Efeitos das talassemias maior e menor na densidade óssea e no desenvolvimento esquelético
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47331Palavras-chave:
Talassemia beta; Osteogênese; Densidade óssea.Resumo
Os efeitos das talassemias maior e menor na densidade óssea e no desenvolvimento esquelético podem ter impactos negativos em indivíduos afetados quando comparados com a população em geral. Assim sendo, é de interesse da presente pesquisa investigar qual é o impacto desses distúrbios hematológicos na densidade óssea e no desenvolvimento esquelético, e como esses efeitos se comparam entre si e com indivíduos saudáveis. Desse modo, o objetivo do presente artigo é apresentar uma revisão sistemática sobre os efeitos das talassemias maior e menor na densidade óssea e no desenvolvimento esquelético. Foram encontrados, inicialmente, 11 artigos nas bases de dados Pubmed, Cochrane e BvSalud. Desses, foram inclusos artigos que avaliam pacientes com talassemia maior e menor, utilizam métodos de avaliação da densidade óssea e do desenvolvimento esquelético, e comparam os resultados com indivíduos saudáveis; e excluídos estudos que não distinguem entre talassemia maior e menor, não utilizam técnicas de avaliação validadas ou não apresentam dados comparativos; sendo utilizados, no total, 5 artigos. Os estudos revisados apontam para um comprometimento substancial da formação e manutenção óssea em indivíduos e modelos animais com talassemia, evidenciando que alterações na função osteoblástica e um aumento na atividade osteoclástica contribuem para um desequilíbrio no processo de remodelação óssea, embora estudos adicionais sejam necessários para maiores esclarecimentos.
Referências
Baldini, M., Forti, S., Marcon, A., Ulivieri, F. M., Orsatti, A., Tampieri, B., ... & Cappellini, M. D. (2010). Endocrine and bone disease in appropriately treated adult patients with beta-thalassemia major. Annals of Hematology, 89, 1207-1213.
Bonjour, J. P., Theintz, G., Buchs, B., Slosman, D., & Rizzoli, R. (1991). Critical years and stages of puberty for spinal and femoral bone mass accumulation during adolescence. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 73(3), 555-563.
De Sanctis, V., Soliman, A. T., Elsefdy, H., Soliman, N., Bedair, E., Fiscina, B., & Kattamis, C. (2018). Bone disease in β thalassemia patients: past, present and future perspectives. Metabolism, 80, 66-79.
Doulgeraki, A., Athanasopoulou, H., Voskaki, I., Tzagaraki, A., Karabatsos, F., Fragodimitri, C., ... & Karagiorga, M. (2012). Bone health evaluation of children and adolescents with homozygous β-thalassemia: implications for practice. Journal of Pediatric Hematology/Oncology, 34(5), 344-348.
D’Eufemia, P., Finocchiaro, R., Celli, M., Raccio, I., Zambrano, A., Tetti, M., ... & Iacobini, M. (2010). Taurine deficiency in thalassemia major-induced osteoporosis treated with neridronate. Biomedicine & pharmacotherapy, 64(4), 271-274.
Estrela, C. (2018). Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. Artes médicas.
Fucharoen, S., Ketvichit, P., Pootrakul, P., Siritanaratkul, N., Piankijagum, A., & Wasi, P. (2000). Clinical manifestation of β-thalassemia/hemoglobin E disease. Journal of Pediatric Hematology/Oncology, 22(6), 552-557.
Mahachoklertwattana, P., Chuansumrit, A., Sirisriro, R., Choubtum, L., Sriphrapradang, A., & Rajatanavin, R. (2003). Bone mineral density, biochemical and hormonal profiles in suboptimally treated children and adolescents with β‐thalassaemia disease. Clinical endocrinology, 58(3), 273-279.
Meloni, A., Pistoia, L., Ricchi, P., Putti, M. C., Gamberini, M. R., Cuccia, L., Messina, G., Massei, F., Facchini, E., Righi, R., Renne, S., Peritore, G., Positano, V., & Cademartiri, F. (2022). Link between Genotype and Multi-Organ Iron and Complications in Children with Transfusion-Dependent Thalassemia. Journal of personalized medicine, 12(3), 400.
