aulas de Educação Física e os aspectos que favorecem este processo. Observamos cinco turmas do Ensino Fundamental II de uma escola pública do município de Boa Vista, Roraima. Percebemos durante as aulas de Educação Física a exclusão e a auto exclusão das meninas, notadamente em decorrência do nível de habilidade exigida em associação à prática esportiva nas aulas e não em razão do gênero.

Biografia do Autor

Adrielly Silva Castro, Universidade Estadual de Roraima

Graduada em Educação Física

Lucas Portilho Nicoletti, Universidade Estadual de Roraima

Doutor em Educação - UNICAMP

 

Vinícius Denardin Cardoso, Universidade Estadual de Roraima

Doutor em Ciências do Movimento Humano - UFRGS

 

Referências

Altmann H. (2009). Gênero e Currículo: Currículo, gênero e esportes. In: Ribeiro PRC, Silva MRS. & Gollner SV. Corpo, Gênero e Sexualidade: composições e desafios para a formação docente. Editora da FURG: Rio Grande.

Altmann H, Ayoub E & Amaral SCF. (2011). Gênero na prática docente em Educação Física: “Meninas não gostam de suar, meninos são habilidosos ao jogar”? Revista Estudos Feministas, 19(2), 491-501. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200012

Andrade EB & Devide FP. (2006). Auto-exclusão nas aulas mistas de Educação Física escolar: representações de alunas do ensino médio sob enfoque de gênero. Fiep Bulletin On-line, 76, 318-321.

Brasil (1998). Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física, Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF.

Brasil (2013). Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI.

Brasil (2017). Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica.

Brasil (2018). Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI.

Dornelles PG & Fraga AB. Aula mista versus aula separada? Uma questão de gênero recorrente na educação física escolar. (2009). Revista Brasileira de Docência, Ensino e Pesquisa em Educação Física. 1(1),141-56.

Dornelles PG. (2011). Marcas de gênero na educação física escolar: a separação de meninos e meninas em foco. Motrivivência, 37(2), 12-29. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2011v23n37p12

Duarte CP & Mourão L. (2007). Representações de adolescentes femininas sobre os critérios de seleção utilizados para a participação em aulas mistas de educação física. Movimento, 13(1), 37-56. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.2924

Jacó JF. (2008). Educação Física e Adolescência: “Professor, não vou participar da aula!” (Trabalho de Conclusão de Curso) Campinas, Universidade Estadual de Campinas.

Jacó JF. (2012). Educação Física escolar e Gênero: diferentes maneiras de participar da aula. (Dissertação) Campinas, Universidade Estadual de Campinas.

Linhares RD, Faria JPO & Lins RG. (2013). O bullying na Educação Física Escolar e sua diferença entre meninos e meninas. Pensar a Prática, 16(2), 484-500. DOI: https://doi.org/10.5216/rpp.v16i2.17355

Ludke M & André MEDA. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Ludke M & André MEDA. (2013). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2 ed. São Paulo: EPU.

Maciel Jr A. (2014). Resistência e prática de si em Foucault. Trivium, 6,(1), 01-08.

Merriam SB. (1988). Case study research in education. London: Jossey Bass Publishers.

Møller IH & Hespanha P. (2002). Padrões de exclusão e estratégias pessoais. Revista Crítica de Ciências Sociais, 64, 55-79. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.1232

Nicholson L. (2000). Interpretando o gênero. Revista Estudos Feministas, 8(2), 9-41. DOI: https://doi.org/10.1590/%25x

Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Rangel-Betti AC. (1998). Educação Física e o ensino médio: analisando um processo de aprendizagem profissional. (Tese) São Carlos, Universidade Federal de São Carlos.

Reis KCF & Maia ACB. (2009). Estereótipos sexuais e a educação sexista no discurso de mães. In: Valle TGM (org.) Aprendizagem e desenvolvimento humano: avaliações e intervenções. Cultura Acadêmica: São Paulo.

Severino, AJ (2007). Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez.

Sabino CO. (2010). O fenômeno bullying na escola: pesquisando professores e alunos na Educação Física Escolar. (Trabalho de Conclusão de Curso) Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará.

Saraiva MC. (2005). Co-Educação Física e Esportes: quando a diferença é mito. Ed. Unijuí: Ijuí.

Trivinus AS. (1987). Introdução à pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas.

Uchoga LAR & Altmann H. (2016). Educação Física escolar e relações de gênero: diferentes modos de participar e arriscar-se nos conteúdos de aula. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 38(2),163-170. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2015.11.006

Viana AJC, Moura DL & Mourão L. (2010). Physical Education, gender and school: an analysis of academic production. Movimento, 16(2), 149-166. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.9492

Downloads

Publicado

17/06/2020

Como Citar

CASTRO, A. S.; NICOLETTI, L. P.; CARDOSO, V. D. Exclusão e auto-exclusão nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental II. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e833974649, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4649. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4649. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais