Aplicabilidade e formação acadêmica das práticas integrativas e complementares: Uma avaliação crítica dos docentes e discentes da área da saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i11.47358

Palavras-chave:

Sistema Único de Saúde; Terapias Complementares; Atenção à Saúde; Educação Médica; Ensino; Ensino em Saúde.

Resumo

Objetivo: Avaliar a opinião dos docentes e discentes da área da saúde de uma universidade quanto às Práticas Integrativas e Complementares (PICs). Metodologia: aplicou-se um questionário o qual traçava a epidemiologia, conhecimento e opinião sobre efetividade, relevância e aplicabilidade das PICs. Resultados: a maioria possuía contato prévio com as PICs (p<0,01). 82,8% acham as PICs efetivas e concordam sobre seu uso em hospitais (p<0,01). 84,09% recomendariam PICs para seus pacientes na prática. Eles concordaram que o ensino das PICs é essencial nas graduações dos cursos da saúde (p<0,01), contudo, não acreditam que a universidade fornece um ensino eficaz para a vida profissional (p<0,01). Conclusão: Em geral, os participantes reagiram positivamente às PICs, considerando efetivas e relevantes para uso em hospitais e que deveria haver uma grade curricular dedicada às PICs durante a graduação. Todavia, a realidade revela um baixo número de universidades aderindo ao ensino das PICs e, como consequência, a formação de profissionais despreparados para desempenhar as PICs na prática. Portanto, evidencia-se a necessidade dessas práticas no âmbito acadêmico, a fim de obter uma visão mais humanizada e multiprofissional do cuidado ao paciente.

Referências

Albuquerque, L. V. C. et al. (2019). Complementary and Alternative Medicine Teaching: Evaluation of theTeaching-Learning Process of Integrative Practices in Brazilian Medical Schools. Rev. bras. educ. med., 43(4), 109–116, 2019.

Avila, C.; Grace, S.; & Bradbury, J. (2020). How do patients integrate complementary medicine with mainstream healthcare? A survey of patients’ perspectives. Complementary Therapies in Medicine, 49, 1–7, 2020.

Barboni, V. G. A. V; & Carvalho, Y. M. (2021). Práticas Integrativas e Complementares em saúde na formação em Educação Física: avanços, desafios, velhos e novos embates. Saúde soc., 30(3), e200872, 2021.

Braga, H.H.M. (2019). Práticas Integrativas e Complementares e Educação Permanente em Saúde: implicação na Atenção Primária à Saúde de Minas Gerais. 2019. Dissertação (Mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Escola de Enfermagem.

Brasil. Ministério da Saúde. (2006). Gabinete do Ministro. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília, 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. (2018). Gabinete do Ministro. Portaria nº 702, de 21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC. Brasília, 2018.

Brasil. Ministério da Saúde. (2017). Gabinete do Ministro. Portaria nº 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, 2017.

Brasil. (2006). Portaria Nº 971 de 3 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União. Poder Executivo, Brasília, DF, 4 maio 2006. Seção 1, p. 20-5. Disponível em: http://www.crbm1.gov.br/Portaria%20MS%20971%202006.pdf. Acesso em: 03/08/2022.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde. (2013). Resolução N° 466 de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos e revoga as Resoluções CNS nos. 196/96, 303/2000 e 404/2008. Brasília, 2013.

Ceccim, Ricardo Burg. Conexões e fronteiras da interprofissionalidade: forma e formação. Interface (Botucatu), 22, 1739-1749, 2018.

Contatore, O. A.; Tesser, C. D.; & Barros, N. F. (2018). Medicina chinesa/acupuntura: apontamentos históricos sobre a colonização de um saber. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 25(3), 841-858, 2018.

Green, O. J.; Green, J. P.; & Carroll, P. J. (2020). The Perceived Credibility of Complementary and Alternative Medicine: A Survey of Undergraduate and Graduate Students. International Journal of Clinical and Experimental Hypnosis, 68(3), 327-347, 2020.

Habimorad, P. H. L. et al. (2020). Implementation of brazil’s national policy on complementary and integrative practices: Strengths and weaknesses. Ciência e Saúde Coletiva, 25(2), 395–405, 2020.

Homberg, A.; & Stock-Schröer, B. (2021). Interprofessional Education on Complementary and Integrative Medicine. The Clinical Teacher, 18(2), 152-157, 2021.

Izgu, N.; & Metin, Z. G. (2020). Complementary and alternative therapies from the Turkish Physician’s perspective: An embedded mixed-method study. Complementary Therapies in Clinical Practice, v. 39, 2020.

Jales, R. D. et al. (2018). Knowledge and implementation of integrative and complementary practices by primary care nurses. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 12, 808–813, 2018.

Jessé, A. R. B. (2020). Práticas integrativas e complementares: interesse da comunidade acadêmica e os desafios do ensino médico. 2020. Tese (Graduação de Medicina). Recife: Faculdade Pernambucana de Saúde.

Michel-Cherqui, M. et al. (2020). Knowledge and use of complementary therapies in a tertiary care hospital in France. Medicine (Baltimore), 99(45), e23081, 2020.

Nascimento, M. C. et al. (2018). Formação em práticas integrativas e complementares em saúde: desafios para as universidades públicas. Trabalho, Educação e Saúde, 16(2), 751-772, 2018.

Oliveira, T. A. et al. (2020). Ensino das Práticas Integrativas e Complementares nos cursos de Enfermagem do Estado de São Paulo. Revista Nursing, 23(266), 4392–4396, 2020.

Ostermaier, A. et al. (2019). On the edges of medicine – a qualitative study on the function of complementary, alternative, and non-specific therapies in handling therapeutically indeterminate situations. BMC Family Practice, 20(55), 1-10, 2019.

Pedraza-Alva, G. et al. (2019). From traditional remedies to cutting-edge medicine: Using ancient mesoamerican knowledge to address complex disorders relevant to psychoneuroimmunology. Brain, Behavior, and Immunity, 79, 3-5, 2019.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. (2ed.). Editora Erica.

Sigolo, R. P. (2019). Homeopatia, medicina alternativa: entre contracultura, Nova Era e oficialização (Brasil, década de 1970). História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 26(4), 1317-1335, 2019.

Silva, A. L. P. et al. (2021). Percepções sobre homeopatia na perspectiva de discentes dos cursos de saúde de um centro universitário de Recife - PE. Rev. Sustinere, 9(1), 323-337, 2021.

Tesser, C. D.; Sousa, I. M. C.; & Nascimento, M. C. (2018). Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde brasileira. Saúde Debate, 42(1), 174-188, 2018.

Vieira, S. (2021). Introdução à bioestátisca. Ed. GEN/Guanabara Koogan.

Wheelan, C. (2016). Estatística: O que é, para que serve, como funciona. Ed. Zahar.

World Health Organization. (2019). WHO global report on traditional and complementary medicine. Geneva: WHO.

Downloads

Publicado

15/11/2024

Como Citar

SILVA NETO, L. F. L. da; ALMEIDA, A. L. de .; SILVA, L. M. da .; VILHENA, A. O. de . Aplicabilidade e formação acadêmica das práticas integrativas e complementares: Uma avaliação crítica dos docentes e discentes da área da saúde. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 11, p. e88131147358, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i11.47358. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/47358. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde