Assistência qualificada ao pré-natal na prevenção da violência obstétrica em uma maternidade de alto risco

Resumo

Objetivo: Avaliar a assistência qualificada ao pré-natal na atenção básica como forma de prevenção da violência obstétrica em uma Maternidade de Alto risco. Métodos: Estudo descritivo, analítico e de abordagem quantitativa com 36 puérperas internadas em uma maternidade de alto risco que realizaram acompanhamento pré-natal na atenção básica. Os dados foram obtidos por meio de entrevista com análise do cartão de gestante e aplicação de questionário semiestruturado sobre dados sociodemográficos, obstétricos, a assistência pré-natal na atenção básica conforme recomendações do Ministério da Saúde e a identificação e formas de prevenção da violência obstétrica. Resultados: No que concerne a identificação da violência obstétrica constatou-se um percentual significativo (66,67%) de puérperas que relataram pelo menos uma violência obstétrica vivenciada durante a assistência recebida no parto. Percebeu-se que a identificação da violência obstétrica apresentou uma correlação fraca, porém significativa, inversamente proporcional com a adequação de número de consultas e das orientações do pré-natal. O conhecimento da violência obstétrica foi correlacionado moderadamente e muito significativamente à adequação do início do pré-natal e correlacionada fracamente e de forma significativa à orientação sobre a violência obstétrica. Considerações finais: Pode-se concluir que existe correlação entre a identificação da violência obstétrica e a adequada assistência pré-natal em relação ao número de consultas e as orientações no pré-natal, a partir da visibilidade dos casos podem ser subsidiadas novas estratégias e políticas para atuar na prevenção da violência obstétrica.