Manejo da síndrome coronariana aguda no pronto-socorro: Uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i9.46794

Palavras-chave:

Síndrome coronariana aguda; Manejo no pronto-socorro; Terapia antitrombótica; Revascularização precoce; Biomarcadores cardíacos.

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão narrativa da literatura sobre o manejo da Síndrome Coronariana Aguda (SCA) no pronto-socorro. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Google Acadêmico, LILACS e SCIELO, abrangendo publicações de 2000 a 2024. A revisão seguiu seis etapas metodológicas: identificação do tema, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão, definição das informações a serem extraídas, avaliação dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. Os principais achados incluem a importância da administração precoce de terapias antitrombóticas, como aspirina e inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, para prevenir a progressão do trombo e melhorar o fluxo sanguíneo coronariano. A utilização de biomarcadores de alta sensibilidade, como a troponina, tem melhorado a acurácia diagnóstica, permitindo a identificação precoce de pacientes em risco. A revascularização precoce, especialmente em pacientes com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST (STEMI), está associada a uma redução significativa na mortalidade e na incidência de insuficiência cardíaca. A angioplastia primária é o tratamento de escolha para pacientes com STEMI, enquanto a estratégia de tratamento para infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (NSTEMI) e angina instável pode variar dependendo da avaliação de risco e da estabilidade clínica do paciente. A implementação de protocolos padronizados e a criação de unidades de dor torácica no pronto-socorro têm demonstrado melhorar a triagem e o manejo de pacientes com SCA, resultando em melhores desfechos clínicos. A educação contínua dos profissionais de saúde e a integração de equipes multidisciplinares são essenciais para garantir um manejo eficaz e baseado em evidências.

Referências

Amsterdam, E. A., et al. (2014). AHA/ACC guideline for the management of patients with non–ST-elevation acute coronary syndromes. Journal of the American College of Cardiology, 64(24), e139-e228.

Anderson, J. L., et al. (2013). ACCF/AHA guideline for the management of ST-elevation myocardial infarction. Journal of the American College of Cardiology, 61(4), e78-e140.

Antman, E. M., et al. (2004). ACC/AHA guidelines for the management of patients with ST-elevation myocardial infarction. Journal of the American College of Cardiology, 44(3), E1-E211.

Baigent, C., et al. (2009). Aspirin in the primary and secondary prevention of vascular disease: collaborative meta-analysis of individual participant data from randomised trials. The Lancet, 373(9678), 1849-1860.

Bhatt, D. L., et al. (2008). Inhibitors of the platelet receptor glycoprotein IIb/IIIa in acute coronary syndromes. New England Journal of Medicine, 338(21), 1555-1564.

Cannon, C. P., et al. (2015). ACC/AHA/SCAI Focused Update on Primary Percutaneous Coronary Intervention for Patients With ST-Elevation Myocardial Infarction. Journal of the American College of Cardiology, 67(10), 1235-1250.

Giannitsis, E., et al. (2017). High-sensitivity cardiac troponin in the evaluation of patients with acute coronary syndrome. European Heart Journal, 38(11), 2252-2260.

Goodacre, S., et al. (2012). The health care burden of acute chest pain. Heart, 98(12), 939-943.

Hamm, C. W., et al. (2011). ESC Guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. European Heart Journal, 32(23), 2999-3054.

Ibanez, B., et al. (2018). ESC Guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting with ST-segment elevation. European Heart Journal, 39(2), 119-177.

Jaffe, A. S., et al. (2016). Fourth Universal Definition of Myocardial Infarction (2018). Circulation, 138(20), e618-e651.

Keeley, E. C., et al. (2003). Primary angioplasty versus intravenous thrombolytic therapy for acute myocardial infarction: a quantitative review of 23 randomised trials. The Lancet, 361(9351), 13-20.

O'Gara, P. T., et al. (2013). ACCF/AHA guideline for the management of ST-elevation myocardial infarction. Journal of the American College of Cardiology, 61(4), e78-e140.

Reichlin, T., et al. (2011). Early diagnosis of myocardial infarction with sensitive cardiac troponin assays. New England Journal of Medicine, 361(9), 858-867.

Roffi, M., et al. (2016). ESC Guidelines for the management of acute coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation. European Heart Journal, 37(3), 267-315.

Thygesen, K., et al. (2018). Fourth Universal Definition of Myocardial Infarction (2018). Circulation, 138(20), e618-e651.

Valgimigli, M., et al. (2018). ESC focused update on dual antiplatelet therapy in coronary artery disease developed in collaboration with EACTS. European Heart Journal, 39(3), 213-260.

Downloads

Publicado

11/09/2024

Como Citar

MEDEIROS, F. A. de .; MENDES, L. M. C. .; CASTRO NETO, A. A. de .; SILVA, R. N. .; XAVIER, V. S. .; ROMÃO , V. S. .; OLIVEIRA, P. G. K. de .; GIACOMAZZI, G.; PAVAN, I. P. .; FRAZILLI, J. V. A. .; LIMA, T. K. T. de .; OLIVEIRA , E. L. R. .; CAVALCANTE, C. A. .; LIMA, T. C. de A. .; MENDONÇA, L. O. A. . Manejo da síndrome coronariana aguda no pronto-socorro: Uma revisão de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 9, p. e2613946794, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i9.46794. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/46794. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde