Análise da frequência da ingestão de bebidas alcoólicas entre estudantes de medicina de uma faculdade privada de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47322Palavras-chave:
Consumo de álcool na Faculdade; Estudantes de Medicina; Tabagismo.Resumo
O álcool, sendo a substância psicoativa mais consumida no mundo, é um problema de saúde pública no Brasil, com altos índices de alcoolismo. Este estudo avaliou o consumo de álcool entre 243 estudantes de medicina de uma faculdade privada em Minas Gerais, utilizando o AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test). Os participantes foram classificados em quatro zonas de risco com base na pontuação do teste. Os resultados mostraram que 40,7% dos estudantes consumiam álcool regularmente, enquanto 24,3% bebiam ocasionalmente. Mulheres apresentaram escores mais baixos no AUDIT em comparação aos homens, indicando menor consumo. A idade e o período acadêmico influenciaram os padrões de consumo, com estudantes mais velhos e em fases mais avançadas do curso consumindo menos álcool. Houve também uma correlação entre renda e consumo, com estudantes de maior renda apresentando maior risco de dependência. O uso de cigarro foi associado ao consumo nocivo de álcool, enquanto estudantes que preferiam vinho mostraram consumo mais moderado. O estudo concluiu que fatores como gênero, fase do curso, renda e tabagismo influenciam o consumo de álcool entre estudantes de Medicina.
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