Musallam, K. M., Barella, S., Origa, R., Ferrero, G. B., Lisi, R., Pasanisi, A., Longo, F., Gianesin, B., Forni, G. L., & Webthal® project (2024). Differential effects of iron chelators on iron burden and long-term morbidity and mortality outcomes in a large cohort of transfusion-dependent β-thalassemia patients who remained on the same monotherapy over 10 years. Blood cells, molecules & diseases, 107, 102859.
Olivieri, N. F. (1999). The β-thalassemias. New England journal of medicine, 341(2), 99-109.
Otrock, Z. K., Azar, S. T., Shamseddeen, W. A., Habr, D., Inati, A., Koussa, S., ... & Taher, A. T. (2006). Intravenous zoledronic acid treatment in thalassemia-induced osteoporosis: results of a phase II clinical trial. Annals of hematology, 85, 605-609.
Perrotta, S., Cappellini, M. D., Bertoldo, F., Servedio, V., Iolascon, G., D'agruma, L., ... & Iolascon, A. (2000). Osteoporosis in β‐thalassaemia major patients: analysis of the genetic background. British journal of haematology, 111(2), 461-466.
Pollak, R. D., Rachmilewitz, E., Blumenfeld, A., Idelson, M., & Goldfarb, A. W. (2000). Bone mineral metabolism in adults with β‐thalassaemia major and intermedia. British journal of haematology, 111(3), 902-907.
Rund, D., & Rachmilewitz, E. (2005). Beta-thalassemia. The New England journal of medicine, 353(11), 1135–1146.
Thongchote, K., Svasti, S., Sa-Ardrit, M., Krishnamra, N., Fucharoen, S., & Charoenphandhu, N. (2011). Impaired bone formation and osteopenia in heterozygous β IVSII-654 knockin thalassemic mice. Histochemistry and cell biology, 136, 47-56.
Vogiatzi, M. G., Autio, K. A., Mait, J. E., Schneider, R., Lesser, M., & Giardina, P. J. (2005). Low bone mineral density in adolescents with β‐thalassemia. Annals of the New York Academy of Sciences, 1054(1), 462-466.
Voskaridou, E., & Terpos, E. (2004). New insights into the pathophysiology and management of osteoporosis in patients with beta thalassaemia. British Journal of Haematology, 127(2), 127-139.
Voskaridou, E., Kyrtsonis, M. C., Terpos, E., Skordili, M., Theodoropoulos, I., Bergele, A., ... & Loukopoulos, D. (2001). Bone resorption is increased in young adults with thalassaemia major. British journal of haematology, 112(1), 36-41.
Voskaridou, E., Ntanasis-Stathopoulos, I., Christoulas, D., Sonnleitner, L., Papaefstathiou, A., Dimopoulou, M., ... & Terpos, E. (2019). Denosumab effects on serum levels of the bone morphogenetic proteins antagonist noggin in patients with transfusion-dependent thalassemia and osteoporosis. Hematology, 24(1), 318-324.
Voskaridou, E., Ntanasis-Stathopoulos, I., Papaefstathiou, A., Christoulas, D., Dimopoulou, M., Repa, K., ... & Terpos, E. (2018). Denosumab in transfusion-dependent thalassemia osteoporosis: a randomized, placebo-controlled, double-blind phase 2b clinical trial. Blood Advances, 2(21), 2837-2847.
Wonke. (1998). Bone disease in β‐thalassaemia major. British journal of haematology, 103(4), 897-901.
World Health Organization Study Group (1994) Assessment of fracture risk and its application to screening for postmenopausal osteoporosis. WHO technical report series 843. WHO, Geneva.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Renato Alves Nunes; Ana Laura Rezende Costa; Mariana Sanches de Carvalho; Marina Vilela Reis; Ray Braga Romero
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
